As cartadas do destino.

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-E-eu não estou tomando muito do seu tempo senhor? -Perguntou humildemente a menina.

Sasuke a encarou levemente surpreso. Mesmo a humildade dela era um bem querer. Acariciou seus cabelos atento ao rosto delicado. Certas vezes se sentia hipnotizado pela beleza dela. Se sentia sujo por estar tão feliz em poder cuidar dela e lhe protejer, ter a menina em seus braços e esquecer que era porque o pai dela havia morrido em sua frente por uma máfia rival.

-Não se preocupe com isso Fiore. Não se cobre nada hoje. Foi muito forte sabia? -Disse o rapaz calmamente acolhedor. Sakura sorriu.

-Estou tendo crises de choro há 15 minutos no colo de um aparente amigo mafioso que acabei de conhecer. Senhor isso é ser forte? -Sakura riu entre o choro fazendo-o abrir um sorriso divertido.

-Se eu houvesse perdido o meu pai eu estaria enchendo a cara, escondendo meu choro de outros mafiosos porque homens tem condutas ridículas e hipocritas. Você não esconde seu choro. É melhor que muita gente. -Sasuke disse com certo divertimento na voz. Sakura sorriu para ele olhando em seus olhos e aquilo acendia como a luz morna do sol todo o corpo do jovem.

-Me chama de menina o tempo todo e não parece tão mais velho que eu. -Disse Sakura ainda com os braços enlaçados no pescoço do Uchiha.

-Quantos anos acha que eu tenho? -Perguntou o rapaz. Sakura podia sentir o cheiro de menta com fumaça, mas também um cheiro de perfume masculino e importado muito bom. Ela apertou os olhos parecendo pensar.

-24? -Ela chutou.

-26. -Ele respondeu. Sakura ergueu as sobrancelhas levemente surpresa.

-Então por favor... Tire "senhor" do seu vocabulário comigo. -Disse Sasuke por fim fazendo-a rir fracamente.

-Tudo bem. Tenho 24 só para constar. -Disse ela por fim. Foram interrompidos quando o celular dele tocou. Sasuke o retirou do paletó e o atendeu.

-Hn chi parla? (quem fala?). -Foi o que ele disse ao atender.

"Senhor, tudo do funeral está pronto. Contratamos um padre para o sepultamento, será pela manhã, às 8."

-Giusto. Até mais tarde Nara. -Disse o Uchiha desligando o telefone.

-Amanhã pela manhã sepultaremos o seu pai. -Disse o rapaz de forma paciente e tranquila. Mais uma vez, lágrimas desciam silenciosas pelo rosto delicado.

-C-certo. -Disse ela por fim. Depois tentaria por a cabeça no lugar, depois tentaria ver até que ponto a Tramonto poderia acabar com a sua vida. Mas por hora, estava psiquicamente e emocionalmente exausta demais. Sasuke se levantou com ela e a deixou na cama. Todos os seus toques eram ternos, delicados. Exclusivamente para com ela.

-Vou preparar um banho quente para você. Vai ajudar. -Disse ele por fim abrindo uma porta branca que só agora ela notara. Ele encheu uma banheira de porcelana moderna e sofisticada com água bem quente e essência de lavanda. Em seguida ele saiu do banheiro sendo seguido pelos olhos curiosos dela. Ele entrou em um closet que Sakura notou ser enorme. Voltou de lá com um roupão de seda vinho e preto.

-As lojas estão fechadas. Lamento que terá de usar isto para dormir. Amanhã pedirei que busquem roupas para você. -Disse ele entregando a ela o roupão, nela ficaria enorme. Sakura soltou o ar de seus pulmões.

-Não se incomode senh... Sasuke. Eu posso voltar em casa amanhã e me vestir. -Disse Sakura casualmente. Ele sorriu, muitas garotas achariam que ele não fazia mais que a obrigação dele em encher elas de presentes caros.

-Giusto. -Disse ele por fim. Sakura se levantou rumo ao banheiro. Ela trancou a porta atrás de si e de deslumbrou com o banheiro limpo e luxuoso. Se despiu e prendeu os enormes cabelos róseos, entrou na banheira agradecendo mentalmente ao rapaz por uma água tão agradável. Após segundos se lavou e quando a água ficou um pouco mais fria ela saiu e esvaziou o recipiente. Sakura se enxugou e colocou a toalha usada em um cesto, dobrou o vestido e infelizmente teve que reutilizar a lingerie. Se vestiu com o roupão que nela parecia uma túnica que quase se arrastava no chão. Amarrou bem o tecido contra si. Ao sair do local se deparou com Sasuke entrando no quarto com uma bandeja. Só agora notou que ele usava camisa social vermelho fechada com um colete de smoking preto. Seus cabelos eram negros e perfeitamente alinhados.

Fragile [Terminada]Onde histórias criam vida. Descubra agora