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Quando acordei senti minha cabeça deitada no colo de alguém e afagos carinhosos e familiares no meu cabelo, uma mão maior que a minha cobrindo meu punho esquerdo fechado. Ouvi um choro baixo e sons de uma tempestade violenta combinados com rosnar agressivo. Meu corpo ainda estava fraco, mas por sorte eu podia o controlar mesmo que isso doesse um pouco e criei coragem para abrir meus olhos.
Meu pai estava do meu lado esquerdo e minha mãe deitada sobre mim, Gaara me amparando no seu colo. Não tenho ideia de quanto tempo se passou, eu não estava mais na torre de observação e sim na biblioteca pública.
-Eu deveria saber que o Itachi não ia enganar vocês dois por muito tempo.
Minha voz rouca e arranhada fez três pares de olhos se arregalar em choque sobre meu rosto e surgir três sorrisos lindos também. Meus pais me abraçaram tão forte que roubaram o meu ar, Gaara apoiou a testa dele junto com a minha, as lágrimas deles se misturando com as minhas. Eu não sabia quanto tempo eu tinha, mas achei que poderia aproveitar o amor da minha família um pouco.
Depois que a surpresa e alegria passaram, tanto minha mãe quando Gaara deram tampinhas sem muita força em mim - Filhote idiota! Você está de castigo por ter nos assustado assim!
-Mãe, eu tenho vinte e seis anos - Tentei me sentar com ela ainda agarrada a mim.
-Não me interessa! Você tem que parar de fazer essas coisas arriscadas, eu não vou aguentar assim!
Ela segurou minha mão e chorou livremente, fazendo que eu me odiasse por ter que causar mais ansiedade a ela, porém eu não podia esquecer porque me foi permitido voltar.
-Bom, então eu peço desculpas com antecedência, kitsune mama. Eu preciso ir buscar o Itachi.
-Não! - Ela disse resoluta.
-Mãe...
-Não! É perigoso demais!
-Naru, o Itachi... não está bem - Gaara falou atrás de mim - Eu só consegui te tirar de lá com a ajuda do Kurama, ele...
-Por isso mesmo que eu preciso ir. Eu não posso deixar ele lá sozinho.
Quando tentei levantar minha mãe soltou seu peso sobre mim e chorou, fiquei mortificado - Não! Minato, faça alguma coisa!
Meu pai encarou meus olhos enquanto eu caía mais fundo no pesar - Pai, eu...
Ele apertou os lábios e me surpreendeu quando segurou os ombros da minha mãe - Kushina, deixe ele ir.
-Minato!
-Kushi, deixe ele ir - Meu pai repetiu afável e depois que eles trocaram um longo olhar significativo que ela me soltou relutante.
-Nós vamos juntos!
Lhe abracei apertado e beijei o seu cabelo como em todas as manhãs - Obrigado, mamãe, pai. Eu amo vocês. Obrigado por tudo.
Meu pai bagunçou meu cabelo - Não fale isso nesse tom de despedida ainda.
Eu me perguntei o quão perspicaz o meu pai pode ser. Mal demos alguns passos em direção a Torre e eu parei quando vi uma sombra ruiva nos seguindo.
-Gaara, onde pensa que você vai?
-Eu vou com vocês, o Sasuke ainda está lá.
-Gaara...
-Nem começa! - Gaara me deu um tapa na cabeça - Vamos logo, estamos perdendo tempo.
Vi nos olhos dele o mesmo sentimento que habitava em mim, o mesmo forte desejo dedicado de proteger e cuidar, sorrindo por fim.

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Ravenmaster
FanfictionNenhuma sociedade, nenhum homem cresceu e se multiplicou sem mitos ou lendas enraizadas na sua cultura e sonhos de utopias. Dos mitos o temor, das utopias a motivação, ambos essências da vida. Naruto sempre buscou uma força motivadora em sua vida, a...