Pov's Johnny.
Perdido, é isso que eu estou. Perdido.
Quando meu marido voltou de viajem, Jaehyun trouxe um anel para mim. Me levara para jantar e me deu o anel em uma grande cena.
~Flash back on~
Estávamos jantando em um restaurante de comidas árabes, as crianças ficaram com minha mãe e nos tínhamos a noite toda.
Percebi Jaehyun inquieto, como se procurasse, esperasse por algo. Do nada, ele se levantou e ficou em pé, em cima da grande almofada que antes ele estava sentado.
– OI OI. Desculpem atrapalhar o jantar de vocês, mas eu quero dizer algo para o meu marido. – Olhei em volta e todos nos olhavam, alguns olhares felizes e outros nem tanto, meu olhar parou em uma mesa que era ocupada por um casal. A garota com grandes cabelos coloridos, rosa, rosa era a cor. Estava ao lado de seu namorado ou coisa do gênero, que possuia traços muito bonitos, eu poderia dizer que até femininos, mas não como os de Jaehyun, eram mais. Eles estavam com uma das mãos entrelaçadas em cima da mesa e a outra, usavam para se alimentar. O que me prendeu a atenção foi a pequena menina que estava ao lado da garota. Seus cabelinhos loiros e lisos, totalmente diferente dos adultos, mas mesmo assim, o amor que se via entre os três era tremendo. – Johnny, olha para mim.
– Oh, Oi. Desculpe, amor. – Segurei em sua mão e me levantei, Jaehyun pegou minha mão e a beijou. – O que você está aprontando?
– Eu só estou feliz por ter voltado e ter minha família de volta. E depois daquela mensagem super carinhosa pedindo presente ou eu ficaria sem o "Jungsinho", então, eu comprei uma lembrança. – Ele então, se ajoelhou e ficou me olhando. Ele não ia fazer isso agora, né? Estamos em público.
– Jae, amor. Levanta... Nós estamos no restaurante e não é um lugar muito bom. Deixa a gente chegar pelo menos no carro.– Falei baixinho e ele me olhou divertido.
– Eu não vou fazer isso, seu bobo. Eu vou te dar uma coisa. – Ele se remexeu e tirou uma caixinha do seu bolso. – Aqui.
A caixinha foi estendida em minha direção e eu a peguei com as pontas dos dedos, era frágil demais para movimentação brusca. Era uma caixinha preta de veludo, pequenina e delicada. Eu a abri e quase a deixei cair, dentro havia um lindo anel de prata, com uma âncora na parte superior dele.
– A âncora é para simbolizar nosso amor. Você é minha âncora, você é nossa família. – Jaehyun colocou o anel em meu dedo indicador e sorriu quando coube certinho. – Obrigado filho, por ter pego um anel escondido. Dad vai te dar bonecas.
Soltei uma risada baixa e ele me olhou tímido. Me aproximei dele e beijei sua testa, o abracei forte e sussurrei em seu ouvido o quanto eu o amo.
– BEIJA, BEIJA, BEIJA... – Todos gritavam animados e Jaehyun me surpreendeu me puxando para um selinho longo.
~Flash back off~
E eu simplesmente o perdi. A última coisa que me lembro, foi ter tirado ontem na hora do banho e depois de mais nada em relação ao anel.
Jaehyun vai chegar do trabalho e minha morte está próxima.
– Cada um em um cômodo. Quem achar, o Papa da duzentas pratas. Combinado?– Era a última alternativa que eu iria tentar. De resto, era só eu aceitar a morte mesmo.
– Quanto é duzentas pratas, Papa?. – Chenle perguntou e eu me permiti rir em meio desespero.
– E um tanto bom, meu amor. Você pode comprar muitas coisas para a Shôreke. – Sua boquinha se abriu e ele se levantou animadamente.
– Eu vou descobrir onde o anel do Papa está e comprar coisas para o meu filho. Uma casa, um carro... – A criança foi andando e sumiu para dentro do seu quarto.
Me virei para os outros que estavam olhando e sorrindo para o príncipe da casa e bati uma palma.
– E, então? Vocês vão me ajudar, né?. – Pedi e fiz um bicão, numa tentativa falha de imitar meu marido, as crianças riram e concordaram em me ajudar.
Depois de algumas horas, nos três desistimos de procurar, Chenle estava dormindo no chão do quarto, todo esparramado, eu o cobri e fui com os meninos. ficamos os três em silêncio e eu fiz a única coisa que cabia a mim. Chorei.
Jaehyun entrou em casa e se deparou com Mark e Haechan sentados no sofá e eu deitado no chão ainda chorando, como estava fazendo a um bom tempo.
– O que está acontecendo?. – Senti seus passos se aproximando e fechei os olhos. – Jaehyun ?. – Um soluço alto escapou de mim e logo senti duas mãozinhas em meus cabelos. – Eu estou ficando preocupado.
– Eu sou um idiota. Eu não sirvo para nada. Você está proibido de me dar qualquer coisa. – A essas horas, eu já tinha me arrastado para o colo de Jaehyun e me escondido ali, para me ficar confortável.
– Johnny, olha para mim. Eu não entendi nada do que você disse. Tipo, eu entendi, só não o por que de tudo isso. – Sua voz era calma e tranquila. Ele não ia ficar assim quando souber.
– Ele está assim a um tempão, appa. – Haechan disse triste e eu olhei para meu marido. Sua carinha era de preocupação, mas ainda sim, um sorriso reconfortante era presente.
– E então... – Ele me olhou com o mesmo sorriso e eu respirei fundo.
– Sabe aquele anel que você trouxe para mim lá do Japão?. – Jaehyun concordou com a cabeça e eu continuei. – Eu... O perdi. Me desculpa? Eu tomei tanto cuidado com ele, mas mesmo assim, o perdi. – Meus olhos se encheram de lágrimas novamente e Jaehyun beijou os dois lados do meu rosto, fechei meus olhos bem na hora em que ele Beijou minhas pálpebras.
– Esse aqui?. – Jaehyun levantou a mão e meu anel estava ali, largo em seu polegar, mas ainda sim, ali.
– Você... Como? Onde estava?. – O olhei confuso e segurei sua mão com cuidado. – Posso?. – Fiz que ia tirar e meu pequeno deixou. Tirei de seu dedo e coloquei no meu, levei minha mão até seus lábios, como ele sempre faz, e ganhei um beijo ali.
– Estava comigo desde ontem. Você tinha tirado para... Uh... Usar os dedos em mim e deixou na cabeceira da cama. Ontem eu fui arrumar e esqueci de te dar. Desculpe. – Seu rosto ficou vermelho e nossos filhos se levantaram dando alguma desculpa e sumiram para o quarto de um deles.
Ficamos abraçados, conversando e curtindo um a companhia do outro até a campainha tocar. Deixei um último selinho nos lábios de Jaehyun e me levantei, abri a porta e me arrependi com todas as minhas forças.
– Eu quero ver meu filho.
ESCLARECIMENTO
Essa história é uma adaptação, com total permissão do autor, a história original está no perfil do mesmo Mccurlyfish.
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Our Teens! [JohnJae] (Book 2)
General FictionDa caixa de cereais nasceu uma família e a história dela só está começando. Confusões, risadas, brigas, birras, mas o mais importante prevalece... o amor que reina na residência dos Jung Seo! A história é uma adaptação com total permissão do autor...