* cronologicamente antes do nacional, depois da festa de noivado *
A grande academia Itachiyama estava completamente irreconhecível, os caminhos que os alunos faziam para atender as aulas diariamente estavam cobertos por uma névoa baixa e luzes laterais que dançavam entre laranja e roxo. Os arbustos, sempre bem cuidados pelo competente time de jardineiros, tinham teias de aranhas espessas os cobrindo junto de insetos e outros monstros de jardim completamente horripilantes. Nos campos abertos, bonecos foram posicionados de maneira estratégica, se esgueirando atrás de árvores, rompendo o chão de terra para escapar de seus túmulos.
Até ver os funcionários da escola empenhados em fazer uma decoração grandiosa, não sabia que o festival de Halloween da Itachiyama era um evento tão esperado e renomado.
Taya me explicou posteriormente que essa é uma das poucas ocasiões que os portões são abertos para o público geral, e familiares, desfrutarem da festividade junto dos alunos.
Durante dias, predecessores a data, vimos barracas, estruturas e todo tipo de atividade interferir no cotidiano estudantil monótono, trazendo um ar assustadoramente divertido para o campus.
Claro que os funcionários não eram os únicos empenhados, os estudantes também passaram uma grande parcela de tempo investidos em suas fantasias. Eu não me excluindo desse grupo.
No dormitório em que divido com uma certa ruiva apaixonada por fotografias, olhei com cuidado o reflexo no espelho.
Meus cabelos foram escondidos embaixo de longos fios azulados repletos de ondas que desciam até a base da coluna, acompanhado de um véu acinzentado que caí repleto de rasgos sobre os ombros. O vestido também de um branco já envelhecido tinha na altura da cintura um detalhe que revelam sob o corselet o desenho das minhas supostas costelas, os tons cinzentos abraçavam os detalhes de bordado e mancham a longa e elegante saia do que deveria ser uma noiva cadáver.
Confesso que quando Ichika, Taya e Lâmia se juntaram para opinar nessa caracterização em específico pensei estarem exagerando com todas as peças que compunham o visual, como o 'bodysuit' azulado que me dava um ar lúgubre sem precisa pintar o corpo inteiro. A maquiagem também ficara idêntica a do filme, apesar de não ter pintado o rosto inteiro de azul, créditos de Taya que clamou ter bom olhos para referências visuais.
— [Nome] — a porta do nosso quarto se abriu com uma Taya exasperada. — Por favor, me ajude a amarrar todos esses fios. Fazer a maquiagem em você foi mais fácil do que lidar com essa roupa medieval.
Os fios de cabelos que naturalmente já eram selvagens ganharam um novo significado quando Taya decidiu incorporar Merida Valente. A princesa que escolhe romper tradições e fazer as próprias escolhas quebrando o modelo e a autoridade impostas pelos pais.
Taya levantou os fios e se virou de costas para eu a ajudar, o tecido verde e molengo da sua fantasia estava completamente embolado pelas tentativas falhas de fechar a vestimenta até o fim.
— Espero que não carregue as flechas junto, temo por você e também as pessoas ao redor — comentei batendo em seu ombro me lembrando do histórico da ruiva de cair depois de tropeçar no ar.
— Apenas o arco — respondeu também se olhando no espelho e virando algumas vezes fazendo a saia rodar — de acordo com Lâmia as minhas flechas são os flashes da câmera. Ela também disse ser perigoso demais eu andar por aí com qualquer tipo de arma, mesmo que seja de pelúcia.
Dei risada alta e andei até a minha parte da mesa de estudo para checar o celular, tanto meu pai quanto Hide e Ichika também viriam, logo ficamos de nos encontrar assim que eles chegassem.
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Redamancy - (Sakusa x [Nome])
Fanfiction🥇 1° em Haikyuu • Setembro/22, Outubro/23 red • a • man • cy (substantivo) sentimento nobre e puro: o de amar de volta alguém que te ama um amor retribuído com a mesma intensidade. Poderia ser apenas uma mudança comum, afinal quantas pessoas não tr...