CAP. 94 - TENHO A QUEM AMAR

47 6 1
                                    

Thomas acordou no dia seguinte ouvindo Eva passar mau no banheiro. Ficou em silêncio e esperou ela sair. Voltou a vomitar e em seguida abrir o chuveiro. Foi até ela e a cena que viu o deixou perdido.

Após acordar com muitas náuseas, Eva foi para o banheiro. Vomitou várias vezes e sentia seu corpo se desfalecer, não chamou Thomas para não incomodá-lo, e quando arrependeu-se, não teve forças para fazê-lo. Depois de vomitar quatro vezes foi para o box e abriu o chuveiro, entrando de roupa e tudo e sentou no chão. Com a esperança de sentir-se melhor, fechou os olhos e tentando esquecer a sensação que domina seu corpo. Não era bebida tem certeza. Só pode está grávida. Tem todos os sintomas.

Buscou em sua mente o que pode ter acontecido, já que usa anticoncepcional. Com o afastamento de Thomas dedica-se cada vez mais ao trabalho, saía cedo e chegava tarde quando ele viajava. Com certeza esqueceu de tomar algum dia e aconteceu. Não tem como saber pela menstruação, emenda cartelas. Provavelmente está com mais de dois meses. Essa tomada de consciência a fez imaginar mil coisas, como contará para Thomas, para sua família e como será sua vida. Num gesto impensado acariciou a barriga e pensou no bebê que cresce dentro dela. Um filho de Thomas. Começou a chorar e abraçou os joelhos com mais força. Se assustou ao ver Thomas em sua frente.

Minha vida, o que foi agora? Você continua passando mau. Precisa fazer exames. Não aguento de ver assim.

— Não preciso de médico. Estamos muito bem!

— Não! Você não está bem, está assim há três dias.

— Amor — ela o olhou nos olhos —, eu disse que estamos bem, o que eu tenho é perfeitamente natural quando se está gerando uma vida.

Thomas acreditou está louco ou surdo.

—O que disse? — perguntou confuso

Ela tirou a blusa

— Disse que estou bem e tudo que sinto é normal na minha condição — Eva pegou a mão de Thomas e colocou sobre a barriga. — Seu filho ou filha já está no forninho.

 — Tem certeza? — ele a abraçou e chorou, chorou pelo filho que cresce dentro de Eva, chorou pela criança rejeitada que foi, chorou por que é impossível ser mais feliz e  chorou pela certeza que será o melhor pai para o filho de Eva. — Eu te amo, Eva, e amo nossa filha. Prometo cuidar de vocês para sempre. Serei o melhor homem, farei o melhor para as mulheres da minha vida.

Abaixou-se e beijou a pequena saliência abdominal  falou palavras carinhosas com a criança, fez promessas e chorou um pouco mais.

Nem todas as fantasias de Eva sobre a descoberta da gravidez e o momento que daria a notícia, para o pai de seu filho a preparou para esse momento. Thomas a surpreendeu, sua alegria e  sua realização são tão intensas que a emocionou.

Ficaram sentados sentindo e compartilhando o amor. Os três querendo se conhecer e se sentir. Uma nova conexão é criada, o laço se aperta e o amor cresce numa matemática estranha, porém, perfeita: um mais um é três.

— Preciso comemorar! — Thomas falou — Vamos anunciar! Quero todos reunidos. Nossas famílias e amigos. Ainda é cedo, temos tempo. Me dê sua mão — ele pediu ficando de pé. — me deixe cuidar da mãe da minha filha.

Ele lavou seus cabelos e seu corpo, tocou sua barriga e beijou.

Ao terminar o banho, convidaram todos que estiveram presentes no jantar.

— Eva, preciso sair e volto rápido.

Passou pela cozinha e avisou sobre o café da manhã.

Thomas retornou às oito e cinquenta cinco e entrou pela porta da cozinha.

Com açúcar, com afeto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora