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| Aline. 🥀 |

Meu mundo parecia desabar, uma vontade imensa de chorar invadiu meu peito e eu só conseguia negar que aquilo estava acontecendo.

Eu sei que eu também estou errada em proibir ele de ver a Clara, entendo o quanto isso tudo pode afetar a relação deles, mas eu não posso evitar de querer proteger ela a todo custo. De tudo e de todos.

Eu não tive ela, eu não acompanhei todos os meses de vida dela, eu só fiquei uma pequena parte com ela, e mesmo assim eu me sinto como se fosse um laço de mãe e filha.

Parece que ela foi feita pra mim, por mim.

Não dá simplesmente pra aceitar isso assim e depois tentar resolver. Não posso, não vou!

Aline: Ninguém vai se acalmar aqui, todos nós estamos calmos. — Falei controlando a respiração. — Você não pode levar ela de mim, Henrique. Eu tô apegada a essa menina num nível que você não tem ideia.

Diabo: E eu não posso ficar apegado à ela? Não posso ter meus momentos com, MINHA FILHA? — Negou com a cabeça. — Na moral...

Aline: Eu não acho seguro, Henrique. Se rola uma invasão, o que tu faz? Por onde você sai? Com quem você deixa ela?

Diabo: Tu acha que eu sou maluco ao ponto de largar minha filha numa trocação? Porra, eu não tô comendo merda não, Aline. Minha filha vem em primeiro de tudo. — Passou a mão no rosto negando. — Tu quer sempre decidir pelos outros a parada que é certa e errada, tu não é a dona da razão.

Aline: E quando eu disse que era? Eu só não confio! — Bati o pé e cruzei os braços.

Diabo: Eu podia não confiar em tu também, tu pode muito bem ser uma mercenária e eu não peguei a visão. — Cruzou os braços me encarando.

Aline: Tá desconfiando de mim?

Diabo: Tu desconfia do meu cuidado com minha cria.

Aline: É diferente! Você vive em constante risco, quer colocar sua filha em risco também? Pensa, Henrique. Você não é burro, mas tá agindo como idiota. Seu morro tá sob ameaça de invasão, ninguém sabe quantos vão vir, quem vai estar com a polícia, quer arriscar? Quer dar esse gostinho deles terem possibilidades de levar ela? Então pega as coisas dela e leva, só não diz que eu não avisei!

Diabo: Se liga quero dar gostinho nenhum pra ninguém não, pô. Só quero meus momentos com a Clara, tendeu? — Concordei. — Bora facilitar, ver a melhor forma então, quero que ela cresça perto de mim, tendo um pai presente pô.

Aline: Aqui quase não rola invasão, é bem mais tranquilo também. Você pode vir sempre, deixar o Peixoto no comando por uns dias, ele não é de confiança? — Ele assentiu. — Então.. Deixa ele durante essa semana lá e fica um tempo aqui com ela. Leva num parquinho, dá uma volta, sei lá.

Dantes: É a melhor solução num momento, cara. — Colocou a mão no ombro dele.

Beatriz: Não precisa decidir agora, irmão. Vai no seu tempo, mas aqui é quase impossível deles invadirem. Só com mandato e o Dantes suborna direto o juiz, então quase impossível. Fora que a segurança é mil vezes mais reforçada por conta da sua filha.

Diabo: Se arruma, bora sair com ela. — Me encarou.

Aline: Agora? — Assentiu. — Tá frio, Henrique. E é de noite.

Diabo: Agasalha bem ela, mas bora. Bagulho diferente pra vocês duas.

Concordei subindo e indo me arrumar.

Coloquei água morna na banheira indo colocar a Clara e dando banho nela.

Aproveitei e tomei um banho junto com ela.

Clara: Mã..mã — Balbuciou as primeiras palavras.

Eu fiquei como? Explodindo, dei um grito de alegria cara!!!!

Não demorou muito pra abrirem a porta, ou melhor, arrombarem a porta.

Beatriz: O que foi isso? — Colocou a mão no peito, respirando fundo.

Aline: A Clara, falou as primeiras palavras, ela falou "mamã". Tô morrendo aqui, amiga!!! — Beijei a bochecha dela.

Henrique ficou me encarando e negou com a cabeça, saindo dali e a Bea indo atrás.

[...]

Terminei de me arrumar e fazer uma bolsa com roupas e fraldas da Clara, colocando só duas peças de roupa minha.

Coloquei meia, casaco, calça, luva e touca na coitada. Mas estava muito frio cara, ia deixar ela pegar uma gripe não.

Os seguranças vieram pegar as duas bolsas e eu fui esquentar três mamadeiras e colocar numa bolsinha térmica para manter quente.

Não sei para onde iremos e nem que horas iremos voltar, então já deixei tudo pronto. Caso ela sinta fome vai estar pelo menos morna.

Fui guardando as coisas e pegando ela no colo, indo em direção à sala.

Aline: VG leva essa bolsa pro carro? Cuidado que é a mamadeira dela, coloca na mala não.

Ele concordou e foi levando.

Diabo: Dá ela aqui. — foi pegando a Clara do meu colo e eu revirei os olhos. — Bora?

Concordei e fui seguindo ele até o carro, onde ele me entregou ela e entrou para dirigir.

Clara amava umas músicas da Xuxa, dormia muito fácil com elas. Já colocamos baixinho e eu fui ninando ela enquanto íamos para algum lugar.

[...] Horas após.

Já estávamos à horas na estrada, tudo deserto. Devia ser umas 2h da manhã por aí.  Completamente cansada de ficar sentada, fiquei toda dormente.

Estava um silêncio, sabe? Os seguranças um pouco afastados do carro, mas próximos ao mesmo tempo.

O silêncio estava me dando muito sono, na moralzinha. Quase capotando ali quando ouvi ele falar algo.

Diabo: Tá lindona tu, pô. — Me encarou sorrindo de lado e logo voltou a atenção pra pista.

Aline: Obrigada! — Sorri simpática.

Não estava com muito assunto não, sabe? Sei que quando ele vem assim, alguma coisa quer.

E depois dele tentar tirar a Clara de mim, eu já estranho logo! Gosto disso não!

Leal. (Morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora