Capítulo 25: Intuição aguda

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Point of view: Bright

Acordei no nosso quarto, meu e do Krist. Não lembrava direito como cheguei alí, ao meu lado tinha um Krist dormindo em uma cadeira, parecia ter passado muito tempo alí. Vi um soro conectado em minha veia no meu braço esquerdo. O que aconteceu?

— Bright! Oh meu Buda, finalmente você acordou. — Krist falou acordando de seu sono.

— Krist... — Eu sentia minha garganta seca. — O que aconteceu?

— Você não lembra?

— Eu estou tentando... mas...

Tentei lembrar mas meus pensamentos estavam todos bagunçados, eu estava tonto e me sentia fraco também.

— Bright eu te disse pra não engolir sua saliva! O que aconteceu ontem foi muito arriscado! Você poderia ter tido o mesmo destino do Pod.

— O Pod... ele...

De repente imagens da noite anterior vieram a minha mente.

Flashback: on 💭

— Seus lábios estão me convidando Bright. — Disse Pod com o rosto transbordando em luxúria.

— Se você tocar neles, você morre.

Eu estava com nojo daquele homem e com nojo de mim mesmo também. A sensação gostosa que havia em meu corpo aos poucos ia sumindo dando espaço a uma dor que não parecia ser pequena. Senti algo escorrer de minha entrada mas não dei atenção, estava ocupado focando nos olhos daquele que veria pela última vez.

Parei o contato visual quando ele pôs a mão em meus cabelos puxando com força fazendo com que eu chegasse perto de si. Então ele avançou em minha boca brutalmente. Foi um beijo cheio de repulsa e medo. Eu não queria pelo fato de ser ele e pelo mesmo estar tentando adentrar minha boca com sua língua. Tentei resistir e cheguei até a bater contra seu peito fracamente, eu estava um pouco debilitado e não consegui separá‐lo de mim.

Sua boca adentrou a minha, ele parecia faminto e não se importou em estar sendo inconveniente beijando a boca que estava prometida ao próprio irmão, por um segundo meu peso na consciência de querer acabar com ele sumiu. Ele me soltou quando já tinha se aproveitado o suficiente de mim.

— Você é mesmo uma delícia, quando se casar com meu irmão vá ao meu quarto... AAAAHH! — O vi gritar pondo a mão no peito. — O que é isso?!?!

Era isso, estava na hora, o serviço tinha sido feito, sorri maudoso vendo ele naquele estado.

— Nos vemos no inferno... cunhado.

Falei satisfeito vendo ele agonizando aos poucos. Se debatia em cima da cama certamente já sentindo a falta de ar. Parecia querer gritar mas não conseguia. Foram certamente os piores segundos de sua vida. Quando vi que ele parou de se mexer com os olhos fechados estava pronto para me deitar ao seu lado e dormir quando senti uma leve falta de ar. Provavelmente provei do gosto do veneno quando ele me beijou. Comecei a me desesperar quando senti a falta de ar aumentar e minha cabeça começar a ficar tonta. Me levantei da cama caindo no chão.

— Kri... Krist! — Tentei gritar.

— Bright! Eu tô aqui! Abre a porta! BRIGHT!!! — A porta tremia com as batidas desesperadas do meu amigo.

Eu não conseguia me levantar, com muito esforço me arrastei até a porta do quarto e com muita dificuldade girei a trava pra destrancar. Caí no chão fechando os olhos apenas ouvindo gritos de Krist chamando meu nome.

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