V

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A casa de Seulgi realmente estava uma bagunça, havia roupas espalhadas para todo lado, a cozinha tinha pratos e copos ainda embalados em cima da mesa, a maioria dos móveis estavam fora de lugar, mas mesmo assim Irene pode perceber como tudo era bonito e de bom gosto ao começar pela cor que a casa havia sido pintada por dentro, um azul clarinho que dava sensação de bem estar.

Era uma casa espaçosa, a cozinha era pequena, mas todo resto era de tamanho razoável, era difícil saber por onde começar a arrumar aquilo.

Ficou esperando que Seulgi dissesse o que fazer, mas a outra parecia mais perdida diante de tudo aquilo.

- Eu sei, está uma bagunça enorme, é
primeira vez que me mudo, nem sei por onde começar. - Ela soltou um muxoxo coçando a cabeça.

- Você morava com sua família antes?

- Minha avó é toda família que tenho.

- O que aconteceu com seus pais? -
Irene perguntou e viu uma sombra de tristeza atravessar o rosto de Seulgi e ficou se maldizendo mentalmente por ser tão sem noção com as perguntas.

- Eu te conto tudo, Irene. Mas não hoje, temos muito trabalho pela frente, ainda dá tempo de você sair correndo e desistir.

- Imagina, eu não fujo de trabalho, vamos começar então pela cozinha?

- Ok. - Seulgi assentiu e as duas se dirigiram até o cômodo.

Os armários eram todos embutidos, o que facilitou muito, só foi preciso desembalar tudo e ir colocando no lugar. Depois era só fazer compras e ajeitar tudo, isso Seulgi faria tranquilamente sozinha.

Passaram para sala, esse cômodo levou um pouco mais de tempo, jogaram todas as roupas em uma caixa que foi levada pra um dos quartos e depois colocaram o sofá rente a parede, o rack foi posto em frente e a mesinha de centro ajeitada. Irene ficou olhando alguns dos quadros de Seulgi, eram fotografias lindas, de pessoas, paisagem, nunca tinha visto fotos assim.

- São lindas!

- Gostou mesmo?

- Sim, muito.

- Que bom, fui eu que tirei todas elas, ninguém nunca me disse que haviam ficado boas. Obrigada por isso.

- Você trabalha com fotos? - Irene perguntou deixando sua curiosidade falar mais alto novamente.

- Sim, mas não esse tipo de fotos, bem que eu gostaria, mas faço trabalhos de todo tipo, festas, casamentos, alguns trabalhos com
moda, o que aparecer lá na nossa firma, somos três fotógrafos sócios.

- Isso parece ser bem legal.

- Não tanto assim, às vezes fico sem trabalho e às vezes tenho demais, mas alguns são bem chatos, mas amo fotografar, então tiro prazer de tudo. Se algum dia precisar de um fotógrafo, pode me chamar.

- Combinado. Vamos arrumar os quartos agora? - Irene sugeriu recebendo um aceno de Seulgi.

O quarto onde Seulgi dormia estava quase arrumado, só precisou colocar as roupas no lugar, não levou muito tempo. O outro quarto servia de escritório, tinha um sofá grande, computador, impressoras, duas máquinas fotográficas e uma filmadora, tudo muito moderno, ali foi arrumar a coisas nos cantos, colocar tudo reto e certinho.

Eram quase duas horas da tarde quando acabaram. Só então Irene se deu conta que só havia tomado o café da manhã e estava faminta, a arrumação havia absorvido todos os seus pensamentos. Como se Seulgi houvesse lido sua mente, falou.

- Não sei quanto a você, mas eu estou morrendo de fome. Gosta de comida japonesa?

- Não verdade nunca comi.

- Nesse caso, peço comida japonesa para mim e uma pizza para você, pode ser?

- Não quero te incomodar, posso ir pra casa fazer o almoço.

- Nem pense nisso, você me ajudou muito, quero ao menos te pagar um almoço. Posso, né?!

- Pode. Uma pizza quatro queijos para mim está ótimo.

- Ok, vou providenciar isso. Fique a vontade ali na sala.

Irene foi até a sala e sentou no sofá, era macio, feito de camurça de cor azul escuro, Seulgi parecia gostar bastante de azul. Não soube se foi o cansaço a falta de comida ou talvez o ambiente aconchegante, mas acabou pegando no sono sentada.

A Mulher Do Pastor - SeulReneOnde histórias criam vida. Descubra agora