Fragile [Terminada]

Cortisol elevado.

O jovem de pele pálida havia se sujado. Haviam micro respingos de sangue seco no canto de seu rosto. Ele soltou a fumaça com cheiro de menta de sua boca. Encarava friamente o homem amarrado por cordas ao teto. Haviam mais cinco homens deitados no chão, desmaiados.

-Eu vou perguntar mais uma vez... PRA. QUEM.VOCÊ. TRABALHA? -Disse o Uchiha pausadamente. O homem amarrado tremeu temendo sua vida, já estava exausto de tanto apanhar. Mesmo com medo, o homem nada disse. Sasuke respirou fundo e desferiu mais um soco na costela do homem que urrou de dor. Conseguia matar sua empatia nestas horas.

-PARA QUEM? QUEM MANDOU DETONAR A FLORICULTURA DA RUA TAKETOMI? -Disse Sasuke entredentes. O homem já não aguentava mais golpes tão fortes. Cuspiu sangue mais uma vez tornando a controlar a respiração.

-O manda chuva da Tramonto... A-aqui, chama-se Sasori. -O homem buscou ar mais uma vez.

-Sasori Akasuna. É tudo o que eu sei! -Disse o homem trêmulo.

-Ele...  Ele é bem rigoroso com as dívidas... -Disse o homem com custo. Sasuke levou o cigarro a boca mais uma vez.

-Ele tem interesse na garota de cabelos rosa? -Questionou Sasuke por fim como se "esfriasse".

Sua capacidade de ver além e sua inteligência projetavam um cenário, um vislumbre da mente do tal Sasori. O homem ensanguentado e quase desfigurado de olhos azuis balançou positivamente a cabeça tremulamente. Sasuke soltou a corda deixando o rapaz cair no chão. Não o mataria por ter dito o que queria saber, a mafia a qual ele pertencia faria isto. Sasuke pegou o próprio paletó jogado na cadeira.

O homem jogado no chão sacou uma arma, tentou atirar no Uchiha que com uma habilidade surreal lhe tomou a arma. O homem de olhos claros se permitiu cair no chão totalmente exausto. Sasuke havia detido seis mafiosos da gangue rival usando apenas uma arma e suas habilidades de luta. Era por isto que Uchihas estavam no topo da Valenza. Tinham desde cedo um treinamento rigoroso demais. Podiam ser considerados personagens tank como John Wick. Sasuke saiu do enorme depósito úmido deixando para trás seis homens inconscientes, agraciados com golpes estratégicos que os desmaiassem. Tinham sorte de não terem sido mortos. Caminhou até seu carro encontrando o velho Watari. O mais novo entrou dentro do carro.

-Andiamo Watari! A casa! (Para casa). -Disse Sasuke exausto sem sair de sua postura exemplar. Odiava ter que usar suas habilidades.

X

Sakura se encontrava andando apressada pelas ruas da cidade. O pânico andava a atormentando. Depois que o tal Sasuke saiu de casa, lhe deram um smartphone para escolher roupas.

Horas antes:

-Sasuke-sama fez questão que escolhesse suas próprias roupas e que fossem de marcas. Ele é bem exigente. -Sakura sorriu amarelo.

Sentia-se uma concubina em um prostibulo real. Escolheu alguns pares de roupa, os mais baratos de uma loja de grife que a governanta insistiu ter sido ordens do patrão. "Roupas de qualidade". A fizeram escolher alguns sapatos também. Muitas roupas chegaram ao "quarto dela", a governanta teria entendido seus gostos e completado o estoque e aquilo a fez entrar em pânico. Sempre lutara sozinha e mandara no próprio nariz. Ter um homem lhe protegendo ou lhe enchendo de presentes a assustava.

Foi a conta dela se trocar com algo mais "barato" e sair correndo da mansão pela entrada de funcionários. Corria pelas ruas apressada com Muffin em uma coleira improvisada. Decidiu que iria primeiramente ao órgão responsável para emitir novos documentos. Depois iria ao banco retirar suas economias e a imobiliária para alugar um apartamento acessível. Em seguida resolveu que iria contratar alguém para fazer o levantamento do que restara de sua casa. Passara tantas tristezas em casa que não queria mais voltar para lá. Estava decido.