Harry's POV
Naquela manhã, quando Harry acordou, ele pôde sentir seus olhos inchados devido ter chorado até dormir. Obviamente fez o máximo para voltar ao normal e esconder o mau humor que ainda o afetava, querendo evitar todas as possíveis perguntas de sua família.
Após gastar quase uma hora inteira para se banhar e se vestir para o dia, fez o caminho até a parte externa do castelo onde encontrou seus pais e sua irmã apenas o esperando para que tomassem café da manhã juntos.
– Bom dia, querido! – Anne, mãe de Harry, disse.
– Que cara é essa? Não dormiu direito? – Gemma disse sem ao menos o desejar um bom dia.
– Bom dia, eu dormi bem sim, Gemma. – Mentiu.
– Não é o que parece.
– Certo, podemos apenas tomar café da manhã, por favor? Estou faminto.
– Também estou. – O rei Des disse. – Harry, hoje receberemos a familia real espanhola, quero que você os receba pois estarei ocupado dando a devida punição aos que cedem a doença que você bem sabe.
– Claro, papai. – Harry tentou disfarçar o tom triste em sua voz. – Que horas eles chegarão? Terei que reorganizar minha rotina para poder recebê-los corretamente.
– A última carta enviada dizia que eles já se encontravam em Londres, deram uma pausa de três dias na viajem. Considerando isso, chegarão hoje provavelmente após o almoço.
– Sim, senhor. Estarei pronto para recebê-los.
– Sempre tão prestativo, meu príncipe. – Anne sorriu.
– Eu não irei recebê-los também? – Gemma perguntou.
– Claro que irá, esteja lá ao lado de Harry.
– Sim, papai.
O café da manhã seguiu em um silêncio consideravelmente confortável, Harry discretamente tentando acabar sua refeição o mais rápido possível para que não precisasse encarar sua família.
– Peço permissão para me retirar. – Pediu assim que acabou de comer, passando o guardanapo no canto de sua boca mesmo que não houvesse nada sujo.
– Claro, querido. Eu gostaria de conversar com você, me encontre no banco da entrada do labirinto em vinte minutos, por favor.
– Sim, mamãe. – Ele levantou e seguiu em passos lentos até sua parte preferida do jardim, aquela parte com flores azuis; a cor que já havia se tornado a sua favorita. Foi inevitável o sorriso que marcou o seu rosto ao lembrar de Louis.
Caminhou por lá por alguns minutos até que o relógio imaginário o alarmasse, mostrando que faltavam apenas cinco minutos para sua conversa com sua mãe – devo dizer que a conversa o assustava mais do que ele gostaria de admitir – e então ele se dirigiu até a entrada do labirinto, vendo sua mãe sentar no banco assim que chegou lá.
Ele tentava esconder o nervosismo, mas também não conseguia sorrir verdadeiramente no momento. Sentou ao lado de sua mãe, discretamente secando o suor acumulado em suas mãos na calça.
– Está tudo bem, amor? – Anne perguntou, claramente percebendo a mudança no comportamento de Harry.
– Claro que sim, mamãe. Do que se trata a conversa?
– Filho, eu consigo perceber que não está tudo bem. Não mente pra mim, por favor. Conversa comigo, Harry, confie em mim.
– Eu confio em você! – Mentiu – Sempre converso com você sobre assuntos relevantes, realmente está tudo bem, não há nada para conversar em minha parte.
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Jardin de la Couronne [L.S]
Fiksi PenggemarEm 1890, Harry era o herdeiro do trono do reino Franco. Louis era um camponês de família humilde que prestava serviços ao castelo há anos. Ambos procurando refúgio, um lugar calmo para espairecer, acabam se encontrando num campo florido afastado das...