Para sempre!

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Pov's Johnny.

~Oito anos depois~

Jaehyun está meio nervoso, digamos que muito nervoso, pois Chenle quer apresentar uma pessoa para nós. Mark e Haechan já conhecia e achavam a pessoa um amor, mas não temos muitas informações sobre.

– Amor, fica calmo. – Falei e logo me arrependi, pois Jaehyun parou de andar de um lado para o outro e me olhou.

– Não me mande ficar calmo. Ele é só uma criança. Não tem idade para namoro, ele ainda dorme com a gente as vezes, ele... Ele... –  Fomos interrompidos por nossos dois filhos entrando e parando na porta.

– Papa, Appa, espero que estejam prontos... Sejam amigáveis. – Haechan disse em um tom brincalhão e pude ouvir um "Aí meu Deus" de uma voz desconhecida.

Mark saiu outra vez e voltou com Chenle e um garoto. Nossos dois filhos seguravam sua mão e ele estava completamente corado. Um garoto alto de um sorriso adorável, olhos castanho e muito lindo. Meu filho puxou o bom gosto do Papa dele.

– Papa, Dad. Esse é Jisung... hun.. Meu namorado. – Meu filho bradou baixinho e pude ver o garoto apertar um pouco sua mão.

Jaehyun que estava ao meu lado, sentadinho, entrelaçou seu braço no meu e apoiou o rosto em meu ombro. Mark conduziu os meninos para o sofá e eles se sentaram.

Suas mãos sempre unidas, dedos entrelaçados, a mão do Jisung quase engolindo a mão do meu filho, que era ainda menor que a dele.

– Então... Vocês querem almoçar? – Perguntei, não sabendo muito o que falar para quebrar aquele clima e conseguir deixar Jaehyun sozinho com o menino Jisung, fiz um sinal para meu filho e Chenle sorriu para mim percebendo o que eu estava fazendo.

– Oh. Eu vou te ajudar, Papa. Ji, espere aqui com o Dad Jae, ok? – Nós levantamos e seguimos para a cozinha, e ficamos olhando, abaixados, entre os vãozinhos da janela.

– Jisung, né? Qual sua idade? – Jaehyun começou a puxar assunto e Chenle me olhou apreensiva.

– Jisung sim, e eu tenho dezesseis anos. – Sua voz é lenta e baixa mas grossa também, meu filho suspirou apaixonado e eu o empurrei levemente, ele mostrou a língua e nos sorrimos um para o outro.

– Você gosta de fazer o que nas horas vagas? – Jaehyun perguntou e meus outros dois filhos apareceram na cozinha.

– O que vocês estão fazendo aí? – Haechan perguntou alto, nos atrapalhando de ouvir e quase nos entregando, nós corremos até ele para tapar sua boca. – Desculpa.

Puxamos os dois para janelinha entre a janela e a cozinha e nós quatro voltamos a olhar-los.

– Fico feliz em saber que você gosta de futebol. – Jaehyun sorria e Jisung começou a se soltar um pouco. – Assim... Quais são suas intenções com o meu filho?

Feito essa pergunta, sabíamos que era hora de voltarmos para sala. O pobre garoto não merecia isso.

– A mesa está posta. Venham comer. – Sorri e "sequei" minhas mãos no avental que eu havia colocado em minha cintura, só para disfarçar.

– Vem Ji. – Nosso filho foi até o namorado e entrelaçou seus dedos no dele, o levando em direção a cozinha, sendo acompanhadas por Mark e Haechan.

– E ai? O que achou? – A porta foi aberta por um Taeyong ofegante, acompanhado por seu filho de agora nove anos, vestido de Batman. Jeno, ao contrário dos pais, estava cheio de energia, veio correndo até mim e pulou em meus braços.

– Oi vovô Johnny! – Um beijo foi depositado em meu nariz e outro em sua testa. – Oi vovô Jae! – Seus bracinhos foram lançados para o ar. Jeno levantou a mão e Jaehyun bateu em sua pequena palma.

– Ele já chegou? Cadê o Jisung? – Olhei confuso para o casal, que procurava aparentemente, o namorado do meu filhao

– Vocês o conhecem? Por que não falaram nada? Desde quando? – Jaehyun disparou em minha frente e Taeyong sorriu inocente.

– Desde sempre? – Seu sorriso agora era cínico. É como sempre falam: Os pais são os últimos a saber das coisas.

– Tae, aqui na cozinha. – Chenle o chamou e risadas puderam ser ouvidas. Fomos lá e nos sentamos na grande mesa. – Oh! Não vai ter espaço para todos para todo mundo. – O adolescente comentou e comeu um pedaço do frango que estava na travessa, ganhando um olhar reprovado de Jaehyun.

– Eu vou pegar lá no porão. Tem algumas cadeiras lá. – Lembrei de umas cadeiras antigas que nós tínhamos guardadas.

– Eu vou ajudar o Papa, você pode vir junto, meu amor? – Chenle se ofereceu e chamou o namorado. Levando outra advertência de seu Dad, que segundo ele, era falta de educação pedir esse tipo de coisa para visitas e tudo mais.

– N-não tem problema, senhor Jung. Eu vou ajudar sim. – O garoto se levantou também e foi para junto do amado. – Vamos, eu preciso respirar. – Jisung sussurrou para Chenle e eu não pude deixar de rir, fazendo o menino corar fortemente.

O curto caminho até o porão foi silencioso e digamos que apertado. Jisung não largou a mão de Chenle por um segundo e quando chegamos lá, ele praticamente desmoronou. Respirou fundo e começou a rir.

Fiquei o observando confuso, até que senti uma mão na minha. Chenle.

– Ele está nervoso. Tem crises de riso. – Minhas dúvidas foram tiradas e o menino parou de rir aos poucos. – Está melhor, amor?

– Uh, estou sim. Nossa. Esse com certeza foi um dos melhores e piores momentos da minha vida. O melhor, pois eu conheci a família do meu namorada e o pior, pois eu estava ou ainda estou com medo de dar algo errado e nossa... – Chenle correu até ele e o beijou, assim, na minha frente.

O garoto me olhava espantada e paralisado, enquanto Chenle o selava longamente. Dei de ombros e ele foi se acalmando, se entregando ao beijo que ganhava.

– Chega, chega, chega. –  Eles se afastaram, o que parecia um beijo super longo, por eles estarem ofegantes e corados, não passou de um selinho longo demais. – É muita informação para um pai. Nossa.

– Desculpe. – Os dois disseram em uníssono e eu apenas levantei a mão e fiz cara de nojo, os fazendo rir. Sorri para eles e meu pequeno veio correndo até mim, me abraçando forte, retribui o abraço e Jisung nos olhava, seu sorriso era de admiração e carinho.

– Junte-se a nós, querido. – Abri um dos meus braços e ele sorriu, vindo até nós e entrando no abraço.

=)//(=

– Vocês demoraram. – Foi a primeira coisa que Jaehyun disse quando chegamos com as cadeiras.

– Nós estávamos bolando um plano de sair escondido e tomar sorvete. – Falei enquanto espalhava as cadeiras e ganhei a atenção do meu neto, que gritou que também queria sorvete e me fazendo prometer que não iríamos sem ele.

O jantar naquela noite foi tranquilo, durante ele, Jisung pediu oficialmente a mão de Chenle em namoro, com direito a um anel de compromisso, discurso e tudo. Meu filho que se fazia de durão sempre, se desmanchou em lágrimas e talvez eu também tenha, mas nada que ninguém possa provar.

Mais uma nova etapa de nossa vida era encerrada ali, mais um integrante na família e mais um dia feliz, de muitos que ainda vão vir.

Antes quando eu via as "Famílias felizes" por aí, nunca imaginei que estaria em uma e muito menos, gostando disso o tanto que eu amo estar com os meus.

Aos poucos ela foi se formando e crescendo cada vez mais. Hoje eu posso dizer que sou o homem mais feliz do mundo. Um adolescente um pouco irresponsável, que corria com duas crianças em cima de um carrinho de um supermercado, agora é um homem responsável, com uma família grande e feliz.

Me lembrem de escrever uma carta ao inventor do Froot Loops, por favor? E se por ironia do destino, você estiver lendo isso, Obrigado. Todo o amor possível para você e sua família.

Johnny! Xx

               ESCLARECIMENTO

Essa história é uma adaptação, com total permissão do autor, a história original está no perfil do mesmo Mccurlyfish.

Our Teens! [JohnJae] (Book 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora