Point of view: Bright
Eu acordei no quarto da boate, estava completamente dolorido no corpo todo. A violência ontem foi grande, mas eu não me arrependia de nada quando lembrava o motivo das minhas dores, tinha tido a melhor foda da minha vida sim.
Olhei no relógio, já eram 10:00 da manhã e eu precisava ir embora. Me levantei com uma pequena dificuldade, o efeito das pernas bambas ainda estava sobre mim, mas eu tinha que ir pra casa, não sabia quanto tempo mais podia ficar alí. Então mesmo difícil, vesti minha roupa e sai bem pleno pelo corredor de quartos, até que sem querer esbarrei em alguém.
- Ah me desculpe, eu... estou um pouco tonto. - Eu disse tentando disfarçar que as minhas não estavam cambaleando.
- Tudo bem, não se preocupe. Você está bem? - O rapaz aparentemente simpático e preocupado comigo me pareceu uma pessoa agradável.
- Estou bem, obrigado. - ia me virar quando senti ele segurar meu pulso.
- Consegue mesmo ir embora sozinho? Tá de carro?
- Na verdade não, eu vou chamar um uber.
- Quer uma carona? - uma carona parecia bom, mas eu nem conhecia aquele rapaz, e se ele fosse um serial killer maluco e tentasse me matar?
- Qual seu nome? - perguntei curioso.
- Ah, que falta de educação a minha, meu nome é Frank. Muito prazer. - Ótimo, agora que sabia seu nome podia aceitar sua carona, não estava afim de gastar dinheiro.
- Prazer Frank - disse o cumprimentando com um wai - Eu sou o Bright.
- Bright, que nome bonito, igual você. - sorri sem graça mesmo já estando acostumado com esse tipo de comentário. Começamos a andar lado a lado, ele estendeu o braço pra que eu segurasse, provavelmente com medo de que eu caísse. - Então Bright de que?
- Bright Vachirawit Chivaaree.
- É, realmente um belo nome e o dono é mais ainda. - Oh, oh, bora parar com essa puxação de saco. Apenas sorri em resposta.
Ele me levou até a entrada do meu prédio enquanto no caminho me fez várias perguntas, ele não calava a boca, gostava mesmo de conversar. Nos despedimos com um abraço e sorrisos de gratidão de minha parte. Apesar dele ter me dado uma carona, ele que parecia completamente satisfeito, vai entender.
Cheguei no apartamento gritando.
- KRIIIIIIIIISSSTTTT.
- Ai caralho - disse ele chegando da cozinha com um pano de prato nas mãos - Eu tava terminando o almoço. PRECISA GRITAR BRIGHT?! O que foi que aconteceu?!
- Eu... tive a melhor foda da minha vida, foi isso que aconteceu.
- Caralho, gostou mesmo né, pra chegar em casa desse jeito. - disse rindo e se aproximando pra dar um tapa na minha bunda, por um segundo achei que fosse morrer, gritei um gemido de dor, estava todo ardido, não conseguiria sentar o dia todo. - Osh, você parece mais que foi atropelado isso sim.
- Digamos que... Eu ainda estou sobre o efeito da anestesia.
- Vem vamos, vou te ajudar a tomar banho. - de banho tomado eu e Krist conversávamos sobre a minha noite emocionante, eu contava tudo pra ele. - E foi isso.
- Nossa que doideira. - disse em meio a risos, eu ri junto, Krist era contagiante - Que bom que aproveitou a noite.
- Tá mas e você? Aproveitou a sua? O encosto foi embora ainda ontem?
- Minha noite foi espetacular se é que me entende. Singto foi embora de manhã depois do café. Você já comeu algumas coisa hoje? Você chegou em casa já eram mais de 11:00.
- Eu não comi nada, tô morrendo de fome. - diz uma carinha manhosa pro meu amigo, que sabia cuidar tão bem de mim.
- Então vamos almoçar, preparei lasanha. - Eu amava lasanha, Krist sabia disso. - Vai conseguir trabalhar a noite com essa quebradeira? - questionou preocupado.
- Acho que daqui pra de noite eu melhoro, só preciso descansar, e refletir qual o poder daquele homem sobre mim.
- Não pense muito nisso, talvez vocês nem se vejam de novo. - Ok, aquilo doeu. Eu não me apegava aos caras que trasava numa noite como a de ontem, era tudo sem compromisso e principalmente, sem sentimentos. Era tudo diversão e prazer carnal, a única coisa que tirava minha vida do tédio que era.
- Você tem razão. - respondi simples. - Vamos comer, não aguento mais.
- Vamos. - sorrimos e fomos pra cozinha, a companhia de Krist era a melhor de todas.
Quebra de tempo: 🦋
21:30 eu saia do trampo, a lanchonete onde eu trabalhava não era muito longe do apartamento, então eu ia andando mesmo, a rua era iluminada e tinha uma grande movimentação de pessoas por conta das atrações noturnas que tinham naquela rua, era um clima bem agradável na verdade.
Passando por uma parte menos movimentada senti meu pulso ser puxado pra trás de uma coluna de um prédio abandonado. Quase gritei quando vi quem tinha me puxado.
- Oi criança, sentiu saudades?
- Você??!! Como você... - Ele passou um dedo em meus lábios pra que eu ficasse queto.
- Eu te explico depois, vem comigo. - Ele começou a me puxar, eu não sabia pra onde íamos, chegamos a um carro completamente preto, com vidros negros. Ninguém veria o que se passava lá dentro, entramos no banco traseiro e ele me pôs em seu colo. - Eu senti sua falta sabia.
- Ah é? - Eu disse em meio a um sorriso malicioso. Pouco tempo depois já estávamos com aqueles beijos selvagens dentro do carro, ele apalpava minhas nadegas com força, ainda estava doendo, mas o toque dele, eu não sabia que estava necessitado daquilo. - Quem é você?
Parei o beijo de uma forma nada sutil e olhei em seus olhos. Ele me encarou e disse simples.
- Meu nome é Win, Win Metawin, prazer, Bright Vachirawit né?
- Como você sabe o meu nome?
- Digamos que um passarinho me contou. - sorriu debochado. Ah lembrei, ele é um cusão.
- Win Metawin, esse nome não me é estranho.
- Já deve tê-lo visto passar na TV. - quando ele disse isso arregalei os olhos.
- Você...
- Sim.
Eu estava no colo do maior traficante de armas de Bangkok, o líder da facção mais perigosa do país. Que merda eu estava fazendo da minha vida. Não fiquei com medo... por mais estranho que pareça, fiquei excitado.
- Você está animadinho Bright, precisa de uma segunda dose de ontem? - Ele disse segurando com mais força minha bunda.
- Vai me foder aqui nesse carro agora ou vou ter que ir atrás de outra pessoa. - Ele me olhou incrédulo.
- Agora que você sabe quem eu sou, ainda vai me tratar com arrogância? - Ele perguntou debochado e eu apenas dei de ombro.
Ele pareceu surpreso com a minha ousadia e logo me fazia pagar pelo que tinha feito, fizemos alí mesmo, dentro do carro, o ar condicionado não serviu de nada, estava tudo muito quente, abafado e putamente gostoso. Meus planos de ficar sem minhas pernas bambas foi por água abaixo, Win foi selvagem, ele não tinha pena de mim. Sempre me proporcionando o máximo de prazer.
- Não quero que você suma, vamos manter... contato ok?
Ele disse sugando meu pescoço, mais marcas viriam, ele tinha acabado de ter um orgasmo incrível junto comigo.
- Ok. - disse eu simples, tentando aprender a respirar novamente.

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Wit
FanfictionA prazer carnal, o egoísmo, o perigo, a luxúria, as armas, os toques, o dinheiro, a vida, a morte. O amor? O amor é uma mentira. O mundo é dos espertos, sobrevive quem for sagaz. "Todos os garotos bons vão ao paraíso, mas os garotos maus trazem o pa...