DOMINGO, 11 DE NOVEMBRO DE 2012
— Você está com medo? — a pergunta de Karen para Aretha foi curta e direta, e a amiga respondeu um sim.
O relógio de Hillary despertou pontualmente às cinco da manhã. Ela abriu os olhos e viu que não era apenas um sonho ruim: ela continuava no covil, tirando um sono improvisado usando dois puffs feitos com pneus reciclados. À sua frente, Aretha chorava de medo sendo acalmada por Karen, que mesmo tensa, amparava a amiga com um abraço.
Atordoada, Hillary tropeçou em uma garrafa de refrigerante e duas caixas de pizza vazias ao chão ao ouvir Karen lhe chamar:
— Conseguiu dormir um pouco?
A loira fez que sim com a cabeça. Ela perdeu sua sonolência após Henry bater as mãos e quase gritar para todos no vagão:
— Pessoal, vamos recapitular nosso plano?
Karen tomou a frente do irmão e pegou um pincel. Circulou um ponto sobre um mapa da cidade preso à lousa do covil e explicou:
— Segundo o Google, esse é o mapa da antiga fábrica. Está descampada, sem telhado, mas provavelmente, existe alguma estrutura protegida de luz e que abriga as criaturas, pelo o que disse Flora. E ao que tudo indica, são esses tanques de armazenamento, enterrados no subsolo e com uma parte do lado de fora da terra. Mas, temos duas opções: esperamos o horário em que o sol fique no topo do céu para abrir a tampa e deixar a luz entrar, pois ao que vemos, o tanque tem uma abertura no seu topo que é muito maior e o suficiente para entrar luz. Vamos atordoar as coisas usando alguma coisa luminosa e "gg".
Hillary bocejou. Desbloqueou o telefone e viu que a mensagem no qual enviou para Dylan na noite anterior havia sido recebida e lida por ele, entretanto o namorado não a respondeu. A ausência de uma resposta fez Hillary desabar novamente sobre o puff e pensar na cena da noite anterior.
Hawyrth, uma cova rasa no meio da floresta e labaredas discretas emanando da cova. Para não chamar mais atenção de quem passava na rodovia, o grupo voltou ao covil, mas a imagem de Hawy carregando o corpo da extraterrestre floresta adentro, não saía da sua cabeça.
A revelação de Flora na verdade ser uma extraterrestre pegou o grupo desprevenido, inclusive Karen, que se negava a acreditar no motivo de ela ter escondido a verdade deles, mesmo sabendo que Jennecy e Hawyrth também eram de fora da terra. Ainda questionava a realidade, e que tudo seria diferente caso Flora tivesse assumido antes. Ainda assim, ela precisava continuar com o resgate de sua irmã:
— Se não for no tanque, então há outra alternativa: um laboratório subterrâneo, próximo ao que era o galpão de serragem. Lá, teremos que entrar munidos de toda e qualquer luz possível para destruir essas coisas e claro, usar o refletor para detonar aquele desgraçado.
Dennis ressaltou que seria quase impossível seguir aquele plano e que alguma coisa poderia dar errado, pois eles lidavam com seres alienígenas, logo, imprevisíveis.
A porta do vagão deslizou, e Hawyrth entrou com três caixas de pizza nas mãos. Ele pôs os objetos ao lado da porta e cortou o assunto do grupo:
— Desculpa a demora, acho que as pizzas esfriaram.
— Como você conseguiu pizza às quatro da manhã, Hawy? — pressionou Jenny - o que fez Karen rir.
— O dono da Pizza UFO é sócio da associação e de vez em quando fornece pizza quando estamos com algum evento corujão. É claro que menti para ele.
Todos riram. Hawy se acomodou para entender o raciocínio de Karen, mesmo que pela metade.
Analisando o plano elaborado por todo o grupo, Hillary estalou os dedos após uma ideia. Ficou de pé e anunciou aos amigos:
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Separados Pelo Tempo: Segredos Alienígenas Parte I | Wattys 2021
Ciencia FicciónEm Alverne Dourado, uma cidade misteriosa, fenômenos alienígenas e sobrenaturais são comuns. Quando Lauren, que desapareceu misteriosamente anos atrás, retorna à cidade com a mesma idade, um grupo de adolescentes rebeldes liderados pelos gêmeos Kare...