Twenty-Seven.

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Eles estavam andando de carro pela cidade há algum tempo já. Não que o local de destino fosse longe; a verdade é que Jeongguk não tinha ideia de onde estava indo. Só estava dirigindo, sem rumo, na expectativa de que algo surgisse em sua mente. Para sua sorte, o Kim parecia estar bem entretido com a vista do lado de fora da janela para prestar atenção no que, de fato, estava acontecendo. Seus olhos castanhos estavam vidrados em cada pessoa que passava, nas construções e paisagens. Ele gostava de assisti-lo admirar cada mínima coisa, fazia-o pensar que deveria dar mais valor aos pequenos detalhes.

Quando começou a cogitar a possibilidade de desistir e simplesmente seguir até o próprio apartamento, avistou uma praça. Por mais simples que fosse, pareceu a ideia perfeita para si. Sempre gostou de ir a praças quando era criança. Insistia até que sua mãe o levasse e era uma verdadeira luta para convencê-lo a ir embora. Não tinha um porquê, havia apenas algo extremamente apelativo em ter todos aqueles brinquedos à sua disposição, prontos para inúmeras aventuras.

— Chegamos! — anunciou após estacionar em uma das vagas ao redor do local.

— Há quanto tempo não venho a uma praça. Estou tão animado!

O Jeon sorriu com a reação. Não importava aonde eles iriam, Taehyung sempre estaria empolgado. Era um incentivo e tanto – não que ele precisasse de ainda mais incentivo para querer desfrutar da companhia alheia. Depois de pegar a cadeira de rodas na mala, ergueu o mais velho no colo para ajudá-lo a se transferir para seu meio de locomoção temporário.

— Podemos dar uma volta para ver tudo que tem aqui? — a voz grave quase soou acanhada.

Precisava admitir que achava uma graça toda vez que o mais velho reduzia seu tom para perguntar algo, quase como se estivesse pedindo permissão. Como se a resposta já não fosse óbvia. Ele já deveria saber que Jeongguk, provavelmente, era incapaz de negá-lo algo, ainda mais tão simples e inocente quanto uma volta ao redor da pracinha.

O local não era tão grande, nem tinha muitas atrações, mas nada disso parecia ser perceptível aos olhos alheios. Taehyung parecia incrivelmente animado, apontando para tudo e até sacudindo os braços, às vezes, para extravasar seu contentamento.

Eles passaram pela parte do parquinho, com crianças gritando e correndo para todos os lados. Apesar do barulho, as risadas tão puras transmitiam uma sensação boa. Conforme se afastavam dos brinquedos, chegaram a uma área completamente arborizada que parecia um paraíso perdido em meio à cidade urbanizada. Havia bancos de madeira espalhados sob as sombras fornecidas pelas enormes copas esverdeadas e algumas barracas que vendiam comidas ou brinquedos. Era tão bonito, o mais novo pensou. Não se arrependia de sua escolha.

— Mais rápido, Guk — o pedido veio em meio a gestos com as mãos para acelerar o movimento. Por um breve instante, ele não entendeu o que o outro queria. Outro grito de "Vamos!", porém, foi o suficiente para despertá-lo. Taehyung queria se divertir também. Então, o fisioterapeuta certificou-se de que o outro estava se segurando e iniciou uma leve corrida. O vento batia contra o seu rosto e seu ouvido era banhado pelas risadas de felicidade que escapavam os lábios rosados. Mesmo que não conseguisse enxergar o rosto dourado por estar empurrando a cadeira de rodas, conseguia imaginar a expressão alegre que o estampava.

Deram duas voltas antes de Jeongguk se sentir exausto e parar perto de um dos bancos de madeira, jogando-se no mesmo. Sua testa estava suada e a respiração ofegante, mas não conseguia deixar de espelhar o sorriso do mais velho.

— Isso foi tão divertido!

— Foi cansativo, isso sim — retrucou quando sua respiração foi reencontrando o próprio ritmo. O menino se contorceu na cadeira de rodas, rindo de si.

For Him | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora