Cap. 69

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 Taehyung desviou o caminho dos meninos, e seguiu por um mais deserto, se afastando da civilização. A curiosidade me possuía, e eu olhava atentamente o caminho. Taehyung sorria abertamente, e parecia ansioso. Quando estacionou o carro, estávamos dentro de uma floresta, e havia uma arvore no meio do caminho, não nos permitindo continuar.

TH: Vamos? - Ele desce do carro, e em questões de segundos estava abrindo a porta pra mim. Seguro sua mão estendida e saio do carro. - Vamos caminhar um pouco. Espero que não se importe. - Concordo com a cabeça e começamos a caminhar.

 Cuidadosamente, passamos por cima da arvore e fomos adentrando mais a floresta. Era possível se ouvir os passarinhos cantando e alguns galhos quebrando abaixo de nossos pés. O caminhada não foi longa, mas demorada por andarmos devagar e por admirar as arvores velhas ao nosso redor.  Quando paramos de caminhar foi quando chegamos a uma área aberta, sem arvores, coberta de grama verde e algumas flores, e talvez, mais a frente houvesse um lago. Fui incentivada a andar mais a frente, sendo guiada por Tae. Então, eu entendi assim que vi um pano estendido no chão e uma sesta ao lado, que aquilo era um piquenique. Meu olhar de surpresa arrancou risadas do meu acompanhante. Quando ele ou os meninos teriam feito isso, afinal, ficamos grande parte do tempo juntos. 

TH: Esse é nosso primeiro encontro, de muitos. - Ele me abraça minha cintura por tras e beija meu pescoço. Me viro pra ele passando os braços ao redor de seu pescoço.

S/N: De muitos, é? Onde vai me levar nos outros? - Olho pros seus olhos e depois para seus lábios.

TH: Se eu contar não vai ser surpresa. 

S/N: Até lá eu vou esquecer. 

TH: Sei que não vai. - Ele junta nossos lábios em um beijo calmo e apaixonado, mas logo separa, terminando com selinhos. - Vem, vamos sentar. - Solto  seu pescoço e nos sentamos perto um do outro. Ele pega a sesta e espalhas algumas coisas pelo pano.

S/N: Então. - Começo e ele me olha rapidamente, antes de voltar aa atenção para a cesta. - O que te fez pensar em encontros? - Ele fica quieto por um tempo antes de  responder

TH: Fazíamos isso quando estávamos juntos antigamente, e achei que talvez quisesse sair em encontros e ter momentos nossos, sem os meninos. - Concordo com a cabeça.

S/N: Saimos muito antigamente? 

TH: Dois finais de semana por mês. Nos outros ficávamos em casa e aproveitávamos um ao outro. Oe então saiamos com nossos amigos. - Ele me olha sorrindo, e  aparentemente animado.

S/N: Você acha  que eu vou lembrar das minhas vidas passadas? - Ele faz uma cara de pensativo antes de levantar os ombros.

TH: Acho difícil. Mas não é importante, já que agora estamos juntos, e podemos começar novas memorias pra você, e se quiser saber algo sobre o passado pode me pedir. - Ele se aproxima de mim, inclinando um pouco seu corpo sobre o meu. - E tem muitas coisas que eu posso te mostrar. - Seu tom de voz era sexy, e quando achei, por um momento que ia  ser beijada, uma uva foi colocada em minha boca.  - Come. - Ele sorriu brincalhão antes de se afastar. 

Comi a uva em minha boca, e passei a comer algumas coisas que havia ali. Conversamos sobre diferentes assuntos no decorrer do tempo. Ora era sobre o baile que estava se aproximando, ora era sobre mim, sobre os meninos, sobre ele. Eu gostava de ouvi-lo falar sobre si, um ser imortal, e segundo ele, um monstro assassino, alguém que já viu milhares de coisas,  alguém que já arriscou a propria vida sem temer a morte; essa é uma frase bastante... como posso dizer?... engraçada. Eu sabia que tinha uma "pequena" insegurança quanto a mim, sabia que eu corria perigo, e se ele se afastasse, eu poderia morrer na mão e outros vampiros, mas, acima de tudo, ele temia matar-me novamente. Temia que ele mesmo acabasse com minha vida novamente, sabia que os meninos me protegeriam, mas ainda assim, temia estar sozinho comigo e não controlar sua sede por sangue.

TH: É tentador, ainda mais porque já o provei. - Ele abaixa a cabeça. - Mas penso em como sofremos, eu e você. Eu sofri por ter te matado, te ver morrer, te ver na mão de outros homens. E você sofreu estando na mão de outros homens, sofreu vivendo com eles, e eu me culpo por te fazer sofrer. - Seu semblante era triste. Toquei seu braço com o coração apertado.

S/N: Tae, você nunca me fez sofrer. A culpa não é sua. - aperto levemente seu braço.

TH: Eu to tornei assim. - Ele me olha. - Eu te fiz reviver. - Ele se aproxima de mim e segura meu rosto. - E eu poço resolver isso. - Ele levanta minha cabeça e fecho os olhos quando um ar entra em contato com meu pescoço, e em seguida, sua boca. Espero por algo, de olhos fechados, apertando sua camisa. Ele deposita beijos em mim, e abro os olho, vendo o céu azul. - Mas não vou. - Ele fala, raspando os labios contra meu pescoço por causa de sua proximidade. Ele afasta o rosto do meu pescoço e abaixa minha cabeça, deixando na direçao do seu rosto e junta nossos labios. Não passou de um selinho demorado até ele se afastar e soltar meu rosto. - Tanho algo pra você. - Ele sorri.

S/N: Tem? - Ele levanta.

TH: Espere aqui. - Ele sai rapidamente em direção à floresta. Olho pro um tempo esperando ele voltar, mas volto minha atenção para a comida.

S/N: Kim, Kim. - Falo pra mim mesma. - Você é um pecado. - Nego com a cabeça. - Eu vou tentar faze-lo se ver como realmente é, o problema é saber como. - Olho pra direção que Tae foi, e ainda não havia sinal dele. - Pego uma uva, coloco na boa e levanto, indo pra perto do lago que havia ali. Me abaixo e brinco com a água. Ouço barulhos e me viro pra trás, vendo Tae caminhando calmamente em minha direção, com as mãos pra trás segurando algo. Vou mais perto dele, inclinando a cabeça pra tentar ver atrás.

TH: Ei! - Ele ri e esconde mais.

S/N: O que tem ai atrás? - Pergunto curiosa.

TH: Quer mesmo saber?

S/N: É a minha surpresa. - Ele ri e trás as mãos pra frente, revelando para mim, o que segurava.

The Vampire - KTHOnde histórias criam vida. Descubra agora