forca

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"You got the devil in your eyes"


Antes de Bokuto e Akaashi irem embora, eles explicam que eu não precisava me preocupar tanto já que o rei não tinha nenhum tipo de prova e me aconselharam a agir como um santo ao lado dele. Provavelmente Oikawa devolveria minha vaga no conselho para poder me observar de perto e procurar qualquer coisa que me incrimine.

Sozinho, praguejo e esfrego as mãos pelo rosto. Como pude deixar isso acontecer? Chamo uma das criadas e peço para que prepare nossas malas. Depois, vou até o jardim, onde encontro Tsukishima e minhas duas irmãs conversando e rindo tranquilamente.

- Tsukishima, está na hora você ir. Tenho assuntos a tratar com minhas irmãs.

Yachi e Kiyoko se levantam do banco assim que percebem minha urgência e entram em casa.

- Suponho que tenha algo a ver com a Sua Majestade, já que os dois conselheiros dele estavam aqui - o loiro observa.

- Sim. - tento agir com indiferença - Parece que teremos uma festa para ir.

Pela proximidade, noto com detalhes pela primeira vez a beleza dele. Os olhos dourados, o cabelo cor de trigo. Alto e forte, fazendo juz a imagem dos príncipes encantados dos contos de fadas.

- Hum, parece que nós dois estamos destinados a ficar se encontrando por aí. - ele provoca.

- Por que está me dizendo isso? Ansioso para me reencontrar? - abro um sorrisinho e ele revira os olhos.

- Melhor parar logo de ser um babaca para evitar constrangimentos, principalmente na mansão real.

- O babaca é você que não possui um pingo de educação.

- Engraçado, as pessoas dizem que eu sou muito educado. Só você fica fazendo caso, duquezinho.

- Pare. Pare com isso. - minha voz era pura impaciência - Eu não vou ficar discutindo, você sabe muito bem o motivo da minha aversão por você. Passar bem - dou um inclinar de cabeça e volto para dentro de casa.

*

Quando chegamos na mansão real, já anoitecia. Ajudo minhas irmãs a saírem da carruagem e somos levados por um mordomo até nossos aposentos: um para as meninas e um para mim. Entro em meu quarto e deixo a maleta no canto. Me sentia nervoso e ansioso.

Se o rei conseguir alguma prova, eu sou um homem morto. Contudo, uma parte de mim já estava disposta a morrer quando me meti nessa confusão. Eu não poderia ficar assistindo enquanto Oikawa e os nobres apoiadores aprovavam leis de aumento de impostos e desvio de dinheiro e mantimentos. Por causa deles, nossos súditos estavam passando fome. Pessoas vulneráveis sempre estão na mira de países fronteiriços, que não esperam por uma oportunidade para nos invadir. Sem contar com as doenças... Rei Oikawa, em apenas três anos, trouxe uma crise inigualável para o país. E ninguém se importou em impedir.

Até eu tomar providências.

Tomo um banho rápido e visto roupas de gala. Ao ficar pronto, saio do meu aposento e encontro minhas irmãs que já me esperavam.

- Que cara é essa? - Yachi pergunta ao se aproximar.

- Nada, tá tudo bem - dou um sorriso fraco. - Vocês estão lindas.

- Obrigada! - Yachi agradece. Paro meu olhar em Kiyoko, que estava calada me encarando.

Estendo os braços para elas se aproximarem e caminhamos juntos e em silêncio na direção do salão onde seria a festa

- O que você fez? - ela finalmente diz algo.

Viro o rosto em sua direção e suspiro.

- Você pode jogar aquele jogo para mim? - falo em sussurro.

a última dança - tsukkiyamaOnde histórias criam vida. Descubra agora