Distanciando

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Alguém bateu na porta.

*toc toc toc*
- Paulline, é o Ch..Professor Xavier.

Eu ainda estava sentada no chão perto da cama, chorando. Enxuguei meu rosto com a manga das blusas, e respondi.

Eu
- Entra..

Ele entrou.
Ficou preocupado quando me viu com cara de quem tinha chorado muito.

Charles
- Ai Paulline - ele se sentou do meu lado, me abraçou, e passou a mão no meu cabelo. - Não fica assim. - ele segurou minha cabeça, e disse me olhando nos olhos. - É perigoso você chorar demais, pode passar mal.

Eu não consegui responder, mais lágrimas caíram dos meus olhos.

Charles
- Foi o Peter não é? Eu vi ele no corredor. Ele disse "muito ético" num tom irônico, mas bravo. Você contou pra ele não é?

Eu
-... Eu tive que contar, professor. O remorso saiu de mim. Mas agora tem uma dor enorme. Eu não queria ter magoado o Peter. Eu não queria ser igual o pai dele. Ele me disse "eu te amo" e eu estraguei tudo.

Charles
- Calma, você não estragou. Você foi sincera com ele e contou. Ele ta confuso agora, não deve ter sido fácil assimilar, até porque ele me vê de uma forma, todos me vêem de uma forma, que fica difícil entender isso.

Eu
- Ele acha que ainda tem alguma coisa entre a gente, ele não entendeu que só existe um carinho entre nós agora.

Charles
- Ele é jovem, assim como você. É complicado pra ele entender isso. Dê um tempo pra ele.

Apenas fiquei em silêncio, ainda chorando.

Charles
- Não chora. - ele enxugou meu rosto. - eu vim aqui te chamar, porque sua família veio te ver. Estão aqui.

Eu
- Sério? - me animei um pouco.

Charles
- Sim. Vai lá, lava esse rosto, se recupera, e vai até a sala principal. Eles estão lá.

Eu
- Ok.

Charles saiu do meu quarto. E eu fui no banheiro, lavei meu rosto, me olhei no espelho por alguns segundos, e respirei fundo. Saí do meu quarto, e desci para a sala principal.
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Descendo as escadas, já pude ver minha mãe, de mãos dadas com minha irmãzinha, e meu pai e meu irmão por perto, conversando com Charles.

Minha mãe escutou os passos na escada, e se virou, minha irmãzinha também, então me viram.

Lisy:
- Line! - minha irmãzinha soltou da mão da minha mãe e veio correndo em minha direção.

Fui de encontro à ela, pegando-a no colo e abraçando ela. Senti o abraço forte da minha irmãzinha, que mesmo sendo pequena e não tendo tanta força, era um dos melhores abraços fortes que eu ganhava.

Eu
- Oi minha princesa! - eu disse sorrindo. Minha irmã conseguia fazer eu me sentir melhor.

Lisy:
- Tava com saudade de você!

Eu
- Eu também senti saudade de você!

Soltei minha irmã no chão, e abracei minha mãe.

Mãe
- Ai minha filha! - minha mãe me abraçou, chorando. Demorou a me soltar. - - Você está bem? Porque fugiu assim? Você me deve explicações!

Eu
- Eu ainda vou te explicar mãe.

Olhei pro meu pai, ele abriu os braços e me abraçou. Me abraçou por um tempo, sem me dizer nada. Só falou quando me soltou.

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