Fragile [Terminada]

Leggero.

Os olhos de Sakura iam de Sasuke até Sasori, atentos. O sorriso do Akasuna se alargou em direção a ela.

—Ah meu bem... Você é ainda mais bonita pessoalmente. Eu sou Sasori Akasuna... Da Tramonto. -O olhar furioso de Sakura se intensificou. A raiva queimava seu peito e suas veias como um veneno. Um nó em sua garganta a impedia de falar. Sasuke o encarava com um semblante frio. Sasori se voltou para o Uchiha.

—Sei da sua fama Uchiha... O "Jhon Wick" da Valenza. Receio que suas habilidades com armas e lutas colocarão em risco a vida de sua preciosa... Esposa se não seguir as minhas ordens. Ela está desarmada afinal. -Disse Sasori se aproximando de Sasuke, ele pegou a arma da cintura do Uchiha.

—Ótimo! Melhor assim! -Disse o ruivo.

—Agora vamos aos negócios. Você ainda me deve Haruno! -Disse o rapaz sombriamente. Pararam brevemente para a troca das placas do carro para despistarem a polícia e a Valenza e continuaram a seguir seu rumo.

—NÃO DEVO NADA! -Disse Sakura entredentes e com certa voracidade. Sasori gargalhou.

—Eu paguei os doze mil de dívidas do Kizashi! Paguei em dinheiro pro cara loiro de cabelo comprido que ia dia sim dia não me cobrar ameaçando matá-lo! E ainda paguei mais quatro para pararem de vender drogas a ele! -Disse Sakura segurando as lágrimas de mágoa e raiva. Sasori sorriu.

—Não posso imaginar a quem ele recorreu para usar mais narcóticos meu bem. Mas foi vendido a ele! Foi a causa da overdose não é mesmo? -Disse Sasori diabolicamente.

—Infelizmente... O pagamento que ele ofereceu a nós foi você! Disse que era uma garota bonita, e que podíamos fazer o que queríamos com você, desde que vendêssemos. Sabe que é uma beleza rara não é? Eu tinha planos para você. -Disse ele seriamente.

Aquilo atingiu a garota como um murro no estômago. Ela engoliu em seco sentindo-se enojada. Não se permitiu pensar muito que o pai que tanto amava, havia lhe traído dessa forma. Os olhos verdes sofridos eram tão puros e penetrantes que por uma fração de segundos conseguiu o inimaginável... Penetrou o coração de Sasori.

Por míseros segundos, inundou seu coração com um tipo belo de amor... Compaixão e ao sentir-se acessado e vulnerabilizado por ela... Ficou estático. Engoliu em seco. Sentiu vontade de limpar as lágrimas dela, sentiu vontade de abraçá-la. Toca-la. Não sabia porque mas logo pensou durante segundos que queria tratar Deidara com mais... amor. É, amor. Quem sabe fazer amor com ele ao invés de só foder. Por uma fração de segundos uma mente humana poderia analisar e sentir aquilo tudo. Um sorriso brilhou no rosto de Akasuna Sasori é um brilho enérgico ganhou seus olhos.

—Cedo se percebe o porquê o gênio caçula da Valenza caiu aos pés de uma mulher. Não é uma simples mulher, não sei se pelo cerasuísmo, ou pelos olhos de um esmeralda incomum, ou se pela pureza de alma que transborda pelos poros, há algo singular em você Sakura Haruno. É realmente fantástica. -Disse Sasori com um olhar vidrado nela. Um "vidrado" doente que incomodou Sasuke.

—Infelizmente é verdade meu bem. -Sasori retirou do bolso um lenço de seda, se aproximou de Sakura, ia enxugar suas lágrimas quando sua mão foi segurada com força por Sasuke. Se encararam friamente até que Sasori se afastou.

—Vá logo direto ao ponto o que quer? Sakura é minha esposa, integrante da Valenza e protegida pelos códigos de máfia. Fazer algo a ela, sequestra-la... É o equivalente a permitir que a Tramonto seja massacrada por todas as máfias da região. A Máfia Santorini, dos Uzumaki casam bem com a Valenza, estão isolados. -Disse Sasuke incisivamente encarando os olhos de avelã. Ele voltou a abrir um sorriso amplo.

—Quem feriu os códigos de ética primeiro foi você. Tornou carta branca, um devedor! -Disse o Akasuna.

—O devedor era o pai! Que morreu! Não ela! -Disse Sasuke incisivamente lhe esfregando na cara a verdade absoluta sobre a situação. Sasori riu.