Estava cansada de tantas maneiras diferentes, não era fácil acompanhar um time de alto rendimento num campeonato. Mas mesmo com as olheiras e o sono se fazendo presente me mantinha forte junto com os técnicos que estavam tão cansados, ou até mais, do que eu.
Conforme as rodadas passaram e os times adversários foram sendo definidos, tínhamos muito trabalho para procurar as informações oficiais e desmembrar as forças e falhas a fim de que o treinador pudesse passar uma estratégia válida para os garotos.
Tudo isso se juntou e se acumulou nos quatro dias de torneios, mas foi recompensado pois tínhamos conquistado todos eles com vitórias. E chego a final, contra a Inarizaki.
O médico responsável estava trocando a minha bandagem, enquanto eu bocejava incessantemente. Mal passava das sete horas da noite.
-Você tem trabalhado incessantemente com os técnicos [Nome], obrigado por isso. Você não precisava.
-Todo mundo no time tem uma função – comentei coçando os olhos – Os jogadores são a linha de frente é claro. Mas todo o resto precisa ajudar eles a tomarem a melhor forma, os técnicos acordam ainda mais cedo do que eu, buscam as refeições e montam os cronogramas.
-Ajudar com um pouco de pesquisa para que eles possam dormir um pouco mais cedo me parece pouca coisa.
Ele finalizou o curativo - Seu ferimento parece estar cicatrizando bem, não tem sentido dores?
-Apenas coça mas é parte do processo não?
-Precisamente – ele sorriu e cruzou os braços – Já pensou no que vai fazer depois de terminar a escola?
A pergunta me pegou um pouco de surpresa, não tinha sequer chego perto de pensar no que seria do meu futuro. Balancei a cabeça devagar.
-Com a sua dedicação e conhecimento, poderia facilmente se tornar uma preparadora. Uma médica, ou ter qualquer outra profissão ligada a ajudar pessoas, atletas mais precisamente. Deveria considerar algo do tipo.
-Realmente acha que eu levo jeito?
-Ajudar um atleta é mais do que o auxiliar a tirar o melhor do próprio físico, é ajudar a cuidar da mente, entender suas limitações e apoiar. Nada diferente do que tem sido feito com Sakusa-kun se me permite dizer.
Não respondi nada depois disso, apenas agradeci o curativo e desci para o jardim do hotel Iizuna-san geralmente reunia o time por conta para fazer algumas reflexões entre eles. O céu estava aberto e a área de descanso do hotel vazia.
Havia um espaço no canto, em frente a pequeno um lago de carpas coloridas e no meio de arbustos floridos, que tomamos como sendo o nosso ponto de encontro. Assim como na escola nós caminhávamos de volta para o prédio, aquele local era nosso para que pudéssemos ter alguns momentos sozinhos e de alguma forma recarregar as energias.
Os passos se fizeram presentes, e Kiyoomi apenas parou de pé ao meu lado alguns minutos depois. Não disse nada, apenas peguei a sua mão entre as minhas e apoiei o rosto em seu ombro vendo os peixes coloridos nadarem sob a luz da lua.
-Você está quieta, devo me preocupar?
-Não, estou pensando. – comentei – Se lembra da primeira vez que nos encontramos? Estava espiando para dentro do ginásio e você me disse que estava atrapalhando.
Ele não respondeu a princípio – "Me desculpe", foi a primeira coisa que você falou pra mim e agora eu devolvo. Não precisava ser tão ríspido.
-Você está diferente daquele Sakusa-kun que eu conheci no primeiro dia, mas aceito sua desculpas – fazia tanto tempo que eu não usava o sobrenome dele que até soou estranho falar – Gosto do jeito que você é sincero, por bem ou por mau me ajuda a te entender melhor.
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Redamancy - (Sakusa x [Nome])
Fanfiction🥇 1° em Haikyuu • Setembro/22, Outubro/23 red • a • man • cy (substantivo) sentimento nobre e puro: o de amar de volta alguém que te ama um amor retribuído com a mesma intensidade. Poderia ser apenas uma mudança comum, afinal quantas pessoas não tr...