XXXVI

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— SEULGI!!!

Seulgi tinha acabado de fechar o chuveiro quando escuta Tzuyu gritando por ela. Saiu rápido do box sem nem ao menos se enxugar, pegou um roupão que estava pendurado ali, saiu com os cabelos pingando água pela casa toda.

— CARALHO SEULGI, VEM LOGO!!!

— Caramba, que escândalo, o que foi que acon...

Deu de cara com Tzuyu ajoelhada amparando Irene.

— Mas que porcaria Tzuyu, o que você fez com ela?

— Tá doida Seulgi? Não fiz nada, você ainda tinha que me agradecer por não deixar ela se esborrachar no chão.

— Deixa que eu cuido dela!

Tentou pegar Irene no colo e levar para dentro de casa, mas não aguentou.

— Muito bem, Seulgi, você é mesmo uma ótima salvadora, deixa que eu levo ela para dentro, até que enfim minhas aulas de academia vão ter alguma utilidade além da estética.

Tzuyu era bem forte, apesar de parecer magra demais. Pegou Irene no colo com facilidade e levou para dentro. Colocou ela deitada no sofá da sala.

Enquanto Tzuyu ia até o quarto buscar um travesseiro e um cobertor, Seulgi tentava fazer a menor voltar a si dando leves tapinhas no rosto.

— Irene..Acorda, abre os olhos por favor...

Tzuyu colocou o travesseiro e o cobertor e tentou ajeitar da melhor forma possível, nesse momento Irene abre os olhos ainda meio tonta e perdida e começa e dizer coisas que não fazem sentido a Seulgi.

— Você mentiu, imaginei que sentisse algo por mim, mas foi só alguns dias longe e já me esqueceu.

— Baby, não faço ideia do que você está dizendo. Se acalma e respira, já vai melhorar.

Como sempre fazia, Tzuyu não perdeu a chance de dar a sua cutucada.

— Querida, bem vinda a clube dos corações quebrados pela insensível Kang Seul-hi.

— Tzuyu, tem como você calar a porra da boca? Irene, não sei o que você está imaginando, mas não é nada disso.

Irene tenta sentar e se soltar do toque de Seulgi, mas a maior não deixa, prende ela novamente no sofá com medo que passe mal outra vez.

— Só quero ir para casa, por favor, Seulgi, me solta. Pode ficar a vontade com sua namorada.

— Ah! A Tzuyu não é minha namorada, somos só amigas.

— Sim, eu e Seulgi somos só amigas, mas já fomos "amigas com benefícios", só que acabou, não precisa se preocupar querida.

Nessa hora Seulgi queria ter uma fita
adesiva ou uma mordaça para enfiar na boca de Tzuyu.

— Tzuyu, cala a porra da boca, isso não está ajudando!

A partir desse momento, Irene não disse mais nada, só deitou no sofá e fechou os olhos, parecia fraca e cansada deixando Seulgi perdida.

— Não sei o que fazer, preciso pegar um copo de água para ela.

— Por Odin, Seulgi! Você é cega ou burra? Acha que um copo de água vai resolver? Bota a mão na cabeça dela. Agora escuta o barulho que a respiração dela faz!

Parou e prestou atenção, realmente havia um chiado estranho na respiração de Irene, como se gatos estivessem brigando dentro do peito dela, colocou a mão na testa e sentiu como estava quente, uma febre bem alta.

Agora o pânico de Seulgi não a deixava pensar direito. Isso só podia se consequência da noite passada no frio. Não era o tipo que tinha pensamentos homicidas, mas se encontrasse o pastor Sehun naquela hora seria capaz de matá-lo.

— O que eu faço Chewy?

Tzuyu agarra Seulgi pelos ombros e dá uma chacoalhada para livrá-la da histeria que começava se formar.

— Olha aqui, Seulgi, presta atenção... Primeiro se acalma, você esta parecendo um peru bêbado, respira fundo. Essa moça precisa ir para o hospital agora, JÁ.. NOW! Entendeu? Nós vamos pegar o meu carro e levar ela para o hospital, ok?!

— Seu carro?

— Seulgi, eu juro que estou perdendo a paciência com você, quer levar a garota de táxi pro hospital ou quem sabe na sua moto? Deus do céu, já falei, se acalma e começa a usar a cabeça. Vai até o seu quarto e pega uma calça e um casaco para colocar nela, melhor não tomar mais frio. E não me olha com essa cara abobada, anda logo!!

Correu até o quarto, pegou um moletom com calça e blusa. Irene protestou enquanto Tzuyu tirava a saia e colocava a calça e a blusa nela. Diferente da forma como falava com Seulgi, com Irene ela era mais calma.

— Olha querida, eu sei que estou sendo invasiva, mas você precisa vestir isso e ir para o médico.

— Eu não quero ir para o médico, só preciso ir para casa.

— Você vai pro médico sim, nem que eu tenha que te pegar no colo e colocar no carro. Agora vamos, meu carro está ali em frente, é para seu bem, não dificulte as coisas.

Conseguiram levar Irene para o carro. Enquanto Tzuyu dirigia, Seulgi ia atrás aparando a morena, a febre estava tão alta que chegava a esquentar o corpo de Seulgi também. Nesse momento, sentiu medo, e agradeceu aos céus por Tzuyu estar por perto.

A Mulher Do Pastor - SeulReneOnde histórias criam vida. Descubra agora