Continuamos a discutir os perigos do nosso envolvimento na missão, por mais que eu defendesse a nossa posição ele continuava com a neura de que seria perigoso e que não deveríamos arriscar tanto.
- Chega Lucy.
- Nós somos tão qualificadas como qualquer um deles.
- Vocês têm experiência à distância. Sabem trabalhar com a tecnologia e admito, deram um golpe perfeito... Mas em campo... Vocês não têm experiência não sabem lutar.
- Luke... Da-nos está oportunidade, vais ver que nós somos a aporta certa.
- Mas porque?
- Porque nós não entramos para uma máfia para brincar de bonequinhas, mas para trabalhar como homens!
Luke ficou a andar de um lado para o outro, depois de se sentar e ficar fixo a olhar para o ar...
- Só com uma condição.
- Qual?
- Eu vou com vocês!
- Ok... Assim sendo também vou começar a prostituição do meu corpo, como é... Dar o corpo ao manifesto certo?
- Tu és fodida!
- Foder ao ser fodida. E acredita, posso ser bem pior!
Ele finalmente convenceu-se e fomos ambos para a sala de reuniões, onde ficamos sentadas na mesa ao seu lado, onde recebemos vários olhares de reprovação e outros tantos de admiração.
Luke passou a palavra a Pitt que fora quem nos distribuirá os papéis com os dados da missão.
Umas três horas depois, o plano já havia sido discutido e traçado de forma a que eu...sim eu mesma, percebesse tudinho.
- Então vamos lá recapitular - diz Pitt depois de metade da equipa se conformar com a ideia - O objetivo aqui é desviar a rota do avião que supostamente irá para o Japão. Como não temos grande espaço de manobra lá, vocês iram alterar a rota para as nossas ilhas na Grécia.
Lá vão ter uma equipa à vossa disposição, pois óbvio que mal o avião aterre, eles iram cair com tudo pois já teram percebido que o avião mudou a trajetória. A primeira coisa que vão fazer quando aterrar é...
- Por os passageiros em segurança? -Pergunta a Ash.
- Não! Vão ter de neutralizar os opositores, capturar o chefia e traze-lo até à base. Tudo sem nunca revelar a identidade dos vossos nomes. Não se esqueçam que o avião é só uma fachada, o local vai estar minado de opositores.
- Têm ordem para atirar! - Diz a Alice toda focada nos papéis.
- Não irá ser necessário - Apressa-se Luke a dizer ao ver o desespero no olhar da Shay.
- Ah claro, esqueci -me que as princessinhas não podem sujar as mão!
- Princessinha é a cona da tua mãe! Na minha vida não tem espaço para inha! - Respondo fulminante.
- Quem és tu para estares a elevar a voz comigo baixinha?! Não te metas com quem não conheces, qualquer dia podes acabar a uns sete palmos à baixo de terra!
- Não preciso conhecer, alguém com uma personalidade tão podre e fraca quanto a tua, não mete medo!
- Quero-te ouvir dizer isso quanto tiveres a boca cheia de terra!
- Então atira, e veremos quem é que morre primeiro!
Continuamos a trocar insultos até que está se exalta e atira-me com uma adaga. Por sorte, não me feriu, mas foi o suficiente para iniciar uma luta corpos corpo entre as duas.
Depositei-lhe vários murros na zona do estômago. Consegui ouvir vários assobios, alguns a fazerem aposta. Ouvi também as meninas a gritarem para e se não me engano por instantes pude jurar que vi o Luke encarar-me com um olhar profundo.
Mas nesse meu instante de desleixo, fui alvejada por um pontapé no estômago que me vez arfar, lançando-me para um canto.Ia para repostar quando sou agarrada por dois braços impedindo-me de mexer. Olhei para os braços que me tinham agarrado e quase que tive um ataque cardíaco.
- Ken?!
(...)
Depois de curar os ematonas que surgiram durante a pequena briga com aquela piranha. Fomos para o nosso apartamento e ficamos em silêncio a viajem toda :
- Estás melhor? - Diz a Sasha depois de estacionar o carro.
- E porque não haveria de estar?
- É... Realmente ela deixou a cara da Alice num estado bem lastimável - fala a Shay.
A minha cabeça latejava mas mesmo assim ainda tinha tempo para pensar nele. Por um lado eu queria esquece -lo, mas pelo outro... Eu só queria saber o que se passava na sua vida, se ele estava bem...
- A missão é para quando mesmo?
- Daqui a três semanas. Até lá temos de estudar cada paço como deve de ser - desligavam entre elas. Foi quando eu manifestei a minha presença.
- Onde vais? - Diz a Troy. Mas não liguei, peguei no capacete da Mota e nas chaves e sai porta fora.
Dirigi de volta para a mansão de Luke onde encontrei uma Alice feita em varrapos.
- Puta!
- Rosna mais alto, que não chegou aqui ainda!
- Eu odeio -te. Uma hora essa tua pose vai acabar, e eu...
- E tu vais ficar quieta e bem caladinha no teu canto. Ou da próxima vez, eu juro que não vou fazer apenas uma mossa nessa fronha mas um estrago maior. Nem com cirurgia lá vais!
Está bufou e segui caminho, eu fiz o mesmo e adiantrei pela porta do quarto de Luke:
- Mesmo depois de te ter contado tudo sobre a minha vida tu ainda tens coragem de esconder -me que já conhecias o Ken? E pior... Ele faz parte da máfia?
- Qual Ken?
- Ontem.. Espera tu não sabias... Não tinha como saberes. Oh meu deus... Tudo de novo não!
- Tudo o que?
Contei -lhe sobre as ameaças, contei -lhe sobre as mensagens e pouco mais. Foi então que eu descobri que o Ken aqui é conhecido como Kenneth...
- Vou fazer o que poder para vos ajudar... Eu juro.
- Obrigada...
Entrei em casa por volta das três da manhã e parece que os nossos pensamentos estavam em sintonia. No preciso momento em que entro no quarto recebo uma ligação :
- Finalmente...
- Obrigada.
Ficamos a falar por mais algum tempo e quando desliguei todas as frustrações, medos e tudo mais desabou fazendo -me chorar como se não ouvesse amanhã. Chorei tudo o que tinha e tudo o que não tinha.
Porque as vezes vezes quando não se sabe o que fazer e como esquecer, o melhor é chorar.
Depois desta missão a minha vida vai tomar uma rumo diferente, talvez não tenha volta... Ou talvez seja apenas um começo.
- Ou um tropeço sem volta.
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Gritos de uma Adolescente: Rebelde?![Z.M].[L.H]
FanficTodos temos um dia ruim. todos temos manhas em que decidimos ficar na cama e esquecer que fora dos lençóis existe uma vida: todos temos isso em comum. Todos menos eu! Fora uma escolha que me levara ate aqui: acreditar ou morrer. Tomei as minhas deci...