20. | CAPÍTULO 20

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Assim que entramos no quarto dele e trancamos a porta, Mike organizou as coisas e me deu a mesma roupa que usei da outra vez para dormir.

- Essa já é sua.

Eu sorri, peguei a roupa e comecei a me trocar. Mike sentou-se na cama e ficou me olhando. Vesti a camisa grande e larga que ele me deu, sentia o cheiro dele em mim. Puxei minha calça para baixo e fui tirando. Quando minhas pernas ficaram à mostra, Mike me puxou com cuidado para o meio de suas pernas. Ele passou as mãos por minha perna e foi subindo, seus dedos passeavam pela minha pele que se arrepiava a cada segundo.

- Você é tão linda. Tão gostosa.

Eu fiquei olhando pra ele sem esconder o sorriso dos lábios. Ouvir ele falando isso era como música pros meus ouvidos. Eu aproximei meu rosto dele e o beijei. Sentia os lábios quentes de Mike beijar o meu com vontade, era como se o mundo fosse acabar em segundos e esse beijo seria o último de nossas vidas. Era sempre assim com ele.

Eu fui inclinando meu corpo por cima dele, fazendo com que ele se deitasse na cama. Ajeitei meu corpo por cima do seu, sentando no seu colo e deixando minhas pernas ajoelhadas na lateral do corpo dele. Meus cabelos caíam sobre seu rosto, e ele os afastava com cuidado e carinho enquanto me beijava.

As mãos de Mike foram passando do meu pescoço para as minhas costas e senti ele puxando a camisa que eu vestia pra cima, até que sentisse a pele das minhas costas. Passava a ponta dos seus dedos sobre minha pele, e foi descendo até encontrar minha calcinha. Ele então passou suas mãos pela minha bunda e a segurou com firmeza, no mesmo momento, mordeu meu lábio e eu suspirei.

- Eu tava morrendo de saudade disso. - sussurrei.

Ele sorriu e voltou a me beijar com mais vontade. Eu mexia meu corpo por cima do dele, já nem tínhamos como ficar mais próximos e nossos corpos ficarem mais colados. Mike então colocou minha calcinha pro lado e senti dois de seus dedos penetrarem em mim. Eu nunca havia feito isso com nenhuma pessoa, mas esses momentos com Mike eram muito além do que eu podia explicar. Era um dos motivos que me fazia gostar tanto dele. Agora, entre quatro paredes, totalmente entregues, era somente eu e ele, um pelo outro. Tinha tanta química, uma conexão tão forte. Meu corpo implorava pelo o dele e o dele pelo meu. O desejo era quase palpável, no toque, no beijo, na troca que tínhamos. Ninguém nunca entenderia. Eu sabia que eu não teria isso com outro alguém, e que ele também não.

Quando me dei conta, horas depois, estávamos deitados atravessados na cama, ainda pelados e abraçados. Mike estava de barriga pra cima e eu deitada em seu peito. Ele fazia carinho no meu rosto com a ponta dos dedos enquanto olhava pra mim. Eu sabia, não havia outro lugar que eu quisesse estar se não ali, nos braços dele.

- É sempre diferente com você, Ame. Espero que um dia você confie no que eu te digo.

Nessas horas era fácil confiar. Não havia ninguém além de nós.

- Eu sei, Mike. Estamos vivendo a mesma coisa. Eu vou confiar em você, você vai me provar.

- Eu quero tentar. Mais do que nunca. - ele disse e me deu um selinho. 

Eu não sabia mais o que dizer, queria apenas eternizar esse momento pra que a gente pudesse viver sempre assim. Se fossemos apenas nós dois, sem outras garotas, outros amigos influenciáveis, sem a "fama de durão" de Mike, tudo daria certo. Queria aproveitar o máximo enquanto fosse assim.

[...]

Acordei com uma batida na porta e me lembrei onde estava. Enxerguei a luz do dia entrando pelas frestas da janela e vi Mike deitado de bruços ao meu lado, o rosto formava um "beicinho" encostado no travesseiro e o cabelo bagunçado. Logo, ele também acordou com o mesmo barulho que me despertou.

DE REPENTE LOS ANGELESOnde histórias criam vida. Descubra agora