Te amo tanto

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Não lembro o momento exato em que adormeci.

Valentina e eu tínhamos feito amor até o sol nascer, e cada vez que acontecia era mais maravilhoso.

Ela fazia com que eu me sentisse completamente confortável; apesar da nossa nudez, apesar dos meus complexos, apesar de tudo...

Havíamos passado parte da noite conversando, entrelaçando nossos dedos suavemente, nos beijando, absorvendo tudo o que havíamos perdido uma da outra durante todo aquele tempo. Não houve um único momento embaraçoso, não houve nada mais do que duas adolescentes apaixonadas, rendendo-se àquele amor profundo que sentiam.

O frio que senti na ponta dos pés me fez deslizar os pés para debaixo dos pesados ​​cobertores, lençóis e edredons espalhados na cama. A pressão na minha cintura aumentou enquanto eu tentava me acomodar para continuar dormindo.

-Pare de se mexer, Juls. _ reclamou a voz de Valentina atrás de mim.

-Shhhh. _sussurrei, girando meu corpo até ficar de frente para ela, enterrando meu rosto em seu pescoço quente.

Seu abraço se apertou ainda mais na minha cintura, senti como uma de suas pernas foi colocada em cima do meu quadril. Uma risada rouca saiu da minha garganta, espantando meu próprio sono e o dela. A risada de Valentina, seguida da minha, vibrou em seu peito me fazendo olhar para ela.

Seus olhos semicerrados olharam para mim com desejo e apreensão, enquanto um sorriso travesso iluminava seu rosto.

-Bom dia, linda. _ela sussurrou.

-Bom dia, amor._sussurrei, afastando os cabelos despenteados de seu rosto.

Um beijo suave foi deixado em meus lábios enquanto meus dedos se enredaram no cabelo desgrenhado de Valentina. Um grunhido saiu do fundo de sua garganta e de repente me vi presa entre seu corpo e o colchão da cama.

Seus dedos se entrelaçaram nos meus, gentilmente me puxando para fora da cama. Eu me levantei e a segui até o banheiro do quarto.

Nossos lábios se encontraram em um beijo suave enquanto ela tateava a parede à procura da torneira de água quente. Um sorriso deslizou pelos meus lábios enquanto sua voz ecoava contra minha boca, amaldiçoando sua falta de jeito.

A água começou a escorrer e o banheiro se encheu do vapor quente em poucos minutos. Valentina levou um tempo para misturar a água achando a temperatura ideal, até que entramos embaixo do chuveiro.

Minha pele se arrepiou quando senti o calor da água correndo pelo meu corpo e fechei os olhos, relaxando com a sensação agradável.

Valentina me abraçou contra seu corpo quente e molhado enquanto nossos corpos ficavam parados embaixo do fluxo de água.

-Senti tanto a sua falta. _sua voz foi abafada pela água que caía sobre nós, mas eu as sentia dentro das minhas fibras mais sensíveis.

-Você não tem idéia do quanto eu senti a sua falta. _murmurei contra seu peito.

Seus braços se apertaram ao redor do meu corpo e eu suspirei. Agora tudo parecia em ordem. Tudo parecia como deveria ser desde o início.

-Vire-se. _falou Valentina, me soltando do seu abraço apertado.

Obedeci e a senti massageando meu couro cabeludo com shampoo. A sensação de calor e conforto que tomou conta de mim encheu meu peito. Senti a espuma de sabão escorrer pelo meu corpo enquanto Valentina esfregava meu corpo com a esponja de banho e um pouco de sabonete.

Ainda que Eu Possa te Ver G!POnde histórias criam vida. Descubra agora