♕︎𝚌𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘2♔︎

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— Soube que estava com o príncipe,  isto é bom minha filha, aproveitou a oportunidade que lhe dei — riu com sua voz grossa e um sorriso glorioso no ar — Se usar ele para chegar ao principe Chaemin,  talvez possa se tornar rainha — falou me abraçan...

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— Soube que estava com o príncipe,  isto é bom minha filha, aproveitou a oportunidade que lhe dei — riu com sua voz grossa e um sorriso glorioso no ar — Se usar ele para chegar ao principe Chaemin,  talvez possa se tornar rainha — falou me abraçando, coisa que pouco fazia, abraços são incomuns por aqui, demonstrações de afeto no geral.
Nunca pensei em ser rainha, é algo que para mim, é distante, não me sinto capacitada, a altura de tal titulo.

— Não quero ser rainha pai, nunca nem cogitei isso — comentei e ele pareceu ter se desapontado, sua alegria de agora a pouco foi sumindo rapidamente.

— Ah, compreendo, faça o que lhe faz feliz, mas saiba que esta perdendo uma grande oportunidade — colocou a mão por meus ombros e me guiou aos meus aposentos não tão luxuosos assim.

[...]

— Sempre me impressiono quando venho ao palácio — comentou minha amiga Maria.

— Isto tudo não é meu, sabe disso — comentei me sentando em minha cama macia que tinha as diversas camadas de lençóis vermelhos. Peguei uma almofada de qual gosto e a chamei para se sentar ao meu lado.

— Mesmo que não seja, é como se fosse. Você é uma das poucas pessoas do reino que tem a honra de morar aqui.

— Tenho algumas novidades — falei porém ela me interrompeu.

— Podemos ir ao jardim? Sempre quis ir ao jardim do palácio — segurou minhas mãos fazendo uma cara aflita e seus olhos diminuíram por sua careta que pedia pelo dito de seus lábios.

— Está bem, porém temos que ser corteses, a família real pode aparecer a qualquer momento — ela concordou animada e logo caminhamos pelos corredores até o jardim.

— Eu estou ansiosa para o baile,  obrigada por me convidar! — agradeceu sorridente, ainda não a disse que não iria mais poder vir.

— Em relação a isso... — estava prestes a contar quando fui interrompida, pelo principe.

— Ela será minha acompanhante, não poderá lhe levar ao baile e ainda se fosse, ficaria sozinha — ele colocou a mão em meu ombro ainda atrás de mim e só vi minha amiga se curvar diante a ele. Ela não demonstrava reação alguma,  jajá babaria com a boca entreaberta.

Senti o peso em meus ombros, meu corpo tremia e haviam borboletas em minha barriga. Ele é da família real, não pode se aproximar tanto de terceiros, pode?

— Se me permite licença, vossa majestade, depois podemos conversar mais sobre este ou qualquer assunto que deseje — pedi e saí do local arrastando Maria para fora do jardim e logo a arrastando pelos corredores.

Ela parou no meio se soltando de mim e logo me encarou, percebi que ela ia gritar e logo tapei sua boca.

— Não grite, isto ainda é o palácio e estamos perto dos aposentos da família real — falei e a soltei.

— Vai para o baile com o principe? — falou com um tom desacreditado na voz, passei as mãos em meu vestido azul para tirar a baba que ela deixou em minha mão particularmente desagradável e respirei fundo para responder.

— Foi o que ouviu certo? Não tenho escolha, se não for posso acabar nas masmorras do lago.

As masmorras do lago é um lugar deplorável,  tais masmorras em cavernas subterrâneas abaixo do grande lago de Euphoria,  um lugar frio e úmido ao qual não tem nenhuma circulação de vento. Suas paredes de pedra eram inteiramente cobertas por lodo.

Para chegar lá, deve-se passar por uma grande trilha debaixo da terra toda elameada com toxas presas a parede iluminando o caminho, as vezes goteja trazendo um ar tenebroso ao local.

[...]

O tempo tinha passado e já era a hora de jantar, ouvi batidas na porta e logo se revelou meu pai. Ele agora usava uma calça preta de um tecido brilhoso que não identifiquei, sua blusa branca de cetim com babados ao pescoço e um por cima se predominava um tecido pesado de veludo na cor de verde musgo.

Apenas um de seus botões estava fechado, estava arrumado demais para um jantar na coisinha do castelo.

— Minha filha, o rei nos convidou para jantar com ele esta noite — isso já aconteceu antes porém não era frequente, acontecia geralmente antes de grandes eventos, como coroações,  bailes importantes ou guerras.

Ele pediu para que me arrumasse devidamente ao evento, de acordo com ele minhas vestimentas eram desleixadas demais para o evento em questão,  eu amo esta calça, como pode dizer isso?

Tudo bem, segui ao guarda-roupa e peguei um vestido bonito e bem trabalhado. Ele tinha um tom de verde musgo,  em sua barra desenhos de folhas e flores que vão subindo pela peça e sumindo ao longo da mesma, detalhes dourados na costura, foi um presente de meu pai.

Trançei meu cabelo e saí a procura de meu pai, ele estava na minha porta olhando freneticamente para o relógio, tinha pressa.

— Que demora, minha filha! — ele segurou meu braço e me arrastou até o grande jantar.

— Eu não demorei pai!  Vou cair assim — ao pararmos na porta ele encarou meus olhos, respirou fundo e começou a falar — Seja cortez e lembre-se....

— ...não faça nada do qual se arrependa — terminei sua frase e logo as portas foram abertas para que nos sentemos junto a família real.

Haviam duas cadeiras vagas, as nossas, meu pai se sentou ao lado do príncipe Philipe,  me restou a cadeira ao lado do príncipe caçula, espero que esse fato não venha a se tornar um incômodo.

— Fico feliz com sua vinda a nossa mesa, meu amigo!  Confesso que esta mesa é bem silenciosa quando eles não estão brigando ou querendo me pedir alguma coisa — o grande rei disse ao meu pai. Pude ver a rainha Antonela puxar um pouco a bainha da roupa azulada como uma piscina limpa do rei, como se ele não devesse dizer isso para nós. Ele, ao perceber, negou a opinião da rainha — Ele é meu amigo a muitos anos. Sabe de nossa família desajustada.

Esta situação me trouxe constrangimento, meu pai sabia disto, não eu, jamais pensaria isso da família real. Eu estava avoada, até que ouvi uma voz poderosa, o grande rei falou meu nome.

— Yohana seu nome, certo? Soube que é ótima de espada. Obrigado por acompanhar meu filho irresponsável no baile,  tenho certeza que conseguirá controla-lo. Não tema em ordenar nele, pode reclamar sem medo — soltou uma risada e ri forçadamente de tal forma que me deixou constrangida. Jungkook fez uma careta emburrado, típico.

Seja minha rainha, milady.Onde histórias criam vida. Descubra agora