𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 2

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𝕿𝖍𝖊 𝕾𝖚𝖇𝖒𝖎𝖘𝖘𝖎𝖛𝖊×××𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 2
𝔐𝔲𝔫𝔡𝔬 𝔪𝔬𝔯𝔱𝔞𝔩

"𝔘𝔪 𝔡𝔦𝔞, 𝔰𝔢𝔯𝔢𝔪𝔬𝔰 𝔰𝔬 𝔱𝔲 𝔢 𝔢𝔲... 𝔈𝔲 𝔭𝔯𝔬𝔪𝔢𝔱𝔬"
𝕭𝖆𝖐𝖚𝖌𝖔 𝕶𝖆𝖙𝖘𝖚𝖐𝖎 / 𝕶𝖎𝖗𝖎𝖘𝖍𝖎𝖒𝖆 𝕰𝖎𝖏𝖎𝖗𝖔𝖚

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O dia estaria supostamente já levantada com a tamanha projecção de luz e calor. Porém, para o jovem mortal, seus sonhos teriam sido interrompidos por um belo cantarolar, algo que não estava acostumado.

Quando seus olhos se permitiram abrir, ali mesmo se sentiu confortável mas o suficiente para compreender que aquele não era seu lugar.

_ Onde...estou...eu?

Cada palavra se dirigia ao olhar de certo. Seu redor estava meio que escuro, invadido pela luz do sol que o próprio desconhecia. Seu corpo estava sentado em um sofá, com cobertas quentes a esconder o corpo, outrora com roupas desconhecidas e um líquido espesso sob suas feridas e cicatrizes.

_ Mas que porra?

Seu desconforto e confusão era óbvio, ainda para mais se estava sozinho em um mundo à parte. Decidiu que deveria investigar mais e entretanto tentar procurar por respostas. Levou seu corpo à janela, afastando as cortinas e por fim berrando de puro susto pela intensidade da luz de uma gigante bola embrulhada num infinito manto azul.

Até o próprio se habituar a aquela luz, lá se contentou a soltar palavras de maldizer sobre tudo quanto o convinha. Seus ouvidos escutaram de novo o canto de espécies estranhas, com asas meio parecidas às suas e então se limitou de novo a observar o para lá do vidro. Daquele lado, apenas observou vários seres iguais a andar pelo chão, ninguém voava ou agia de acordo com um mero mortal de seu reino.

Foi então o suposto momento certo em que se fez lembrar do ocorrido. Do suposto engano ou traição de sua própria família junto de todo o mundo ali em cima.

A raiva e os pensamentos pesados quase que tomaram força e credibilidade a um ataque feroz entre as mãos e a mobília. Se sentia enganado e despejado por seu próprio povo e se confortava neste tipo de pensamento até sem mais conseguir se conter.

Iniciou a busca pela paz e tranquilidade com berros e empurrões sob os objectos pelas mesas de cabeceira. Um após o outro enfeite se fazia desfalecer no chão e cada resmungo era só mais um incómodo para os ouvidos do loiro que simplesmente se fez jogar ao chão, totalmente rendido pela mágoa e maldade em seu coração.

Se deixou ficar ali por algum tempo, permitindo um cheiro característico entrar por suas narinas enquanto seu coração se permitia descansar finalmente livremente. Aquele odor puro sob algo doce o aconchegava a alma. De tão desconhecido que aparentava ser, chamou a atenção do ego do demônio.

O corpo sucumbido de feridas protegidas e de aparência bem resolvidas, se permitiu mais uma vez se esforçar. O loiro se deslocou até uma porta com decorações minúsculas e fotografias de uma criança de longos e negros fios de cabelo, com olhos feitos de rubi, os mesmos que o seu.

Aquele ser de certo chamou a sua atenção, pois não era de todo normal que algo tão simples o despertasse a mente e o ocupasse tanto tempo assim. No final acabou por esquecer a criança e abrir a porta, se mostrando surpreso pelo frio intenso provindo dali de dentro e de milhares de espécies estranhas para sua mente tão complicada.

Primeiro se fez admirar por um pacote de tons brancos e azulados e de enormes caracteres bizarros para seus olhos. Tentou compreender o que se encontrava ali mas então seguiu em frente com sua ideologia de que deveria ser para comer e provou um pouco daquele líquido de aparência branca.

Após a primeira gota, várias outras se surgiram, como se para ele aquilo fosse algo simplesmente deslumbrante. Terminou o doce, lançou o vazio pelo chão e procurou por mais, tudo em jestos bastante apressados e agitados, como se dependesse disso.

Quando deu por si, teria destruído mais de 3 pacotes, no final se sentindo esgotado daquilo e suspirando de alívio e prazer por ter permitido a seu corpo, conhecer algo simplesmente maravilhoso.

Contudo, a hora do lanche não teria terminado por ali, pois aquele aroma doce ainda estava presente ali dentro daquele armário frio. O odor de algo que desejava à tanto tempo ser deliciado, o perturbava o psicológico de uma forma nunca antes assistida por si. Suas mãos procuram pelo mesmo destino, segurando e levando o conteúdo às narinas para ele melhor entender de onde provinha o cheiro.

Quando se deu conta de que um outro pacote o teria novamente despertando o interesse, logo se decidiu de que amava pacotes.

Desta vez a embalagem era diferente, de aparência pequena e com um conteúdo espeço amarelado e marrow, protegido por uma espécie de capa de plástico.

Foi bastante complicado para o demônio conseguir abrir a embalagem. Por fim não se arrependeu.

Levou à boca a própria mistura depois de contornar o fundo com os próprios dedos e ingerir o que sobrou dali. Se teria completamente apaixonado por algo em toda a sua vida.

Após o primeiro, devorou o segundo, depois o terceiro e entretanto o quarto. Tudo em uma rapidez constante, como se não existisse mais o amanhã. Por vezes gargalhava pelo doce sabor em sua boca. Era uma mistura de sensações novas que para si agradavam imenso. Amava este novo efeito e se sentia sobretudo diferente, tão nada semelhante à sua própria personalidade, nem se deu conta de que o espaço estaria a ser invadido por um outro ser.

Apenas só se deu conta quando o conteúdo que mais gostava não se encontrava mais presente ali dentro do armário. Atirava tudo quanto fosse diferente do suposto desejado e devorava aqueles para si o pareciam semelhantes, revelando também desgostos por outras coisas.

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A pessoa atrás de sí, nem poderia sequer acreditar naquilo que seus olhos conseguiam observar. Seu ego sentia que nada daquilo era normal. Era como um devorador de comidas dentro de uma madrugada.

O dono do espaço não se conteu, respirou fundo antes de iniciar um berro, revelando sua pessoa perante uma entidade desconhecida que simplesmente paralisou por completo.

_ Mas que porra vem a ser está?!

Nem o próprio saberia sobre onde teria capturado tanta energia assim. Longos segundos se passaram depois daquele desabafo. A criatura na frente do humano rompeu o clima com algo simplesmente fora do comum. Sua anca foi a única coisa que se fez mover. Ali mesmo, o loiro se virou, revelando para o ser desconhecido na sua frente, os olhos de rubi e feitos de um demônio puro, quase pronto para o devorar ali.

O menino engoliu um seco, após ver que seu frigorífico estava completamente destruído, logo supôs que ele mesmo seria o próximo.


E não é que ele não estava certo?


× 𝑇ℎ𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑖𝑠𝑠𝑖𝑣𝑒 ×Onde histórias criam vida. Descubra agora