Inside X-Men

Paradeiro

- Paulline!? - volto a mim com a voz da professora Emily.

- Oi? Sim professora? - tentei parecer mais focada e interessada na aula.

- Eu perguntei... Ah, esquece... bem se vê que você não está muito focada na aula...

- Eu sinto muito professora, de verdade! Será que você teria um tempinho mais tarde?

- Bom...- ela ia falar quando foi interrompida pelo sinal. Os alunos se levantaram rapidamente. - Acho que eu tenho um tempinho agora. - ela disse se apoiando na mesa.

- Ok - eu me levantei - Bom é que... com o sumiço da Vampira... eu não tenho mais conseguido me concentrar em mais nada. Eu não queria sair prejudicada na sua matéria, eu sinto muito.

- Eu fiquei sabendo. Charles não te deu mais nenhuma notícia?

- Não... ele diz que não encontrou nada relevante... e eu acho isso muito estranho. Primeiro porque não é muito a cara dele desistir de algum aluno, como parece que está fazendo. Segundo que... se não tem nenhum vestígio pode ser provável que, algum vilão ou alguma dessas pessoas que quer acabar com a mutação esteja com ela... e ninguém simplesmente some do mapa desse jeito...

- Talvez eu possa te ajudar... - ela disse desviando o olhar para o chão e dando um suspiro como se algo fosse complicado.

- Sério?

- Sim. Me traga algum pertence da Vampira... de preferência o mais importante que ela tenha deixado, ou mais precisamente, a carta que ela deixou.

XXX

Eu peguei o que precisava e voltei rapidamente até a sala da professora Emily. Já havia acabado o horário de aulas.

- Certo. - ela pegou uma luva das que a Vampira usava. Fechou os olhos como se estivesse se concentrando.

XXX

~Pov. Emily~

Fechei os olhos e me concentrei ao pegar uma luva da Vampira.
Rapidamente alguns flashs sobre a vida dela passaram pela minha cabeça. Depois soltei a luva. Então peguei a carta.

Foi então que vi o que foi surpresa até para mim. Não sabia nem mesmo se podia contar à Paulline... Se a Vampira queria isso. Mas como a menina estava desesperada pelo paradeiro da amiga, e ela era melhor amiga da Vampira afinal de contas, decidi contar.

- E então professora? O que viu? Ela tá bem? - Acho que minha cara de preocupação (que era em contar ou não) assustou ela - O que foi? Ela tá bem não é? - seu sorriso de empolgação se desmanchou levemente.

- Calma! Sim, ela está bem... eu diria até que muito bem pra falar a verdade... - disse essa última parte mais baixo, pensando mais comigo mesma.

- Que?

- Eu vi - suspirei - o caminho que a Vampira tomou quando saiu daqui. Pegou o mesmo metrô que pelo que vi ela já tinha tentado pegar antes... foi parar bem longe... em um lugar que parecia ser um clube de luta... diziam que "era apenas uma garota mas podia literalmente sugar sua vida" foi o que eu ouvi ao fundo como se fosse um cara falando em um microfone. Ela entrou no ringue... sem as blusas que estava acostumada a usar, na verdade estava com uma blusa de alça, branca. Até que disseram no microfone que "esse show teria um bônus". Dois caras entraram no ringue, vestidos todo de couro, suponho que para se proteger dos poderes dela, e começaram a tentar puxar as roupas dela, pra que ela ficasse apenas de calcinha e sutiã. Enquanto ela gritava e lutava com um dos caras mas o outro estava atrapalhando ela, o homem no microfone dizia que "a linda moça além de lutadora tinha a beleza de uma ringue girl, duas em uma". Foi quando ouvi um grunhido familiar, e um dos caras caiu de cara no chão. Logo em seguida o outro também foi golpeado, assim mantendo Vampira a salvo...