CAP. 32 - MONÓLOGOS

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Depois se sair do quarto de Eva, Thomas foi para o seu organizar sua pequena mala. Pegou os itens de higiene pessoal e tudo que fosse necessário. Tudo isso em menos de dez minutos.

Foi para recepção e encontrou Eduardo a sua espera. Gemeu pensando no quanto ele o atormentaria por causa de Eva.

— Pensei que tivesse morrido depois da surra de ontem, mas você parece ótimo.

— Boa tarde também, Eduardo. Eu não levei uma surra ontem. Apenas um soco que devolvi. E sim. Estou ótimo.

— Posso imaginar. E como foi com Eva?

— Foi como tinha que ser. - respondeu tentando não parecer grosso.

Thomas não entraria em detalhes, embora Eduardo estivesse louco pra saber como era transar com ela. Sempre falaram desses assuntos nos mínimos detalhes, mas Eva é diferente. Não se sente confortável em falar como ela é fantástica e insaciável na cama.

— Se não quer falar posso pensar que foi horrível e ela não é tudo que pensamos quando a vemos. — Eduardo estava provocando-o.

—  Você não tem que pensar nada sobre Eva, na cama ou fora dela. —  Thomas respondeu entre os dentes — É algo que nunca saberá a resposta.

— Meu amigo, você é muito transparente, não precisa me confirmar que a mulher é um furacão na cama. Sua reação acaba de dizer isso, mas fique tranquilo, a partir de hoje não olharei Eva com desejo, você a quer e respeito isso. Somos irmãos e não faria nada que interferisse em nossa amizade

- Obrigado Eduardo. Mesmo sendo um puto, você é um bom amigo.

Os dois sorriram concordando com as palavras tão verdadeiras.

—  Só sugiro que vá com calma e controle seu ciúme. Se está realmente a fim de Eva terá que se acostumar com o fato dela chamar atenção. Como agora.

Thomas se virou para onde Eduardo olhada e não teve reação. Eva se aproximava usando uma saia curta com a cintura um pouco mais alta e uma blusa que deixava a barriga a mostra e seus seios estavam empinados.

Sua roupa era quase transparente. Senhor! Ele sofreria dos nervos por ter que lidar com esses homens olhando para sua mulher. Esse pensamento o assustou, não havia pensado nela como sua mulher, até agora. Precisava reclamar seu direito sobre ela.

Ela se aproximou mais e ao tentar falar com Eduardo, Thomas não resistiu beijando-a na frente de todos. Foda-se! Não se importava com o que pensariam, tinha que mostrar que Eva é sua e deveriam parar de olhar ou ao menos disfarçar.

Eva não compreendeu o desespero de Thomas, mas adorou e o beijou de volta sem se importar com nada.

Não contente em beija-la de forma tão descarada a levantou do chão. Fazendo Eduardo gargalhar.

Quando se separaram encontraram o olhar perplexo e divertido de Eduardo que entendeu a marcação de território de Thomas.

Eduardo não pôde julga-lo. Thomas está louco por Eva. Apaixonado, essa é a definição e não duvida que seja recíproco. Ambos se olham com brilho nos olhos, uma expressão feliz como se compartilhassem algum segredo, é claro que compartilharam um segredo, ficaram na cama até quase meio dia e agora estão com essas caras de bobos.

Thomas cochichou algo no ouvido de Eva e ela ficou vermelha, mas respondeu a altura, porque dessa vez foi Thomas quem ficou vermelho. Em anos se amizade, nunca o tinha visto corar, a situação era pior do que pensava.

Thomas segurava a cintura de Eva de forma possessiva ao seu lado e ela estava adorando. Primeiro o beijo e agora a mantém tão próxima que a está apertando. Ele está com ciúmes. Esse pensamento a fez sorrir por dentro.

—  Estou louco para estar dentro de você novamente e lembrar que você é minha. Te foder até você gritar meu nome, depois gozar dentro de você e te marcar.

—  Então pense que eles podem olhar, mas é o seu pau que eu chupo até te fazer gozar na minha boca e é por você que minha calcinha está molhada agora.

— Puta que pariu, Eva. — Thomas falou alto chamando a atenção de Eduardo que olhava sem entender nada - Quer acabar comigo?

Foi preciso coloca-la em sua frente para esconder seu pau que ganhou vida própria. Merda! Eduardo percebeu, balançou a cabeça e sorriu.

Eduardo estava louco e via coisas. Seu amigo controlado havia acabado de ficar de pau duro na recepção do hotel por causa de uma safadeza que Eva falou ao seu ouvido e na sua frente. Ele não precisava de mais nada, iria embora. Essa intimidade o deixou transtornado, lembrou-se de um tempo que isso existiu com ele e se sentiu um idiota.

Olhou Thomas e Eva de malas nas mãos e entendeu que estava sobrando. Seja lá para onde fossem iriam trepar muito e não empataria a foda deles.

— Eduardo, como vai? — Eva perguntou ainda sorrindo.

— Estou bem, e você, Eva?

Eva percebeu que o sorriso de Eduardo não alcançou os olhos como naturalmente acontece. Por seu jeito espontâneo e até cafajeste, seu sorriso torto e safado é sua marca. Algo havia mudado.

— Ótima! — falou com um sorriso enorme.

— Bom, vocês estão de saída e não quero atrapalhar. — se voltou para o amigo —  Thomas, vejo você na segunda.

Eva e Thomas olharam Eduardo sem entender sua atitude. Saiu sem se despedir direito dizendo que não queria atrapalhar a saída deles, o que não convenceu nenhum dos dois.

Naquele fim de semana Eduardo se jogou na solidão do seu apartamento e bebeu até não aguentar mais. Precisava afogar sua dor e a mágoa que sentia de si mesmo por não saber valorizar as coisas que realmente importam.

Só acordou na segunda quando sua funcionária chegou e o encontrou com a roupa amarrotada e fedendo. Chegando a pensar que ele estava morto.


O que será que Eduardo está escondendo?? Esse cretino gostoso tem seus segredos e Thomas já está percebendo.

Votem, comentem, comentem e comentem.

Bjus!!!

Com açúcar, com afeto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora