casamento

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"Are you still there?

(Just tell me)

Just tell me, how we can make this work?"

- Ei, acho que ele só precisa de tempo - Tanaka tenta me tranquilizar.

Suspiro. Eu só queria que a viagem de volta acabasse para eu sair daquela carruagem estúpida que nós dois dividíamos e ir para meu quarto. Só queria ficar sozinho.

- Não se preocupe comigo. Estou bem. - minto - O que você tem ai? - quebro o silêncio que se instaurara quando a curiosidade fala mais alto.

- Takeda também me deu o registro da minha meia-irmã. Vou tentar encontrá-la.

- Espero que dê tudo certo. Qual é o nome dela? 

- Saeko. Saeko Tanaka.

*

Depois de entregar as provas incriminadoras aos Nekoma, foi fácil a derrubada de Akiteru. Para minha surpresa, Kageyama também estava trabalhando contra o falso marquês e apresentou várias outras provas reveladoras. Oikawa não teve como negar ou encobrir o aliado - o que o deixou mais irritado do que já estava.

A posse de Tanaka foi simples e com pouca gente, já que não queria chamar atenção depois de tantas fofocas rolando com o seu nome. A alta sociedade estava enlouquecida com os últimos acontecimentos. Dias depois, o rei ofereceu ao novo marquês uma vaga no conselho, mas Tanaka recusou. Disse que não queria se envolver em política. Segundo ele, só queria uma vida tranquila com sua irmã e Kiyoko. Eu não poderia julgá-lo. Se pudesse escolher entre largar tudo para morar no campo e continuar como um nobre golpista, eu com certeza fugiria.

Durante a noite, meus sonhos recheados de morte tinham outro protagonista: Tsukishima Kei. Para evitar sonhar com a morte dele outra vez e outra vez eu apenas não dormia. Estava um caco. Sem ninguém para me ajudar a juntar os pedacinhos.

*

*

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- Você está incrível, irmã.

- Obrigada - Kiyoko dá um sorriso animado.

O vestido era simples, mas não deixava de ser lindo e elegante. O cabelo perfeitamente penteado e as flores enfeitando a deixava mais bela ainda.

- Ei, o que tá fazendo aqui? Não pode ver a noiva antes do casamento! - Yachi grita ao notar que eu tinha entrado no quarto onde se arrumavam, me empurrando para a porta.

- Mas nem sou eu quem vai casar! Essa regra só serve para o noivo!

- Não importa! Você vai acabar dando azar! - dou uma risada.

Em segundos, sou expulso. Do lado de fora, ouço a risada de Kiyoko, dizendo que a irmã não precisava exagerar. 

Resolvo ir até a cozinha e roubo uma maçã. Vou para o jardim e me sento em um dos bancos, esperando pelas meninas. Uma brisa suave corria, levando o cheiro das flores até mim. Cheiro de cravo branco. O cheiro que me lembra Tsukishima. 

a última dança - tsukkiyamaOnde histórias criam vida. Descubra agora