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Capítulo 23: Contra vontade

Point of view: Bright

Acordei ainda de noite depois da diversão com o Joss. Foi bom, mas ele insistia em ser romântico, ir devagar e ser meloso. Então tomei iniciativa e fiz dessa noite muito gostosa, sei que ele gosta da calmaria, mas não reclama quando eu mostro meu lado rápido. Acho que ele gosta de mim de verdade. Que pena. Eu queria sair pra voltar a ver aquele colar, vê-lo pela primeira vez foi a coisa mais emocionante pra mim, ele é lindo. Certamente o verdadeiro amor da minha vida. Apenas ele, acho que... o quero pra mim. Loucura querer tanto um colar. Eu precisava sair dos braços de Joss, mas ele estava de conchinha comigo me apertando, eu teria que acordá-lo.

— Psiu, Joss, eu estou com sede, posso ir na cozinha? — Cuchichei baixinho, a cena em si parecia muito romântica.

Ele coça os olhos e abri um sorriso pra mim.

— Claro amor, quer que eu vá com você? — Ele fala baixinho. Admito, o clima estava gostoso assim.

— Não precisa, você me mostrou tudo, posso ir sozinho. Volte a dormir ok?

Beijei sua testa depois dele ter me soltado. Agora eu o via adormecer novamente. Eu não te mereço Joss Wayar. Você realmente me ama, mas eu não posso retribuir esse sentimento. Me senti um pouco mau por isso. Me levantei e sai.

Andei até chegar na porta que eu sabia que tinha a joalheria. Mas agora ela estava trancada.

— Osh? Porque te trancaram? — Resmunguei baixinho.

Peguei na maçaneta girando mas nada, estava realmente trancada agora.

— Eu queria tanto te ver novamente.

— Tem muita coisa cara aí dentro cunhado. — Quase morri quando uma voz falou atrás de mim bem próximo. Não era Joss, era seu irmão, Pod. — Ela tem que estar fechada.

— Ah... Pod, que susto. — Sorri nervoso, que homem macabro. — O que faz acordado a essa hora?

— Eu poderia perguntar o mesmo a você.

— Ah... eu... ia na cozinha beber água.

— Mas a cozinha fica pro outro lado da casa.

— Ah... é, eu... Me perdi. — Sorri nervoso de novo. — Bom deixe eu ir né. Até mais.

— Espera. — Eu ia passar por ele quando ele se pôs na minha frente. — Podemos conversar?

Puta que pariu, acho que não posso confiar nesse cara, ele me dava arrepios. Assim como Joss ele era alto e musculoso. Eu não sabia do que ele era capaz ou qual era sua impressão sobre mim. Detestei os olhares que ele me deu durante o jantar.

— Ah claro. Vamos pra sala?

— Não. O que eu quero te dizer... — Ele me prendeu contra a parede com um braço em cada lado da minha cabeça. Inferno. — Pode ser dito aqui mesmo.

Engoli seco.

— Ok...

— Eu reconheço seu tipinho cunhado. E já te aviso, não gosto.

— O que?

— Forbidden Paradise, lembra?

Não é possível que ele estivesse lá na única noite em que fui à aquele lugar.