Capítulo 2

275 9 2
                                    

Cheguei a casa eram umas seis e tal da manha, sentia o meu corpo todo dorido, e mal via a hora de me deitar na minha cama e morre nela.

Estava a subir as escadas quando o meu telemove começa a vibrar:

"#.#"
Kiss: Ash.

Não consegui evitar e sorri para o visor. Sabia que a sua noite tinha sido bastante produtiva, e aquela sms queria dizer que iria hibernar nos próximos dois dias, e que não adiantaria qualquer investida fosse para o que fosse.

Nesse mesmo dia, levantei-me eram quase horas de almoço, apesar de estar morta de sono, o estômago estava em primeiro lugar.

- Bom dia tia - disse centrando-me na bancada e começando a comer as minhas bolachas integrais - hmm, que cheiro delicioso, o que é o almoço?

- Bom dia querida, estou a fazer o prato preferido do teu primo.

- Ele por acaso faz anos?

- Não querida.

- Então porque que ele tem direito a tal mimo e eu não? Achei que compartilhavamos de direitos iguais.

- Acontece que eu fui selecionado para as provas de Lacroste. E se for aceite, tenho a possibilidade de entrar numa das melhores universidades de desporto do país - diz o Drew fazendo-me cócegas na barriga e despenteado-me ainda mais o cabelo.

- Para idiota! Quando te apanhar de jeito vais ver.

- Ameaças a esta hora piolha?

- Não ameaço, eu faço! Isto é só um aviso amoral.

- Uii, estou a morrer de medo. Acho que vou já encomendar o meu caixão - ele começa a rir-se e eu pego no jarro das flores e jogo-lhe com a água toda em cima.

- Avisei-te.

- Vou matar-te Lucy - rosna, mas sei que esta a brincar, mas pelo sim pelo não, comecei a correr e fui abrigar-me nos braços da minha tia que estava toda mole de tanto se rir.

- Va, meninos...comportem-se...por...por favor - gagueja de tanto rir.

Depois do almoço tardio, o Drew e eu fomos dar uma volta até à praia. O meu corpo ainda estava bastante dorido, então optei por ficar estendida na esorrguiçadeira enquanto que ele divertia-se na sua prancha de surfe.

- Queres um gelado? - Pergunta depois de voltar de um mergulho.

- Tu pagas?

- O  meu, claro.

- Se a tua intenção não é pagar-me um, porque que perguntaste?

- Para não dizeres que não te convido para nada - diz dando um sorriso e afastando-se em direção ao bar.

Não estava propriamente falida, mas o dinheiro que me restava, estava a guarda-lo para o festival de verão em Oregon. Todos os anos quando venho ca passo o fim do verão num cruzeiro rumo a casa - quanto mais tempo levar para voltar para casa melhor: se bem que aquilo nem e pode considerar de casa. Pelo menos não a minha.

Este ano, tenciono ficar e ir ao festival, tenho a sensação de que vou divertir-me horrores.

- Ainda não percebi o porque desse olhar - digo cruzando os pés na sua toalha.

- Estou a tentar perceber, o quê que uma rapariga como tu vê no Ken.

- Se não percebes não sou eu quem vai explicar.

- Vocês não têm nada a haver um com o outro, nada mesmo.

- Quando fizeres sexo com ele, pode ser que vejas um ponto em comum.

- Sexo? É isso? A vossa relação baseia-se em sexo?

- Foda-se! Já começas? Já te avisei, não és meu pai Drew, e o que faço só diz respeito a mim. E se quero foder a torto e a direito, fodo!

Levantei-me e fui-me embora. Detesto quando ele se mete a tentar controlar a minha vida, alias... Nem percebo porque que o faz.

Sempre tivemos uma relação estável, mas desde que comecei a namorar o Ken - faz mais ou menos dois anos- que ele anda sempre com estas merdas! É que até mete nojo.

O dia que supostamente deveria ser relaxante, acabou por ficar uma merda, meti-me no meio das rochas e preparei um pica para formar. Estava a começar a sentir o efeito quando ele aparece:

- Foda-se! É que nem a bafar me largas... - digo levantando-me para ir-me embora. Mas acho que levantei-me rápido de mais, pois comecei a ver a dobrar e voltei a sentar.

- Desculpa.

- Oii??? Quem? Quando??

- Desculpa ok? Agora chega-te para lá, deixa-me dar uma passa.

- E um beijinho. Falta o beijinho.

Estava a rir-me da sua cara de tonto, e quando me dei conta beijamos-nos. Não sei se foi efeito do pica que bafamos, mas não paramos.

Pelo contrario, prolongamos o beijo até ficar se fôlego.

Gritos de uma Adolescente: Rebelde?![Z.M].[L.H]Onde histórias criam vida. Descubra agora