Ucker: Posso escolher o lugar? – perguntou com um sorriso muito alegre em seu rosto.
Dul: Sim. – respondeu sem nenhuma animação.
Ucker: Mas posso escolher qualquer lugar mesmo, qualquer um? – Ele ainda sorria.
Dul: Já disse que sim, fala logo, estou ficando entediada… – Ela quase bufou de impaciência.
Ucker: Então ta bom, eu vou dizer e vamos ter que ir você me promete?
Dul: Fala logo! - Ela disse em um tom mais alto.
Ucker: Primeiro diz que promete. – Insistiu.
Dul: Ta, ta bom… Eu prometo, agora fala logo, para irmos logo e voltarmos logo… – Ela não parecia mesmo nem um pouco animada.
Ucker: Mas como você é chata… – Ele revirou os olhos, respirou fundo e olhou diretamente para o grande bosque. – Eu quero ir para lá… – Apontou para o bosque sem olhar para Dulce.
Dul: Para o bosque? – Sua expressão foi como se o chamasse de louco.
Ucker: Sim, quero ir além dele. Explorar e descobrir… – Ele disse com o mesmo sorriso nos lábios e revezava o olhar entre Dulce e o bosque.
Dul: Você só pode estar louco né garoto? – Ela dizia com os olhos arregalados e espantada com a ideia. – Quer fazer o que no meio do bosque
Ucker: Sei lá Dul, quero conhecer, quero ver como é… – Seus olhos pareciam ansiosos e seu jeito de falar fazia a ruiva ficar sem ar. – Você mora aqui desde que nasceu, nunca teve vontade de entrar nele?
Dul: Eu entrei uma única vez com meu pai… – Ela pareceu lembrar-se de algo que não queria. – Mas eu era muito pequena, mal me lembro. Eu tinha uns seis anos… Lembro vagamente de um lago e um pôr-do-sol perfeito…
Ucker: Agora que eu quero ir lá de qualquer jeito… – Seu sorriso ficou ainda maior. – Você tem que me levar nesse lugar… – Sua expressão mudou se transformando em duvida. – Porque seu pai nunca mais te levou lá?
Dul: Porque no dia seguinte ele brigou com a minha mãe e desapareceu, sumiu na face da terra, nunca mais o vimos… – Dulce sorriu meio forçado.
Ucker: Me desculpe. – Ele olhou para outra direção como se sentisse vergonha por ter tocado no assunto.
Dul: Não tem que me pedir desculpas por isso… Ele ser um covarde não tem nada a ver com você garoto, então fica tranquilo…
Ucker: Mesmo assim, eu toquei em uma ferida sua, que eu não tinha o direito. – Ele ainda parecia meio envergonhado.
Dul: Ucker… Vamos ou não vamos? – Ela disse seria olhando para ele. – Porque se for para ficarmos aqui chorando, relembrando ou qualquer coisa do tipo por algo que aconteceu a mil anos atrás eu vou voltar para casa.
Ucker: Está bem, está bem! – Ele sorriu de canto. – Vamos sim, eu estou louco para conhecer esse lugar. – Seus olhos voltaram a brilhar.– Mas pera aí você me chamou de Ucker ou tô ficando louco? – Falou segurando o riso
Dulce revirou os olhos – Sem gracinhas– Que tenhamos sorte. – Dulce disse antes de voltar a andar em direção ao bosque.
Ucker achou graça do que ela disse e riu ao voltar a caminhar também…
Ainda tinha um grande gramado verde até chegar de fato nas árvores do bosque, onde iriam caminhar pela sombra fresca e pela terra úmida.
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Por amarte así
RomanceTudo começou com uma simples amizade. Dulce, a menina mais excluída da turma, encontra amizade e amor em um novo colega de classe, que acabara de se mudar para a região. Juntos irão descobrir um lugar perfeito, que será usado como refúgio de todos o...