Leal. (Morro)

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Henrique. 😈

Satisfação, Henrique Souza. Vulgo Diabo. 26 anos nas costas com uma responsa de um morro.

Eu tô no tráfico desde que me entendo como gente. Comecei pela luxúria, saca?

Acabei não conseguindo sair mais, quando dei por mim, já era o assassino mais perigoso do Brasil, se deixar até do mundo.

Meu vulgo se tornou Diabo depois de eu ter feito uma chacina e não ter esboçado nenhuma emoção. Matei todos os chefes do terceiro. Acabei tomando várias favelas.

Parecia que não, mas eu fiquei assustado, surtando por dentro até conhecer a Aline.

Mina purona, fechou comigo, me ajudou, tinha esperança de eu ser alguém bom no final. Mas quem disse que eu tentava?

Eu gostava dela, não ficava com outras negas maior cota já. Tinha um carinho imenso, maior cuidado por isso me afastava.

Eu tentava ficar dias fora, tentava chegar drogado, ficava na merda na esperança dela me deixar, se cansar mas não.. Ela se manteve ali, quando no primeiro vacilo eu já teria botado pra foder.

Rolou um boato que eu tava com uma nega, ela surtou. Nós não tinha nada sério, mas não tinha nada aberto.

E eu não tava com ninguém, mas nao neguei. Felipe pesou minha mente, dizia que eu não podia deixar ela escapar. Mas se eu não deixasse ela ir, ela ia me odiar futuramente por coisas que iria passar.

Fiquei lembrando da nossa discussão a tarde toda enquanto acendia um baseado e tragava.

Flashback. 🤙🏼

Aline: Olha nos meus olhos, Henrique. Me diz que você não ficou com ela, me diz que você não preferiu destruir tudo. — Disse gritando e ao mesmo tempo quase sem voz. — Me diz que isso é mais uma mentira, por favor.

- Eu não vou negar a verdade, cara. É isso tudo que você ouviu. - Desviei o olhar dela.

Aline: Você ta mentindo. Me encara, Henrique, encara e diz o que você fez, diz que é verdade, assume me encarando. — Deu um porradão nos meus peitos.

Apenas encarei ela, mudando meu semblante pra ódio.

- Você quer que eu minta? Bota fé, eu fiquei com outra. Não tenta se enganar com quem eu sou, eu nunca fui bom, Aline.

Aline: Você é bom, comigo. Você é outra pessoa perto de mim. Não diz que você jogou tudo fora por um momento, todos esses anos. — Abaixou a cabeça, quase sussurrando. — Meu amor não foi o suficiente.

Me encarou e eu desviei o olhar, levantando e saindo.

Mas ela segurou minha mão.

Aline: Só me diz, por quê? A troco de que?

- Ela não corre risco de morrer por minha culpa. E se ela morrer ao invés de você, eu não vou sentir.

Tentei novamente sair, mas a nega não me deixou. E dali começou uma discussão e ela notou toda a mentira que eu não tinha ficado com ninguém.