The Vampire - KTH

Capítulo 3 - 2ºTEMP.

TH: Eu e os meninos estávamos conversando sobre nos mudarmos. - Ele me olha de relance enquanto fala. Durante todo o caminho analiso seus movimentos, admiro sua concentração, então é claro que fico o encarando o tempo todo.

S/N: Aconteceu algo? Tem alguma coisa errada?

TH: Não há nada de errado. Eles apenas acham que devíamos ir para outra casa. Uma maior.

S/N: Maior? Mas a gente ja mora numa mansão. - Ri. - Não sei quão maior eles querem.

TH: Bom, de fato moramos numa casa bem grande. - Ele concorda com a cabeça enquanto olha para estrada. - Mas os meninos estão pensando em ampliar algumas coisas, alguns comodos novos e tudo mais. Ainda vai ser num lugar reservado, claro, mas em um terreno maior. - Coloco minha mão sobre a dele brinco com ela por um momento

S/N: Eu acho que é uma decisão mútua, eu não posso negar e fazer birra. Gosto de onde moramos e vou sentir saudades de lá, mas se for melhor nos mudarmos, por mim tudo bem, desde que todos nós sejamos felizes. - Olho para ele. - Gosto de morar com os meninos, então por mim, independente da casa, vou ficar feliz. - Ele contrai os lábios e percebo que faltava algo em sua fala. Por alguns momentos ninguém fala e percebo que ha algo errado. - Tae? - Ele faz uma curva antes de respirar fundo e começar a falar

TH: Bom, é que não morariamos junto. - Ele me olha.

S/N: Ah. - Fico sem reação e olho para a estrada. Estou tão acostumada a morar com os meninos, com o Tae. Não morariamos juntos? Depois de tudo, eu vou morar sozinha de novo.

TH: Não é isso. - Olho pra ele, como sempre, ele lendo meus pensamentos. - Eu e você morariamos juntos, sim. - Ele segura minha mão. - Eu prometi nunca abandonar você, lembra? - Sorri fraco e concordo com a cabeça.

S/N: Então não morariamos com os meninos? - Ele nega com a cabeça.

TH: Eu e você nos mudamos. Na verdade, os meninos também vão se mudar. Seriam nossos vizinhos. E nós dois teríamos nossa casa. - Ele me encara por um tempo antes de voltar o olhar para a rua novamente. - Claro, só se você quiser. Sabe que eu e os meninos nunca decidiriamos nada sem você. É uma de nós.

S/N: É por minha causa? Eles não gostam que eu more com vocês? - Tae nega com a cabeça e estaciona o carro. Olho ao redor e vejo que há vários restaurantes diferentes, um ao lado do outro, e todos parecem ser chiques e estarem lotados.

TH: Não é isso. É mais para nós, entende? Para ter nossa privacidade, nossos momentos, nosso lar, e bom, você sabe, vampiros ouvem muito bem. - Ele olha pra mim. - Vamos todos ser vizinhos e um dia a família vai crescer. Os meninos vão começar a namorar, vão querer casar e vão querer privacidade. E eu também quero poder ter noites só nossa. Em nossa casa, nossa cama, nossas sessões de filme, sem nos preocupar se os outros ouvem ou não - Concordo com a cabeça. Uma casa só nossa? Nunca tinha imaginado nós dois e uma casa nossa. Sorri para ele.

S/N: Tudo bem. Acho que talvez seja melhor assim. Por nós, e pelos meninos também. - Ele se aproxima e me da um selinho, quando se afasta, percebo que já destravou o meu cinto. Olho pros restaurantes do lado de fora. - E então? Em qual vamos? - Ele desce do carro e abre a porta pra mim, estendendo sua mão para me ajudar a levantar.

TH: Vamos nesse. - Ele aponta pra frente. Observo o restaurante com fachada branca e dourada. - Sempre quis vir nesse, e agora tenho a chance de te trazer aqui. - Segurso seu braço e começamos a caminhar. O restaurante parece ser chique, então tento não torcer o pé com esse salto.

Andamos devagar até o resturante, e assim que chegamos a porta, um senhor abriu pra nós e nos desejou boa noite. Logo na entrada uma mulher ficava atras de um balcão, pronta para receber os clientes e conferir a reserva. Assim que entramos, ela levanta a cabeça e abre um grande sorriso. Usava uma blusa e um saia preta, um coque perfeitamente feito, parecido com aqueles de bailarinas. E um cracha no peito do lado esquerdo indicava seu nome. "Amélia".

Amélia: Possuem reserva? - Pediu gentilmente.

TH: No nome de Kim Taehyung. - Ela concorda com a cabeça enquanto procura o nome de Tae. Brinco com sua mão e assim que sinto a aliança de namoro em seu dedo, passo a brincar com ela.

Amélia: Por favor senhor Kim, me acompanhem. - Seguimos ela até uma mesa reservada mais ao fundo do lugar.

O lugar estava cheio, havia poucas mesas livres. Alguns estavam comendo, outros esperando. Muitos dos clientes eram casais ou pessoas com suas famílias. Observo discretamente alguns pratos que estavam sendo servidos. Esse lugar deve ser caro. As luzes do lugar eram fracas, amarelas, davam um ar de aconchegancia ao local. Havia vidros na parede do fundo, e através dele era possivel ver o mar que se encontrava adiante. Cobogós era usado como divisória de alguns ambientes, como por exemplo, o acesso aos banheiros. O local tinha um cheiro tão bom, que mesmo que eu não estivesse com fome, fiquei em questão de segundos. Assim que chegamos na nossa mesa, Amélia, a recepcionista se curvou e Tae Agradeceu a ela pelo serviço.

Amélia: Logo virão atende-los. - Ela sorriu gentilmente e saiu.

Antes de eu pudesse puxar a cadeira para eu sentar, Tae segurou minha mão e fez isso por mim. Puxou a cadeira para que eu sentasse, segurou minha mão, me ajudou a sentar e empurrou a cadeira para frente, me deixando mais perto da mesa. Ajeitei meu vestido enquanto Tae se sentava em minha frente. Seus olhos não saiam de mim em momento nenhum. Assim que ele sentou, ajeitou o blazer e olhou o relógio no pulso e em seguida direcionou seu olhar a mim novamente.

TH: Bonito o lugar aqui né? - Ele sorri olhando ao redor.

S/N: É muito bonito e aconchegante também. Tem uma linda visão do mar e da ponte sobre ele. - Olho pra fora por um tempo, mas volto a olha-lo. - Mas parece caro. - Ele nega com a cabeça.

TH: Não se preocupa com isso. - Logo um garçom tras o cardapio de comidas e bebidas. - Obrigado. - O homem se distancia, indo atender outros clientes. -Você sabe que dinheiro não é problema, e talvez nunca seja.