10. | CAPÍTULO 10

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O sol estava quase se pondo quando então decidimos ir ao parque de diversões no píer. Fomos até o carro, vestimos nossas roupas por cima do biquíni e então fomos até o parque.

Compramos fichas para todos os brinquedos. Mike e Hunter estavam tão ansiosos para os jogos de tiro que foram logo após comprarmos as fichas. Eles disputaram com algumas outras pessoas e ganharam algumas partidas. No resto da noite, andamos de montanha-russa, túnel do terror, carrinho-choque e por último a roda gigante. Em uma das cabines fomos eu, Tyler e Mike. E na outra Kate e Hunter. Era hora de pagar a aposta.

A vista lá de cima era ainda mais linda que a vista do apartamento, o dia estava terminando, a temperatura quente ainda era agradável e havia um vento gelado que fazia meus cabelos voarem. O céu coloria um degrade do laranja ao azul que encantava meus olhos.

Quando todos nos encontramos novamente, Mike propôs de irmos jantar em algum lugar próximo.

- Eu acho uma ótima ideia. Podemos ir àquele restaurante que sempre vamos, você lembra Mike, o Neil's? - Falou Kate.

- Eu encontro vocês em casa depois, tudo bem? Tô com um pouco de dor de cabeça e preciso dormir um pouco. Mas vejo vocês mais tarde. – Tyler respondeu de imediato.

Notei que Kate pretendia intervir no assunto, mas apenas segurei seu braço discretamente e respondi:

- Tudo bem. Se precisar de alguma coisa, nos avise. É só nos ligar.

Ele agradeceu, se despediu e foi embora.

Fomos ao Neil's, um pequeno restaurante próximo ao píer. Sentamos em uma mesa ao lado externo, a brisa da praia chegava até nós. Conseguimos enxergar dali a rua iluminada, a praia e o parque no píer colorido com as luzes dos brinquedos. A iluminação do local era muito aconchegante, com aquelas pequenas luzes amarelas de quintal. Bem no fundo, havia uma música em som ambiente que deixava o lugar ainda mais acolhedor.

Sem nenhuma intenção, parecia que havíamos saído em um programa combinado de casais. Imagino que fosse isso que as outras pessoas que frequentavam o local pensavam olhando pra nós. Mike estava sentado ao meu lado e algumas vezes durante a noite ele descansou o braço no encosto da minha cadeira, por trás das minhas costas. Ele se aproximava de mim uma vez ou outra, me olhava com atenção, sem nenhuma distração enquanto eu falava sobre qualquer coisa. Eu odiava pensar assim, me sentia burra, acreditando que aquele olhar ou a forma com que ele lidava comigo me fazia ser alguém especial, mas de certa forma, era o que ele demonstrava nesses momentos. Ele me olhava e prestava atenção em cada palavra minha, como se fosse a coisa mais importante que ele queria ouvir. Naquela noite, não lembro de nenhuma vez que Mike mexeu no celular ao meu lado ou tocou no nome de qualquer outra menina da enorme lista de opções de Mike Keneddy. Por aquele breve momento, era como se só existisse eu.

Nosso dia havia sido muito bom, mas cheguei no apartamento cansada e tudo que eu queria se baseava em um banho morno, meu pijama e uma noite tranquila de sono. Assim que saí do banheiro e entrei no quarto, vi Mike sentado na cama.

- Espero que não se incomode de eu ficar aqui, mas a Kate e seu irmão estavam me deixando na maior vela na sala, e eu ia dormir no sofá.

- Vela? Mas o que? Já? – falei, assustada com a ideia. Não que eu não imaginasse que pudesse acontecer, mas ainda era uma informação nova. Segundos depois dei risada da situação.

- Não sei se já, mas acho que sim. Estavam se abraçando, botaram um filme e eu não ia ficar lá empatando foda. - Ele fez uma cara engraçada, como se sentisse nojo da situação, o que me fez rir mais.

- Você não deve estar muito acostumado a segurar velas mesmo, não é Mike?! - falei enquanto começa ajeitar o resto das minhas roupas na mochila. Logo fui até a cama onde ele estava sentado e me sentei ao seu lado.

DE REPENTE LOS ANGELESOnde histórias criam vida. Descubra agora