Gritos de uma Adolescente: Rebelde?![Z.M].[L.H]

capítulo extra

Chorar  não  iria apagar todo a história, não  iria  fazer a dor  acalmar  e tão pouco iria fazer -me esquecer  o quão  vulnerável eu fui.

Daqui  a uns dias iria haver um acampamento fora da cidade,  fora do meu quotidiano... Fora da minha história.
A princípio  a ideia  parecia -me completamente  inútil,  não  seria a fugir que iria  resolver as coisas... 

Mas agora...agora eu sei que não  posso privar-me de ser feliz,  não  me posso privar  de ter uma história sem ele.

Estávamos todos na universidade perto da hora de almoço quando o Brant Daugherty esbarra em mim - da para adivinhar que não  reagi da melhor forma né?!

- Qual  é  imbecil? Alem de perderes  o timbre também perdeste  a noção do perigo foi?  - Digo cuspindo raiva pelas ventas.

- Olha só quem  acordou  rabugenta.

- Rabugenta foi a tua mãe quando abriu as pernas para te ter!

- Hum.... Ela não é tão boazinha assim...

Oh carago...agora melou tudo pô!

Ele aproximou -se e começou  a brincar com uma mexa de cabelo minha,  ainda tentei  afastar -me mas digamos que o que ele tem de imbecil,  ele tem  de sedutor.

-  A sério?  Minha nossa...  Como ele é imbecil  mesmo!

- Imbecil é  o caralho,  que não soube  abrir bem essas pernas - sussurra ele ao meu ouvido.

- Idiota!!

Viro costas e vou em direção à saída,  mas quando dei por mim ele já  estava e demasiado perto.  Senti o seu aroma de Hugo boss, o seu alito era fresco  - porque raios todos os homens que aparecem na minha vida têm de ter o mesmo aroma a menta?

- Confessa, estas doidinha para tascar um beijo meu.

Gemi ao seu toque  e arrepiei quando ele começa a depositar pequenos beijos no meu pescoço - minha nossa, é nestas horas que eu gostaria  de ter sangue de barata. Mas enfim... Se ele pode fazer um filho  à outra,  eu posso curtir um pouco a vida também.

- Estás à  espera de um convite ou que?!

E nisto... Acabamos aos beijos  ali mesmo,  no meio da sala de música.
Tudo começou com um beijo suave, mas depois ficou mais veloz...sedutor... Oh minha nossa sexo  com deve ser tipo montanha  russa.

- Che...che... Chega...  - digo ofegante.

- Toda sedutora,  toda gostosa... Oh foda-se!

Senti o seu membro dar sinal de vida, e foi nesse mesmo momento que fomos interrompidos  pelos altifalantes da universidade:

Pede -se a todos os alunos que se dirijam até ao anfiteatro, acompanhados pelos seus respectivos informandos. Obrigada.

Ambos entreolhamo-nos,  e num gesto rápido,  este fecha as portas  da sala e tranca a mesma com uma cadeira - ainda não  percebi como é  que essas coisas funcionam,  quer dizer... Uma cadeira na maçaneta?  Estranho...

- O que estás a fazer? - Pergunto confusa.

- Não  é  óbvio?

- Tu... Tu realmente achas?...

- Não gosto de deixar nada pela metade...hmm, onde é que nós íamos mesmo?

- Quanto a ti não sei,  mas eu vou para bem longe de ti! Imbecil.

E dito isto  concerto a minha roupa,  ajeito o cabelo e vou em direção da porta, onde este barra -me com uma força brutesca:

- Nem penses em deixar-me aqui assim...!

- Primeiro,  larga-me!  Segundo,  não  me das ordens e tão pouco rosnas para mim,  e terceiro,  estimo muito que te fodas! 

- Sim,  eu vou foder, mas é  cntg  e agora!

- Pô caralho!  És extremamente  atraente,  mas nunca que iria ter sexo contigo numa sala de aula...  Justamente aqui!  Não sei quanto a ti,  mas eu respeito a música,  e é por esse mesmo motivo que te digo isto : és um completo imbecil!

(...)

Eu realmente não sei seos meus pais fizeram um pacto com o demônio ou ele simplesmente se encantou comigo.  Lúcifer deve ter ficado encantado com todo o meu charme,  e com toda a certeza,  ele mandou Azazel  puxar o meu saco e me infernizar a vida! 

Ok parei... Tenho mesmo de parar de ver sobrenatural antes de dormir...

* como se isso fosse adiantar.

É... O meu ser já foi todo dominado pelo pecado da carne mesmo... Oh pena o Cas ser do bem... Bem eu sei o que lhe fazia.  Ensinava -o a rezar o terço de joelhos..

*és ridícula.

Obrigada,  sei que sou incrível!

Como eu disse,  o capeta me adotou...o meu lugar não poderia ser em outro autocarro com um outro colega de acampamento...

Vejamos,  a reunião fora para estipular quem ficava com quem,  e como  haviam enumeras turmas e poucos professores,  decidiram que os grupos seriam formados através dos nossos padrinhos.  Iríamos com eles e eles seriam nossos responsáveis,  e os professores responsáveis dividiram lá cargos e obrigações entre eles.

Como o meu  querido padrinho, dava-se bem com todo o mundo..  Adivinhem lá quem é que me calhou na rifa : disseram Brant Daugherty?

É.. Ele mesmo,  fiquei  com ele,  a Morgan, o Edward a Hanna o Ken Johnson, a Mel e um tipo qualquer que nunca vi ...

Eu realmente tenho sorte...
Fiquei nos últimos bancos no autocarro, e como não posso ter sorte na vida né..  Ele tinha de ficar ao meu lado.

- Temos uma conversa pendente - sussurra ele ao meu ouvido.

- Acho que nao! - E virei-lhe costas continuando a observar a paisagem com os fones no máximo.

- A mim ninguém vira as costas,  e tão pouco goza com a minha cara!

- OUVE AQUI CARALHO, TU NÃOME DAS ORDENS! NEM TU NEM NINGUÉM! E SE VOLTAS A FALAR-ME NESSE TOM EU PEGO NESSA MERDA QUE CHAMAS DE BOCA E ENFIO-A NO TEU CARALHO!!!

E nesse instante percebi que estava a descarregar em cima dele toda a frustração que sentia em relação ao Zayn.

Estava tão cega  que não percebi que estava a direcionar o meu ódio para a pessoa errada :

- Wow... Que...

- Oh foda-se cala-te!

E selei os nossos beijos. Nesses instante, o autocarro foi invadido por enumeras assobios  e palmas  - o que foi?  Nunca ninguém viu um beijo aqui?!

Ignorei...

- Não percebi.

- A tua boca tem mais utilidade assim.

(...)

Os primeiros dias de acampamento foram um tédio  - mentira,  foram o máximo  - passamos os dias a tocar a toda a hora, cantávamos  e aprendíamos a tocar outros instrumentos e interagimos com outros estilos de música e...  Isso foi incrível,  nunca pensei que a música fosse algo que... Algo que eu... Algo tão incrível e maravilhoso.  Algo meu.

A minha vida mudou,  a música era a minha vida,  e isso... Isso eu não vou deixar que ninguém me tire.

Mas como a minha vida é  feita de momentos... Este não iria ser diferente,  estava enrolada com o Brant quando o meu telemóvel tocou,  passei uma vista de olhos no visor e não pude acreditar.

- Está tudo bem?  - Diz ele vendo-me vidrada ao telemóvel.

- Merda!