Lembranças dolorosas

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( Lauren Jauregui Pov )

Sentia meu corpo pesado, ele doía em algumas partes, minha mente estava cansada e é como se eu não conseguisse pensar direito por causa da dor de cabeça que eu estava sentindo. Abro meus olhos lentamente tentando acostumar a claridade do quarto todo branco. Que lugar é esse?

Tentei me mover, mas minha coordenação parecia cansada. Respirei fundo e percebi um aparelho de respiração hospitalar em minhas narinas. Fazendo esforço para conseguir levantar meus braços na altura de minha vista eles estavam com hematomas e apenas meu braço esquerdo estava com um tipo de fio, olhei para o lado e vi um soro.

- Amor...- chamei minha e sem fazer muito esforço virei minha cabeça vendo uma máquina apitando ao meu lado. Acho que estou em um hospital. Mas o que aconteceu?

Minha mente estava confusa e com isso eu comecei a ficar assustada.

Vejo a porta do quarto ser aberta e por lá passou uma mulher inteira de branco com uma prancheta na mão.

- Oi, oi.. Aonde é que eu tô?- perguntei com a minha voz quase não saindo e a moça me olhou surpresa.

- Você está em um hospital. Eu vou chamar o doutor.- diz ameaçando sair, dei uma leve apertada no pulso dela com minha mão direita.

- Eu só quero ver minha esposa, Camila Cabello Jauregui e meu filho Lorenzo.- aquilo era a única coisa que eu estava precisando no momento.

- Eu vou avisar o doutor que você acordou e logo peço pra sua esposa entrar.- diz me dando um sorriso fraco e saiu. Fiquei alguns minutos olhando para o teto branco e foi então que aquela luz veio em meu pensamento, aquele farol alto em minha direção, meu coração disparou desnorteado. Eu fui atropelada.

Escutei a porta ser aberta novamente e não esperei muito o doutor se aproximar pra eu perguntar.

- Meu bebê tá bem?- fui direta pegando ele de surpresa e toquei minha barriga, eu estou assustada e ansiosa pela resposta do homem à minha frente.

- Espera sua esposa chegar aqui, ela já tá vindo.- o médico mal parou de falar e vi minha esposa passar pela porta e dar passos apressados até a beira da cama segurando minha mão e encostando sua testa na minha.

Palavras naquele momento não precisam ser ditas, não que sabemos falar por telepatia, mas é como se em silêncio entendemos uma à outra. Como se pequenas ações como essa, fosse ações gigantescas, se eu tivesse que escolher a Camila mais de mil vezes na minha vida, ela seria sempre minha escolha porque ela já faz parte de mim e sem ela é como se um buraco se abrisse aqui dentro e só de imaginar ela sofrendo, acaba comigo porque eu quero fazer de tudo para vê-la feliz. Eu simplesmente amo essa mulher.

- Eu fiquei tão preocupada, eu achei que iria te perder.- diz e deixa um beijo em minha testa e outro em meu nariz.

- Eu tô aqui, minha gatinha.- digo fazendo carinho em um lado do rosto dela, a mesma pegou minha mão e beijou a palma. Levei minha atenção para o doutor.- Agora eu preciso saber como está meu bebê.

- Infelizmente a notícia que eu tenho pra te dar não é boa. Você perdeu o bebê, você teve um aborto acidental devido ao acidente.- diz o médico e aquelas palavras que ele falou ficaram ecoando por minha mente sem parar e depois de um ou mais minutos eu estava chorando. Meu coração estava destroçado por receber aquela notícia. Minhas expectativas de ser mãe de um segundo serzinho foram para o ar sem dizer adeus.

Eu não tenho outra reação a não ser chorar. Sabe quando você imagina uma cena tão linda na sua cabeça mas aquilo não vai acontecer porque algo foi interrompido?

Agente F.B.I (CAMREN) - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora