De volta a rotina normal, ou melhor, de volta à escola.
-Vamos Taya, ou não vamos conseguir tomar café da manhã e vamos ter que pular direto pra primeira aula – disse enquanto guardava a minha mochila com o agasalho time de vôlei no armário.
Enquanto isso, a ruiva ainda vinha se arrastando pelas escadas, mas no momento que ouviu a palavra café da manhã ela se apressou e colocou os sapatos. Os meninos já tinham ido, aparentemente Komori precisava resolver algo na secretaria.
Eu não tive exatamente tempo de conversar com Kiyoomi depois dos acontecimentos, então estar na escola me deixava um pouco nervosa. Achei que conseguiria conversar com o ace antes das aulas mas teria que ficar para depois.
Conseguimos passar no refeitório, mas não pudemos aproveitar tranquilamente como de costume.
– Acho que eu engoli pasta de dente –Taya comentou enquanto seguíamos do banheiro para a nossa sala de aula.
-Você que quis comer mais uma torrada não eu – respondi.
Os olhos da minha amiga miraram um horizonte não existente – Mas estava perfeita, seria um crime eu não voltar para comer mais uma.
-Crime pra quem Taya?
-Para mim mesma – respondeu rindo – Você teria que me aguentar falar que eu deveria ter comido mais uma.
-Certo, certo. – balancei a mão e entrei na sala de aula imediatamente franzindo o cenho. Yoshida estava sentada na minha carteira tentando engatar uma conversa com Kyo, e particularmente ela deveria ter muita força de vontade, afinal o olhar de desprezo que ele dava na direção dela já teria feito qualquer um correr.
Taya olhou imediatamente pra mim com preocupação, acho que ela estava pronta pra me impedir num ato de assassinato eminente. Apenas coloquei o meu melhor, e falso, sorriso e me aproximei.
-É gentil da sua parte guardar o meu lugar pra mim Yoshida, mas não é necessário todas as carteiras são marcadas.
Kiyoomi me olhou como se eu fosse uma salvadora, pronto para ser resgatado do próprio inferno. Seria fofo se eu não soubesse que realmente estava o incomodando.
A garota virou o rosto na minha direção com fúria irradiando dos próprios olhos – Você não se cansa de atrapalhar? [Nome]-chan.
-Bem que está me atrapalhando agora é você não? – rebati – A aula vai começar então por favor.
Mexi a mão indicando que ela seguisse para o próprio lugar, Yoshida se levantou e me encarou de frente na tentativa de me intimidar. Mas eu estava cansada de bancar a boa moça principalmente com ela.
-Você não sabe com quem está se metendo.
Ri com escárnio estampando no rosto o famoso sorriso de raposa – Diria o mesmo pra você Yoshida-san. E a propósito cresça um pouco, falar para o professor que eu não contribui com a tarefa é coisa de criança. E nós três sabemos quem realmente fez aquele trabalho não é?
Eu era um pouco mais alta que ela então me inclinei levemente pra frente – Saia da minha frente.
-Quem você acha que é? Sua caipira transferida.
Abri a boca pra responder mas Sakusa foi mais rápido.
-[Nome] é minha namorada.
Nesse momento foi como se a sala inteira virasse na nossa direção para ter certeza do que estava acontecendo, porque fazer um anúncio daquele tipo como se fosse a coisa mais normal do mundo era exatamente a cara dele?
Kiyoomi mal tinha se mexido apenas disse, se não estivéssemos com uma situação tão tensa seria capaz de eu gargalhar ali mesmo.
-Por favor saia do lugar dela.
O golpe final.
Ela não teve de responder nem qualquer pessoa enxerida que estava prestando atenção na nossa conversa, afinal o professor entrou na sala. Só então eu consegui raciocinar que ele me chamou de namorada pela primeira vez.
Pelo menos poupa uma parte da conversa.
As aulas seguiram com o mesmo clima pesado e eu tinha quase certeza que a escola inteira já deveria saber já que eram um bando de fofoqueiros, e isso se comprovou quando deu o horário do almoço e todo mundo ficou esperando para ver o que faríamos.
E por sorte ele tomou a iniciativa de me chamar pra conversar antes que eu mesma pudesse sugerir, então não demorou para que estivéssemos no telhado e surpreendentemente sozinhos.
-O que aconteceu com você?
Respirei fundo – Yoshida me tira do sério.
-Não sobre ela, antes. – comentou – Parece... Triste.
O quanto ele devia ter me observado para saber que eu não estava bem? Encostei as costas no muro e cruzei meus braços – Não estou em bons termos com os meninos da Inarizaki... Pelo menos alguns deles, tivemos um desentendimento.
-Você não tem obrigações com o time deles – por mais que tenha soado frio eu sabia que era uma tentativa de me confortar.
-Mas ainda assim tenho obrigações com os meus amigos - levantei a cabeça pra encarar seus olhos – Vai passar não é nada demais, agora você pode me explicar a confissão repentina?
Sakusa fez uma careta – Não gosto do jeito que a Yoshida fala com você, e porque não me contou do trabalho?
-Resolvi direto com o sensei, não tinha motivos pra te envolver nisso. Sabe que a escola inteira vai ficar falando agora não é?
-Fiz errado, está chateada? – Kiyoomi perguntou levemente preocupado me fazendo rir.
-Não – balancei a cabeça e continuei – Só achei que você fosse querer esconder por algum tempo. Nunca tive ninguém, então também não sei como essas coisas funcionam, mas fiquei feliz.
O ace levantou a mão direita alcançando a lateral do meu rosto, sem falar nada ele se aproximou colando nossas testas. – Como vamos fazer isso?
-Do nosso jeito ace-kun.
***
Bom as coisas estavam resolvidas e os boatos correram mais rápido do que Lâmia. Chegando até os terceiro anistas do time.
Kurosawa-senpai sendo o mais irritante deles – Agora eu entendo porque Sakusa-kun ficava mirando os cortes em mim. Nunca imaginei que ele fosse do tipo ciumento gerente-chan.
O mais velho me acompanhou enquanto eu andava pela quadra distribuindo os coletes.
-Bom agora sabe – e sorri – Tem sorte dele não ter mirado no seu rosto.
-Ele não faria isso, faria? – perguntou se virando para ver onde o ace estava.
Depois da nossa conversa tínhamos combinado que no momento que entrássemos na quadra de vôlei ou no ginásio voltaríamos a ser apenas gerente e jogador. Ambos concordamos que essa maneira seria a mais sensata para nos manter focados em nossas próprias responsabilidades... Mesmo que agora ele estivesse encarando o meio de rede conversando comigo pelo canto de olho.
Dei risada – Com certeza senpai.
N/A: Vocês que me aguentem nessa boiolage dos dois agora viu.
Hoje foi isso.
Até mais, Xx.
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Redamancy - (Sakusa x [Nome])
Fanfiction🥇 1° em Haikyuu • Setembro/22, Outubro/23 red • a • man • cy (substantivo) sentimento nobre e puro: o de amar de volta alguém que te ama um amor retribuído com a mesma intensidade. Poderia ser apenas uma mudança comum, afinal quantas pessoas não tr...