Capítulo 67

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#Luke_

Estava uma manhã agradável de primavera - ou fim dela como preferirem - são raras as vezes que costumo sair da mansão sem que tenha algo a haver com os negócios.  Hoje,  decidi que poderia dar-me ao luxo de sair e aproveitar para pensar...
A princípio dirigi sem rumo aparente,  quando dei por mim estava perto do cais dos barcos do outro lado de Nova York. A última vez que aqui vim tinha pouco mais de 17 anos,  porém nesse dia estava a chover torrencialmente e quase não se podia ver o horizonte e tão pouco os barcos.

Eu gostava.
Quer dizer,  eu gosto... Sempre gostei do lado cinza das coisas,  ao contrário do que muitos possam pensar,  a vida não é só azul e branco, não são só as malditas cores que o arco-íris projeta. E é por esse prisma que eu acredito que o cinza e o preto são as verdadeiras cores da alma, pois transmitem o que não pode ser visto aos olhos de gente ignorante que prefere acreditar em unicórnios ao invés que ver a realidade como ela é!
Se é um pouco agressivo da minha parte?  É,  talvez até seja sim,  mas eu sempre gostei de me acalmar ao observar os dias cinzentos ou até mesmo com a fumaça dos barcos,  pois para mim era o meu ponto de relaxamento.

Pelo menos até a uns meses atrás....

Continuei a caminhar até chegar ao que parecia uma praia improvisada ou coisa do género,  fiquei ali sentado à observar e memorias brotaram como pipocas no microondas - comparação ridícula,  mas estou com fome e não como pipocas à décadas - antes as coisas eram simples de se resolver para mim,  bastava apertar o gatilho, ou mandar alguém faze-lo por mim. Agora?
Agora nem sei como sair do quarto sem ter medo que esse seja o meu último paço. Não intendo como pude deixar as coisas chegarem a este ponto...

- Sabia que te iria encontrar aqui - Deixei-me ficar de costas e puxei do meu maço de cigarros. Irónico é que já faz algum tempo que não dou uma tragada sequer.

Sentia -a sentar-se ao meu lado e com um sorriso espontâneo está da início a uma conversa que eu adoraria poder evitar,  pelo menos por enquanto...

- Lembra -me de não trazer o telemóvel quando sair - respondo sem a encarar.

- Assim dificulta -me a vida.

- A ideia é mesmo essa!

- Nossa... Achei que fosses um pouco mais divertido e descontraído .

Nada disse.  Sabia onde ela queria chegar e não me apetecia ter essa conversa com ela.  Nem comigo mesmo quanto mais,  admitir para mim já foi um tormento,  faze-lo em voz alta seria cavar a minha própria sepultura e não estou com disposição de tal.

Ficamos em silêncio por mais algum tempo, mas conhecendo a Debby como conheço - e não estou a dizer que a conheço tão bem quanto isso, nem coisa do género - mas sei que ela é incapaz de deixar um assunto pendente, e isso é uma das qualidades que admiro nela. Porém também é uma das que me fazem a querer esganar.

- Vais continuar a fugir até quando? - Nada disse.  Não que eu não queira responder ( o que por acaso não quero) mas só porque nem eu mesmo sei a resposta ao certo. - Foda-se Luke,  vais continuar a agir como uma criança até quando? Estamos a enfrentar uma ameaça enorme e tu nem para mostrares os tomates e admitires a merda dos teus sentimentos és capaz!

- O que te interessa a ti a merda dos meus sentimentos! Como disseste estamos a enfrentar uma ameaça e é nela que temos de nos focar.

- Enquanto isso vais continuar a comportar -te como se não fosse nada?  Como se o que aconteceu não fosse nada?

- E não foi...

- Ok... Enquanto estás aí a ser um total imbecil ela continua em perigo,  todas elas! Se lhe contasses...

- Debby chega!  Eu não vou dizer merda alguma intendes?

Está não se conforma e sai com um andar pesado,  sei que fui demasiado grosso com ela, e infelizmente esse é o meu calcanhar - sou demasiado imbecil para deixar que ela vá embora assim.
Levanto -me e corro na sua direção agarrando-a pelo braço.

- Solta-me!

- Deixa de tentar salvar o mundo!  Não és a super mulher ou tão pouco o capitão América!

- Pois não. Eu sou melhor,  pois para começar, eu sou real! - Rosna ela tentando soltar o braço.

Deixo escapar um suspiro pesado e logo solto o seu braço encarando -a. É... Por mais que eu queira evitar está conversa ela persegue -me.

- Ouve Debby,  eu não posso continuar com isto ok? Não posso simplesmente chegar ao pé dela e dizer-lhe que sinto algo pois...

- Porque és um covarde?!

- Não,  Porque nem sei o que realmente sinto... Achei que era a Lu,  realmente pensei que eu gostasse dela. Mas depois daquela noite no bar da mansão eu apercebi -me que não iria ser ela,  pois a minha necessidade de protege-la é maior que a de tela para mim.

- Não tentes justificar a tua falta de coragem com um engano notório!

- Foda-se! Porque que és tão chata?  O que te importa a ti isso?

- Importa porque ele está a manipular todos e em particular a ela . Não a conheço o suficiente é verdade,  mas sei que é importante para a minha melhor amiga.  E  se existe uma maneira de poder salva-las... Nem que seja uma chance mínima eu quero agarra-la!

A coisa de duas semanas atrás descobri que o Steve é um agente duplo,  que tal como ele existem mais infiltrados dentro da máfia prontos para atacarem e tirarem tudo o que o meu pai tanto lutou para ter.  Quando o confrontei com essa possibilidade ele jurou que não pensaria duas vezes em atirar para matar uma das miúdas,  e que o seu envolvimento com a Shay era apenas uma forma de conseguir informações. 
Segundo ele,  não tem nada a perder caso eu o entregasse,  pois no preciso momento que eu o fizer,  as consequências caem nelas.

- Não posso fazer nada... Estou de pés e mãos atadas!

- Existe sempre uma forma,  basta acreditar... Luke tu sabes que não podemos desistir assim,  ela está a ganhar terreno e quando menos esperamos ela ataca.

- A questão é mesmo essa,  ela tem o jogo e nós somos os seus piões. Só vamos saber as coisas que ela quer que nós saibamos.

- És mais forte que ela Luke!

- Eu acreditava nisso... Mas agora?

- Agora nada mudou,  estas mais implacável sempre foste... Sempre ouvi dizer que não perdias uma,  está não será a primeira vez!
Tens fiéis ao teu lado e...

- As pessoas não me são leais a mim mas sim ao poder que eu tenho. Custa acreditar mas se pessoas como o Steve que antes me eram fiéis acabaram por se virar contra mim o que posso dizer em relação aos outros? - O meu olhar era frio mas mesmo assim transmitia dor.  Dor por saber que não fui o homem que o meu pai acreditou que era ou poderia vir a ser. 

- Num pomar de vários hectares vão existir sempre uma árvore com frutas podres,  mas isso não quer dizer que as restantes sejam.  Os poucos que te são fiéis estão dispostos a lutar... Resta saber se tu também estás!

Sem antes me dar tempo de responder está entra no seu veículo e arranca a toda a velocidade deixando -me para traz com os meus pensamentos que repetiam as suas últimas palavras.

- Será que estou?...

Desculpem a demora... Mas fiquei com um bloqueio para poder abordar está parte da história. O fim está próximo e em breve a segunda temporada já estará disponível.

gostaria de saber a vossa opinião em relação à fic,  Se estão a gostar ou se acham uma confusão ( eu as vezes acho que é,  e estou6a tentar esclarecer nos últimos capítulos,  mas só alguns pois os segredos continuam na segunda temporada)

Gritos de uma adolescente:[nada]REbelde!? Em breve com reviravoltas inesperadas e a revelação de um dos segredos principais.

p. s: Quem vocês acham que é ela,  e envia as mensagens ao grupo?

Kiss e boa leitura.  Obrigada po lerem e espero em breve receber nem que seja um - Oi - de vcs.

Yara cC*

Gritos de uma Adolescente: Rebelde?![Z.M].[L.H]Onde histórias criam vida. Descubra agora