Capítulo 25

28 2 0
                                    

Era uma sombra minúscula de mais para ser a de uma pessoa – a não ser que os bebes agora consigam trepar escadas, a menos que eles sejam sobredotados aqui em new York , o que eu acho ridículo.

*Tu também estas ridícula com essa atitude descansa.

Eu com um psicopata a seguir-me – meio psicopata talvez – e esta mastronça a encher-me o saco! Aproximei-me mais das escadas e o barulho ficou mais intenso – eu sou aquele tipo de pessoa que quando vê um filme de terror ou suspense, acho ridículo aquela cena em que as pessoas vão em direcção do barulho. O que é completamente ridículo, quer dizer, vão mesmo em direcção à própria morte: RIDICULO! – mas eu neste caso, preciso de enfrentar este meu medo e corta-lo pela raiz, chega de ter medo! Não sou assim, e não é agora que vou começar a ser: não quero, nem posso.

Um gato... tanto alarido por conta de um gato... Ok, eu definitivamente estou a ficar paranóica. Larguei o pau e sentei-me junto das escadas, tentei controlar a respiração, não estou a aguentar muito mais, preciso por fim a esta situação.

Acendi um charro e deixei-me ficar com a cabeça para cima, estava a começar a sentir os efeitos da maconha quando novamente ouvi um barulho vindo por traz de mim, assustei-me mas logo me acalmei pensei que fosse só mais um gato idiota.

- Tanto lugar para irem e tinham justamente de estar aqui... Oh cum caralho, nunca vi cidade com tantos gatos como esta.

- Espero que te estejas a referir a mim – uma voz surgiu no meio da escuridão e logo levei um susto. Não acreditei no que os meus olhos estavam a ver.

- Zayn? – Disse incrédula.

- Em carne e osso.

- Acho que estou a ter alucinações, a maconha é mesmo fodida – disse soltando o ultimo bafo e apagando completamente.

(...)

Acordei no meu quarto com uma enorme vontade de vomitar, uma certa tontura parecia invadir o meu corpo, e do nada um súbito arrepio pelas minhas espinhas – isto é realmente estranho, nunca me senti assim.

Do outro lado do quarto Zayn dizia algo ao telemóvel – dizia não, sussurrava – e quando se apercebeu que eu estava acordada desligou o telemóvel e veio ter comigo. Envolveu-me num abraço bem apertado e depois de quase partir todos os meus ossos e esmagar os meus pulmões, tentei afroxar um pouco:

- Será que dá para me soltar? – Disse meio a custo.

- Mataste-me de susto e a única coisa que sabes dizer é para eu te lagar? Depois de tanto tempo um do outro?

- Não nasci grudada em ninguém, tão pouco em ti Zayn, agora por favor me solta ta?!

- Ok.. eu não te percebo, estamos separados à semanas, e tu nem ligas, parece que estas nem ai para mim – ele estava com um olhar diferente, um olhar que eu só vi uma vez.

Flashback on

Depositei-lhe um beijo e nesse preciso momento, em que me jogo nos seus braços, sinto algo frio entrar em contacto com a minha pele quente.

- Lucyyy! – Ouvi-o gritar, mas não consegui corresponder aos gritos. Passei os meus dedos nos seus lábios e deixei-me escorregar pelos seus braços. Lembro-me de ver os seus olhos claros encherem-se de lágrimas, balbuciei um amo-te muito a custo ate apagar por completo.

Flashback off

Lembro-me que nessa noite foi a primeira vez que vi o Zayn chorar, a ideia de perder-me assombrava-o... eu também temia perde-lo, e acho que é esse meu medo que nos esta aafastar.

Aproximei-me de si e puxei-o para perto de mim, envolvendo-o nos meus braços, apertado-o com a mesma intensidade:

- Zayn, eu amo-te que chega a doer – digo num fio de voz.

- Não quero perder-te Lu, agora que te encontrei... não quero perder-te.

- Não vais, agora pertences ao meu mundo, e eu...

- Tu pertences ao meu – ele diz olhando-me intensamente e colando os nossos lábios em um beijo quente.

Eu preciso contar-lhe o que me atormenta... preciso confiar mais no homem que amo!

- Desde que chegamos aqui, as pessoas apontam-me na rua, chingam-me, algumas abordam-me na porta do colegio ou até mesmo aqui de casa só para me insultar e tudo mais – as lagrimas queimavam-me o rosto, dizer aquilo era um alivio, mas mesmo assim não é fácil – tenho vindo a receber ameaças, bonecas de vodo, e até terrorismo psicológico tenho vindo a passar.

Um silencio seguido de um borburinho envaido a atmosfera da sala onde nos encontrávamos. Todos estavam espantados, aterrados e sei lá mais o que com tudo o que lhe acabara de dizer, Zayn fora o primeiro a aproximar-se e dar inicio a algo que acreditem – mas acreditem mesmo – eu desconheço este tipo de atitudes vindas de um rapaz para comigo. Ele abraçou-me envolvendo-me em beijos abraços e tentando reconfortar-me:

- Garanto-te que tudo isto vai mudar, vai ficar tudo bem, eu garanto – disse ele

- Como podes garantir tal coisa?! Para começar a culpa de tudo isto é toda tua! Tu que te meteste nas nossas vidas, tu que causaste toda esta merda! – A Sasha estava revoltada, e isso era bem notório. Nunca antes a vira assim, e realmente não intendo o porque dela estar assim, todos nos estávamos nervosos assustados e tudo mais, mas aquela atitude?

- Sasha? 

-Sasha uma merda! Quase que aposto que aquela merda na discoteca VIP foi propositada... a culpa é vossa one merdas!

- Sasha já chega! – Gritou a Ash.

- Já chega eu dizer oq eu oenso? Desculpa amiga, mas estamos na America, num pais livre, por isso que se foda o resto! Eu digo o que quizer, a culpa é toda de vocês, em expecial tua Zayn, porque enquanto nós tentamos abafar este escândalo de merda, tu davas mais força, e pior... andas ai esfregado com essa Perry e nem assumes que tens outra!

- Eu...eu sei que devia ter feito algo, devia ter tomado uma atitude e...

- Opah cala-te com esse paleio da treta sim? Se realmente gostasses da Lucy já tinhas assumido à muito e as coisas teriam corrido rumos melhores! Se ela recebe ameaças, sabe-se lá se não lhe vão preparar uma espera um dia? A murada já conhecem, falta pouco para coisa pior acontecer – A Sasha estava exaltada, e nesse mesmo segundo a Ash levanta-se e espeta-lhe um estalo bem estalado.

- Lava essa tua boca antes de acusares tanto o Zayn como todos os outros membros da banda, são nosso amigos...

- Amigos? Amigos deste eu realmente não preciso, nem eu nem nenhuma de nós! Em Atlanta sim tínhamos amigos, lá ninguém ousava tocar-nos e tão pouco fazer fosse o que fosse, em Atlanta avia o Ken, ele sim era um namorado para a Lu, apesar de tudo ele protegia-a!

- CHEGA! – Gritei eu impaciente.

- Era isto que eu queria evitar. O Zayn não tem culpa de nada, a escolha foi minha, eu que quis continuar assim no anonimato!

Contei-lhes que naquela noite no jardim botânico a condição de eu assumir os nosso sentimentos, teriam de ser no anonimato, apenas nós os dois e claro... os amigos mais próximos.

- Não importa Lu, ele tem tomates, ele que tinha de resolver toda esta merda, não tu!


Gritos de uma Adolescente: Rebelde?![Z.M].[L.H]Onde histórias criam vida. Descubra agora