Capítulo 9

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Harry's POV

Naquela manhã, quando Harry acordou, ele pôde sentir seus olhos inchados devido ter chorado até dormir. Obviamente fez o máximo para voltar ao normal e esconder o mau humor que ainda o afetava, querendo evitar todas as possíveis perguntas de sua família.

Após gastar quase uma hora inteira para se banhar e se vestir para o dia, fez o caminho até a parte externa do castelo onde encontrou seus pais e sua irmã apenas o esperando para que tomassem café da manhã juntos.

– Bom dia, querido! – Anne, mãe de Harry, disse.

– Que cara é essa? Não dormiu direito? – Gemma disse sem ao menos o desejar um bom dia.

– Bom dia, eu dormi bem sim, Gemma. – Mentiu.

– Não é o que parece.

– Certo, podemos apenas tomar café da manhã, por favor? Estou faminto.

– Também estou. – O rei Des disse. – Harry, hoje receberemos a familia real espanhola, quero que você os receba pois estarei ocupado dando a devida punição aos que cedem a doença que você bem sabe.

– Claro, papai. – Harry tentou disfarçar o tom triste em sua voz. – Que horas eles chegarão? Terei que reorganizar minha rotina para poder recebê-los corretamente.

– A última carta enviada dizia que eles já se encontravam em Londres, deram uma pausa de três dias na viajem. Considerando isso, chegarão hoje provavelmente após o almoço.

– Sim, senhor. Estarei pronto para recebê-los.

– Sempre tão prestativo, meu príncipe. – Anne sorriu.

– Eu não irei recebê-los também? – Gemma perguntou.

– Claro que irá, esteja lá ao lado de Harry.

– Sim, papai.

O café da manhã seguiu em um silêncio consideravelmente confortável, Harry discretamente tentando acabar sua refeição o mais rápido possível para que não precisasse encarar sua família.

– Peço permissão para me retirar. – Pediu assim que acabou de comer, passando o guardanapo no canto de sua boca mesmo que não houvesse nada sujo.

– Claro, querido. Eu gostaria de conversar com você, me encontre no banco da entrada do labirinto em vinte minutos, por favor.

– Sim, mamãe. – Ele levantou e seguiu em passos lentos até sua parte preferida do jardim, aquela parte com flores azuis; a cor que já havia se tornado a sua favorita. Foi inevitável o sorriso que marcou o seu rosto ao lembrar de Louis.

Caminhou por lá por alguns minutos até que o relógio imaginário o alarmasse, mostrando que faltavam apenas cinco minutos para sua conversa com sua mãe – devo dizer que a conversa o assustava mais do que ele gostaria de admitir – e então ele se dirigiu até a entrada do labirinto, vendo sua mãe sentar no banco assim que chegou lá.

Ele tentava esconder o nervosismo, mas também não conseguia sorrir verdadeiramente no momento. Sentou ao lado de sua mãe, discretamente secando o suor acumulado em suas mãos na calça.

– Está tudo bem, amor? – Anne perguntou, claramente percebendo a mudança no comportamento de Harry.

– Claro que sim, mamãe. Do que se trata a conversa?

– Filho, eu consigo perceber que não está tudo bem. Não mente pra mim, por favor. Conversa comigo, Harry, confie em mim.

– Eu confio em você! – Mentiu – Sempre converso com você sobre assuntos relevantes, realmente está tudo bem, não há nada para conversar em minha parte.

Jardin de la Couronne [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora