Uma atitude

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Oi galera. Me desculpem a demora mais uma vez :/ Eu arrumei um emprego, e então fiquei meio ausente nesse começo. Mas a notícia boa é que por causa desse emprego, comprei um notebook, o que vai me fazer escrever mais e melhor. No mais, confesso que ando tendo uns bloqueios, não é fácil. Você até já tem toda a história na sua cabeça, mas os detalhes pra chegar até lá é que são difíceis de criar.

Enfim, obrigada pela paciência. Amo vocês :)

XXX

Pov Peter

Era ele, naquela Tv, mais uma vez protagonizando a cena de vilão. Todo mundo naquele refeitório me olhava com pena e surpresa, como se eu tivesse a ver com as coisas que meu pai decide fazer. Saí daquela sala irritado. Acho que ninguém gosta que te olhem com pena.

Mais uma vez, ele voltou para o mesmo caminho que disse que sairia. Tinha dito para mim e para minha irmã...

Fiquei sozinho com meus pensamentos, até que ouvi Paulline se aproximar.

Pov Paulline

Encontrei Peter sentado no fundo da biblioteca olhando com o olhar perdido pela janela grande de vidro.

- Peter...- eu disse mas não em tom de reprovação, mas sim em tom de alivio e dó. Ele continuou com uma cara de irritado e sem dizer nada. Me sentei do lado dele. - Sair correndo não resolve as coisas... É, sei que é irônico dizer isso pra um velocista - dei uma risadinha. - Mas é serio... Não quer conversar?

- E falar o que Paulline? Que meu pai voltou a querer quebrar tudo? Ele sempre fez isso...

- Olha Peter...

- Só que ele prometeu... pra mim e pra Wanda...

- Eu sei... infelizmente a gente não pode controlar o que os outros fazem, mas você pode decidir o que vai fazer a partir disso... você não tem nada a ver com o que seu pai faz ou não.

- Eu sei disso. Mas não tem como todo mundo naquele refeitório não me ligar a esses acontecimentos. E eu só... me decepcionei com ele... de novo...

- Sei que te decepciona, mas talvez só te falte entender o lado dele. Eu ouvi que seu pai passou por muita coisa, e em um campo de concentração... - Peter ficou pensativo - Isso não significa que esteja certo as coisas que ele faz, mas é de se entender que mexeria com a cabeça de qualquer um. - Ele continuou em silêncio - Vem, vamos. Você não precisa passar pela multidão, só vamos sair daqui. Tira o dia livre hoje, sei que o professor vai entender.

Ele concordou, se levantou e saímos da biblioteca. Ele usou a velocidade e foi para o quarto dele.

Queria que as coisas tivessem melhorado, mas infelizmente, tivemos mais noticias no dia seguinte.

Seguiram falando dos ataques na Tv e em todos os lugares por quase um mês. Peter não podia ficar faltando ás aulas, então ele ia, mesmo sua concentração e humor estando um caco.

Até que acordei numa segunda feira, e descobri que Peter não estava na escola. Ele me mandou uma mensagem no celular: 

"Paulline, segui o seu conselho, e decidi que preciso tentar entender o lado do meu pai. Mas percebi que só posso fazer isso ouvindo dele mesmo. Eu volto ainda hoje. Beijos"

Meu Deus, ele foi atrás do pai dele!

Se passou quase o dia inteiro sem que ele voltasse. Eu passei o dia preocupada, e quando anoiteceu, cheguei a achar que ele poderia não voltar. Mas ele enfim chegou.

- Meu amor! Até que enfim! - eu disse pulando para dar um abraço nele. - O que aconteceu? Como foi lá?

Ele deu um meio sorriso, daqueles que você dá quando está decepcionado.

- Eu conversei com ele. Consegui entender o que ele passou. E o porque dele fazer tudo o que faz. Eu o ouvi e fui embora.

- Ele foi grosso com você?

- Não. Na verdade até queria me convencer a ficar...

- E se você está aqui...

- Eu não poderia ficar lá... e longe de você...- ele olhou pra mim e sorriu. Sorri pra ele e dei um beijo.

- Vem comigo. Você precisa descansar.

E foi nesse dia que as coisas começaram a mudar e eu não percebi...

- Bom dia! - acordei e acordei o Peter, que dormiu apoiado no meu colo, com a cabeça deitada em minha barriga. Ele acordou e me deu um sorriso leve, ainda com os olhos fechados por causa da luz do sol.

- Bom dia...

- Dormiu bem?

- Sim...- ele disse respirando fundo e se espreguiçando.

Pov Peter

Mal sabia ela que eu tinha sonhado com meu pai. E mal sabia ela a conversa que eu tinha tido com ele e o que isso tinha causado em mim. E eu nem poderia contar, então sorri e disse que dormi bem. O que não era de tudo mentira, dormindo no colo dela.

~flashback on~

- Se afaste!

- Quem é você?

Dois mutantes desconhecidos apareceram na minha frente, prontos para me impedir de passar.

- Eu vim ver o Magneto.

- Você é o que? Um policial?

- Algum X-men?

- Não posso simplesmente deixar você passar.

- Eu sou...- respirei fundo e movi a cabeça em negação com um pouco de raiva - filho dele! - eles riram. - Se vocês não acreditam, perguntem pra ele.

- Nos deêm licença - escutei uma voz familiar falar. Os mutantes desconhecidos saíram, e eu vi ele se aproximar: Meu pai.

Eu olhava pra ele em silêncio, com olhar de leve raiva e decepção.

- Peter...- como eu olhava pra ele sem dizer nada, ele falou primeiro, em um tom como se estivesse me cumprimentando, como se estivesse querendo fazer parecer que era a coisa mais normal do mundo naquele momento. Eu não entrei nesse jogo, mas suponho que ele estava tentando entender porque eu estava ali. Então comecei a falar.

- Porque?

Ele pareceu não saber se a pergunta era exatamente sobre o que ele estava pensando.

- Porque o qu...

- Não se faça de desentendido. Estou perguntando o porquê de tudo isso.

- Não acho que eu deva te explicar. Acho que você não iria entender. Agora é um X-Men... - ele disse parecendo incompreendido e cabisbaixo.

- Fala! - eu disse em tom um pouco mais alto. - Eu quero alguma explicação! Porque está fazendo isso tudo, se tinha dito pra mim e pra Wanda que não iria mais fazer nada disso?

- Eu não menti pra vocês Peter, em nada do que falei. Mas as coisas mudaram depois disso, tem coisas que estão além de mim e do meu controle.

Eu ri em negação.

- Falo sério! - ele respondeu - Os humanos nunca vão mudar. As coisas nunca vão mudar... Se a gente não tomar uma atitude.






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