Leal. (Morro)

28.

Aline.

Eram dias horríveis sem a minha princesa. Eu me sentia uma inútil por não conseguir ter protegido ela.

Era cansativo ver isso. Os meninos nunca paravam em casa, mal comiam e sempre estavam virando a noite e se drogando.

Hoje eu tinha descansado um pouco mais e decidi ir ao mercado comprar algumas coisas, meu rosto estava péssimo.

Enviei mensagens para os meninos e para a Bea, avisando que não teriam opção e que iriam almoçar lá em casa.

Fui ao mercado e comprei tudo o que eu precisava para a lasanha, comprei duas Cocas geladas e uma torta na padaria.

Não tínhamos muito ânimo, mas se não fizéssemos mais nada iriamos todos definhar e quem fez isso, quer exatamente nos ver assim, extremamente mal.

Voltei para a casa do Henrique e comecei a preparar as coisas, iria fazer uma lasanha a bolonhesa e comecei preparando a carne moída e fui montando a mesma.

Quando terminei preparei o arroz e coloquei a mesma assando no forno.

Senti um enjoo de repente e corri pro banheiro mais próximo, onde comecei a colocar tudo para fora.

Entrei em completo desespero e me sentei no chão frio do banheiro, me encolhendo e chorando.

Não podia estar acontecendo, não agora.

Comecei a me desesperar e senti uma crise de ansiedade me invadir.

Meu peito ardia cada vez que eu tentava buscar ar, eu tô fodida se estiver realmente.

Preciso fazer um teste. Urgente.

Esse era um completo momento de guerra entre a família do Henrique, eu não podia arriscar estar grávida. Não agora, iria atrapalhar tudo.

Me recompus e lavei meu rosto, escovando meus dentes em seguida.

Desci e fui até a entrada da casa e pedi a um vapor que comprasse alguns testes pra mim, entreguei o dinheiro e entrei.

Enquanto esperava o vapor chegar com os testes, eu andava de um lado para o outro. Nervosa.

O som do despertador ecoou, sinalizando que a lasanha já poderia ser retirada do forno.

Desliguei o mesmo, mantendo ela dentro do forno para continuar quente enquanto não chegavam os meninos