XV

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Seulgi chegou em casa do trabalho naquele dia se sentindo bem mais leve, apesar de achar que Irene havia mentido sobre o dia que tirava fotos, também não havia motivo para ficar forçando explicações que ela parecia não querer dar. O importante era que seriam amigas, poderia de alguma forma animar ela um pouco, fazer se divertir, tinha uma necessidade tão grande de fazer isso por ela.

Depois de trabalhar em algumas fotos,
foi dormir, passou uma noite tranquila, sem pesadelos com pastores malucos jogando livros em sua cabeça.

Acordou pela manhã antes mesmo do seu celular despertar, e coisa rara, sem nenhum mau humor matinal. Como no dia anterior havia pegado o numero do celular de Irene, resolveu dar bom dia, o pastor já teria saído para o trabalho uma hora dessas. Digitou uma uma mensagem rápida e foi preparar o café.

- Bom dia Irene, sua comida de ontem estava tão gostosa que até sonhei com ela essa noite. Bjos =)

Não esperava nenhuma resposta dela, sabia que até o saldo do celular era controlado por aquele maníaco. Ia começar a fazer o café quando o interfone tocou, atendeu.

- Bom dia Seulgi. Muito ocupada?

- Oi Irene, não. Vou abrir para você entrar.

Destravou o portão pelo interfone e foi esperar a outra na porta. Irene usava um vestido azul de florzinhas verdes que era bem bonito, só que um pouco largo para ela, deu um beijo no rosto de Seulgi meio desajeitado como cumprimento.

- Como você disse que sonhou com minha comida, quis agradecer o elogio, fiz esse bolo de cenoura ontem a tarde, espero que também goste..

- Aiiii carambaaa, como adivinhou???? Eu amo bolo de cenoura!! Nossa isso já fez o meu dia começar muitoooo booommm. Obrigada Irene.

Pegou a prato da mão de Irene e já foi sentir o cheiro delicioso do bolo.

- Acho que você tem que se arrumar para o trabalho, né?!

- Vou tomar o café e me trocar e logo saio.

- Então já vou pra casa.

- Te acompanho até no portão.

- Não precisa Seulgi, aproveite o bolo.

Dessa vez foi Seulgi que deu um beijo e um abraço de despedida em Irene, parece que a outra não era muito acostumada a esse tipo de demonstração afetiva, sentiu o corpo dela se retrair ao abraço.

Quando Irene estava quase saindo, Seulgi resolveu perguntar.

- Tem culto na sua igreja hoje?

- Não, só de quarta e domingo. Por que? Você gostaria de ir?

- Na verdade eu já participo mesmo
sem querer, só queria saber quem
estava...érrr... Ah não era nada não! Obrigada mais uma vez pelo bolo.

- Tudo bem então. De nada.

Assim que Irene saiu, Seulgi preparou um café, pegou um pedaço enorme do bolo, colocou no microondas com um pouco de chocolate e deixou esquentar. O bolo desmanchou na sua boca de tão macio que estava, se existisse comida no céu, seria assim.

A Mulher Do Pastor - SeulReneOnde histórias criam vida. Descubra agora