Fragile [Terminada]

O "ás de copas" nos codigos de máfia.

As noites eram sempre mais dolorosas, quando ela se deitava, lembrava-se do pai que havia perdido. Ainda processava o luto. Evitava tomar café da manhã com Sasuke, porque sempre acordava com os olhos inchados demais pelo choro na noite. Diziam que a noite era o momento em que as dores emocionais latejam inevitavelmente caro leitor.

X

O clima fora mais ameno aquele fim de tarde. A noite ganhava os céus. O vívido céu azul claro, ganhara tons escuros, a luz das estrelas brilhavam no céu. Naquele bairro em específico o cheiro de terra molhada e grama aparada eram sempre muito presentes nas brisas. A cortina de seu novo quarto se movimentava graciosamente com o ar que por ali passava. Trajava um vestido bem simples e leve na cor branca. Ia até a parte mais inferior das coxas, a uma palma dos joelhos. Havia um pequeno decote e mangas soltas e elegantes. Passou o dia todo de coque então as madeixas róseas estavam marcadas, o que deixou o seu cabelo ondulado. Optou por pouca base e um batom carmim. Porém, Sakura Haruno ainda andava de um lado para o outro em cima de pequenos saltinhos enquanto Muffin alimentado e escovado andava entre suas pernas, vez ou outra ela se abaixava para acaricia-lo.

No quarto ao lado o jovem Uchiha acabara de colocar um blaser preto. O cheiro de perfume masculino estava impregnado nele, os cabelos negros começavam a secar e estavam perfeitamente alinhados. Colocou novamente um relógio de pulso caríssimo e então se encarou no espelho. Sasuke usava um anel caríssimo no seu dedo com o símbolo da Valenza. Se sentia apresentável. Saiu de seu quarto e logo bateu na porta de madeira ao lado. Pode ouvir Sakura dizer um "entre" baixinho.

Ele abriu a porta do quarto encarando a figura da garota que entrelaçava os dedos nervosamente. Sua reação foi franzir o cenho, não porque ela estivesse feia, era bem o contrário disto. Seus cabelos ondulavam e caiam em seus ombros lhe dando um ar delicado. Seu vestido era branco no estilo cottagecore. Não que ele soubesse o nome daquele estilo caro leitor, mas ele pode perceber que era de um tecido leve que lhe dava um ar de leveza, suavidade. Nunca pensou que os lábios dela fossem ficar mais atraentes para si do que já eram. Os olhos verdes lhe encaravam levemente aflitos.

-Acha que estou muito simples? -Perguntou ela preocupada. Em seus pés haviam sapatos pretos e fechados de salto baixo. Sasuke sorriu gentilmente, tudo o que ela conseguia reparar era sua boca um pouco fina e rosada. Ele caminhou até ela e lhe estendeu a mão. Sakura corou, mas a segurou. Ele a encarou mais uma vez de cima a baixo e soltou o ar dos pulmões com um sorriso, balançou a cabeça negativamente.

-Está deslumbrante Sakura. -Disse ele fazendo-a ficar com uma expressão surpresa por alguns segundos.

-Vamos? -Perguntou ele lhe estendendo o braço para que ela o enlaçasse. Ela sorriu e logo segurou o braço dele.

-Olha, se me odiarem e isso acabar ruim, saiba que eu vou te amaldiçoar como espírito para o resto de sua vida. -Disse Sakura enquanto andavam para fora do quarto. Sasuke riu disto.

-Não se preocupe. Teriam que passar por cima de mim para isto. -Disse ele de forma serena encarando-a. O coração dela pareceu se apertar um pouco no contato com ele. Terminavam de descer as escadas e agora alcançavam o hall. Cruzaram a porta entrando no jardim florido e bem cuidado. A brisa era suave e fresca. O céu noturno estava salpicado por estrelas. Sakura notou a ausência de Watari.

-Não vamos com Watari? -Questionou a moça.

-Non (não). -Disse ele por fim abrindo a porta do carona para ela. A moça adentrou e colocou o cinto. Sasuke entrou no mesmo e o seu perfume invadiu as narinas da moça. Sakura respirou fundo torcendo que a família dele pudesse não odiá-la. Sakura se virou animada para ele enquanto ele dava a partida, mas se conteve ao se lembrar da conversa que tiveram antes. Engoliu em seco, ele estava tão perto. Era tão protetor... Lhe acolhia tanto, mas agora naquelas condições... Ele era tão proibido. Se se casassem ia aceitar a oferta de morar longe em um apartamento. Assim o deixaria livre, sem a tortura constante de estar com ela.