👽 •• 19 •• O ULTIMATO DE SIELOW •• 👽

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SEGUNDA, 29 DE OUTUBRO DE 2012

— Vocês não vão acreditar, está a maior patifaria no centro da cidade.

Karen paralisou ao ouvir aquela frase. Não conseguia acreditar na noite do dia anterior, achava que a mesma foi um delírio ou um sonho ruim. A garota ao seu lado na fila do refeitório continuou o assunto, contando à sua melhor amiga enquanto fazia a bandeja com o café da manhã:

— Estão certos. Já é a quarta pessoa que morre e a polícia não consegue fazer nada. Vamos ver se agora esses manés acordam.

Karen lutou para não se intrometer no assunto. Ela pegou um misto quente com uma caixa de suco de pêssego e passou direto para a mesa onde sentava com os amigos no refeitório, dessa vez vazia e isolada ao lado da janela.

Comendo em silêncio, Karen sentia que precisava de um tempo sozinha. Pela janela, viu o irmão em uma das mesinhas do lado de fora da escola conversando com Aretha em vez de vir comer. Hillary ainda não havia acordado e tampouco Dylan.

O único que estava de pé era Dennis. Karen sorriu ao vê-lo na fila do refeitório, e ele acenou para a amiga. Imediatamente montou seu café e foi para a mesa. O rapaz jogou a bandeja ao lado de Karen a ponto de fazê-la se assustar.

— Você não dormiu direito. — Dennis comentou.

— Impossível. — Karen esperou o amigo sentar e comer para comentar — Denny, eu fiz isso com Axel. Eu o envolvi nisso tudo e agora sei que vocês têm razão. Fui muito longe nisso tudo e olha só. Alguém morreu por minha culpa!

De imediato, Dennis não soube o que dizer. Em certa parte, era e não era culpa de Karen. Ele procurou apenas a parte positiva da situação para conformar a garota enquanto soprava a caneca de café:

— Axel foi atacado pela criatura antes, se acalme. Agora você tem que correr contra o tempo se quiser salvar sua irmã.

— Sielow, sua desgraçada miserável! — A garota soltou o pão com tudo sobre o prato e empurrou a bandeja para longe dela. Se continuasse comendo, provavelmente vomitaria tudo. Ela cruzou os braços e observou Jenny entrando no refeitório, passando direto para a dupla em vez de pegar algo para comer.

— Sinto muito, Karen. — A novata jogou o caderno sobre a mesa e passou a estudar em silêncio ao lado dos dois.

Dennis, calado após a chegada de Jenny, resolveu perguntar por Hillary. Sequer teve tempo de ser respondido e viu a garota desfilando em direção à mesa, também passando direto do café da manhã servido. A loira tropeçou em suas botas e bateu as duas mãos sobre a mesa.

— Vocês não sabem o que está acontecendo na cidade! São oito da manhã e algo muito pesado está acontecendo!

— Estão protestando por Axel. — Disse Karen, o que surpreendeu Hillary:

— Como ficou sabendo?

A ruiva apontou para duas mesas à frente e respondeu:

— Steph e Meg. Elas estavam falando disso agora a pouco, e como essas duas são mais fofoqueiras que você, jamais duvidei.

— Elas podem até ser fofoqueiras, mas não têm os detalhes que eu consegui. — Hillary enfim puxou uma cadeira e sentou. — Vai ter um toque de recolher severo na cidade e parece que a polícia federal vai vir ajudar nas investigações dos assassinatos.

Karen mordeu o lábio enquanto negou:

— Duvido muito que toque de recolher vá ajudar, inventaram esse agora e também quando minha irmã desapareceu. Não deu em nada.

Hillary concordou com uma leve arqueada na testa.

— Lembro disso. — ela debochou. — Eu fugia pela janela do meu quarto.

Separados Pelo Tempo: Segredos Alienígenas Parte I | Wattys 2021Onde histórias criam vida. Descubra agora