The Vampire - KTH

Cap. 3

Estou eu no velório com Mark e Jack do meu lado. Todos do bairro em que eu moro vieram me dar os pêsames e se despedir dos meus pais.

Meus pais tinham muitos amigos, o local estava com metade cheio, mais ou menos. Todos que chegavam, iam nos meus pais e em seguida vinham até mim, me abraçar. Eu não conseguia mais chorar depois de fazer isso a noite toda. É incrivelmente estranho ficar sozinha em casa. Nunca me imaginei sem eles.

Os pais de mark entram pela porta, vão até meus pais e depois vieram até mim e me abraçaram.

MM: Sentimos muito, querida. Seus pais eram grandes amigos nossos. - Ela arruma meu cabelo. - Sabe que pode ir la em casa sempre que precisar de algo. Estamos com você. - Ela beija minha testa e sai de perto, indo se sentar em algum dos bancos que havia no local.

Jack me trás um café e tenta me animar um pouco, e estava conseguindo até. Enquanto bebo meu café, todos ouvimos um barulho na porta, chamando a atenção de todos, e alguns homens entram usando terno. Quem são eles? Eles andam até mim e então eu os reconheço, porém não consigo lembrar seus nomes, ou talvez eu não saiba. Enquanto andam até mim, as pessoas começam a murmurar. Os homens, sete no total, param na minha frente. Arregalo os olhos após reconhecer o sorriso de alguém que não via a muitos anos.

JN: Lembra de nós? Seus vizinhos. Não conversamos muito, eu sei. Mas viemos aqui te ver. Ver como você está.

Eles ainda eram meus vizinhos, porém, raramente os via fora da casa. Geralmente eles saiam quando o sol já se pôs. Mas faz anos que eles moram la... eles não deveriam envelhecer como todos? Eles ainda parecem ter a minha idade. Eles deviam ser... velhos, e ter cabelos brancos, e alguma coisa assim, mas eles continuam jovens. E é por isso que todos começaram a falar deles quando entraram.

JH: Acho que ela não lembra. Eu sou Hoseok, ou Hope, tanto faz. - Ele sorri e me abraça.

Cada um se apresenta, mas um garoto, que tinha seus cabelos compridinhos e leve mente ondulado, me chama a atenção. Esse rosto... Eu via esse rosto toda a noite antes de dormir. Mas ele não tinha cabelo ondulado, nem tão grande. Talvez seja só impressão. Percebo que estamos encarando um ao outro, e os demais meninos olhando pra gente. Quebramos tal contato olhando pro lado com vergonha, eu acho, pelo menos da minha parte sim.

RM: Bom, pode contar com a gente pra qualquer coisa. Estamos sempre em casa. - Ele sorri e bota a mão no meu ombro. Apenas fiz sim com a cabeça. - Vamos ficar aqui com você, pros seus amigos poderem descansar um pouco. - Ele olha pro Mark e pro Jack e faço o mesmo, ambos estão olhando pra mim, concordei com a cabeça novamente, eles sorriram e saíram de lá.

Me sinto culpada, fiz eles ficarem o tempo todo comigo e arrumarem todo o velório. Começo a me sentir desconfortável, com 7 rapazes bonitos me olhando. Algumas pessoas presentes no local ficam olhando também. Eles olham ao redor vendo as pessoas que estavam os encarando, fazendo-as olhar pra qualquer outro lugar que não seja eles.

JM: Você já comeu algo? - Olho pra ele. Ele tem os cabelos azuis escuro e sua boca é cheinha e rosada. Ele é bonito e fofo, e é um dos mais baixinhos. Ele levanta uma sobrancelha e ri, sua risada é fofa também e seu sorriso... Que fofo! Ele fecha os olhos quando ri. - Terra chamando S/N. - Pisco e coço minha bochecha

S/N: Não, não. Não comi. - Evito olhar pra ele. Eu fiquei encarando ele na cara dura, meu Deus que vergonha.

JM: Vou comprar algo pra você então. - Ele bagunça meus cabelos e, antes que ele possa sair, eu seguro sua mão. Ela esta fria. Será que ele ta com frio? Ele olha pra mim e solta minha mão da sua rápido e coça a nuca sorrindo. - Quer alguma coisa especifica?

S/N: Ahn... Não. - Pego minha bolsa e estendo dinheiro pra ele. - Aqui, não quero usar seu dinheiro. - Ele sorri bota de volta na minha carteira.

JM: Não precisa. Outra hora você me paga. Tenho certeza que precisa desse dinheiro mais que eu agora. - Ele sai e eu fico o olhando.

Sinto alguém me abraçar por trás, olho pra baixo e vejo duas mãos grandes me rodeando, mas não consigo me virar, não era ele que me empedia, er algo maior, eu não conseguia mover um musculo. Eu estava como uma pedra.

XX: Acho que você devia ir no banheiro, chorar. Mas sei que quer mas não consegue. - A voz do homem me abraçando é rouca e grossa, e me causa arrepios, principalmente por que ele esta sussurrando no meu ouvido. - Queria contar tudo pra você, mas infelizmente não posso. Não é a hora de você saber ainda. - Ele me aperta e eu faço um barulhinho. - Eu sinto muito pelos seus pais, prometo que não vou deixar você perde-los de novo, nem ninguem que ama. - Perder de novo? Finalmente consigo.me mexer. Viro pra trás mas não tem ninguém la. Olho ao redor e estão todos conversando pra passar o tempo.

Vou até os meninos, que estão conversando, e sento com eles. Logo Jimin chega, senta na minha frente e me da a comida. Como um pouco e sinto uma mão na minha cabeça fazendo cafuné em mim. Olho pro lado e vejo o garoto de cabelos ondulados, vulgo Taehyung. Ele sorri e fico encarando ele. Como pode ele ser tão lindo? Um sentimento de conhecer ele cresce em mim. Eu conheço ele, mas não me lembro de onde...

Ele pega a comida e bota na minha boca e eu comi ainda olhando pra ele. Ele repete esse movimento varias vezes, até que percebo e pego dele e como sozinha, mas ele continua com o cafuné que me faz querer dormir. Termino de comer e Jin pega as coisas e leva pro lixo. O tempo todo os meninos estavam conversando e eu não ouvi por que me perdi encarando Tae. Mesmo depois de comer, ele continua com o cafuné e eu não faço nada pra impedir, afinal já estou quase dormindo.

Não sei quando dormi, mas acordo com Mark cutucando minha bochecha, falando pra eu levantar. Olho pra ele meio sonolenta ainda sentindo o cafuné em minha cabeça. Arregalo os olhos e olho pro Tae e vejo que dormi escorada nele, sentei direito e pego o casaco que estava me cobrindo pra me aquecer e vejo que é do Jungkook, já que ele estava apenas com uma camiseta social branca. Levanto ajeitando meu cabelo.

S/N: Desculpa, acabei dormindo. - Fiz reverencia e ele sorriu, e novamente estava eu a encarar ele, encantada com sua beleza.

TH: Não faz mal. - Ele levanta e arruma meu cabelo melhor. - Você estava cansada. Pronto. -Ele tira as mãos da minha cabeça e sai dali, indo até os outros, e eu fico olhando todos seus movimentos se afastando de mim.