Capítulo 13

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É incrível como a vida sempre trata de pregar peças na gente. Quando achamos que estamos em um ótimo ponto de nossa vida, chega um furacão de proporções insanas para arrastar tudo e deixar de cabeça para o ar o que você achou que estava perfeitamente organizado. É mais ou menos assim que eu explico o que vem acontecendo nos últimos dias. Depois da ameaça a Austin no estacionamento do aeroporto, ele tirou alguns dias de folga e, consequentemente, eu também. Fernando achou que seria melhor zelar pela segurança e não ficar perambulando por aí, dadas as circunstâncias.

Exatos quatro dias após o incidente no aeroporto, o telefone começou a tocar na cobertura. Mary atendia, nada se ouvia por alguns segundos e alguém desligava. E isso acabava ocorrendo durante todo o dia. Mais de 20 ligações eram feitas todos os dias, o que estava deixando Austin completamente irritado. Era claro que a mesma pessoa que havia deixado a ameaça e vandalizado seu veículo estava tentando atingir a ele de algum modo. Por mais que fosse apenas o telefone da cobertura e não seu celular, era irritante ver Mary ter que atender o telefone tantas vezes sem que ninguém dissesse uma única palavra.

Irritado e de saco cheio, ele tirou o telefone do gancho, para que ninguém ligasse mais. Não vou dizer que achei ruim, pois o barulho era realmente incômodo. Eu tentei ao máximo passar conforto para ele, de modo que não se abalasse pela situação. O problema é que ele estava levando essa ameaça em específico muito a sério, por achar que a mesma pessoa que o estava ameaçando poderia tentar atingi-lo fazendo alguma coisa contra mim. O que, para ser bem sincera, estava começando a me deixar aflita.

Deitados na espreguiçadeira, aproveitávamos o sol da tarde juntos, tentando relaxar um pouco. Austin me abraçava por trás e eu, deitada com a cabeça em seu peito, mentalizava que queria que tudo aquilo acabasse logo, para que pudéssemos levar nossa vida como deveria ser. Tranquila e pacata. Ele beijou meus cabelos e falou em meu ouvido:

- Você está quieta.

Suspirei, resignada.

- Só estava pensando um pouco...

Ele me abraçou, já adivinhando no que provavelmente eu estaria pensando e falou:

- O que quer que seja será resolvido, Kaia. Não vai durar. E eu farei o impossível para que nada te atinja, nunca. Eu prometo. - disse, convicto.

Me ajeitei na espreguiçadeira em seu colo, colocando as duas pernas ao redor de seu corpo e sentando de frente para ele. Peguei seu rosto com as mãos e falei, olhando em seus olhos:

- Eu sei que vai passar, meu amor.  Vai dar tudo certo.

Seu olhar suavizou e ele me beijou, com muito carinho. Enrosquei meus braços em volta de seu pescoço e aproveitei o momento, aprofundando o beijo e me perdendo nas sensações que apenas Austin era capaz de me proporcionar. O beijo dele era inebriante, sempre me deixava pronta para o próximo passo. Ele passeou as mãos pelo meu corpo, me abraçando apertado. Quando nos separamos, ele acariciou meu queijo e escondeu o rosto em meu pescoço, me cheirando e me causando cócegas.

Passamos o resto da tarde juntinhos, aproveitando a companhia um do outro e tentando dissipar toda a tensão que parecia ter se enraizado em nossa convivência. Decidimos assistir um filme, então fizemos pipoca com manteiga e brigadeiro para acompanhar. Nessa hora eu descobri que Austin é um desastre completo na cozinha. Se não fosse por Mary, morreria de fome ou viveria de fast food.
Já eu, sempre fui curiosa e procurei aprender a cozinhar todas as comidas que gostava de comer. Sei fazer quase tudo com perfeição na cozinha. Só tenho um pouco de dificuldade na hora de fazer tortas. Ele, me assistia cozinhar e perguntava o passo a passo. Combinamos de dar folga para Mary e preparar o jantar. 

- Então temos um trato, Sr. Worligen. Eu faço a comida e você lava a louça. - digo, dando risada.

Ele sorri, um brilho de menino em seus olhos.

- Sim senhora. 

O filme escolhido foi "Invocação do mal". Eu não era muito fã de filmes de terror, mas já tinha ouvido falar desse filme e todo mundo falava que era muito bom. Austin não tinha costume de assistir a filmes, então, não sabia muito sobre isso. Dei alguns bons pulos de susto e me grudei nele, que dava risada das minhas reações inesperadas. O filme realmente era muito bom, mas me deu calafrios. Quando o filme terminou, decidimos tomar um banho juntos. Eu já sabia que aquilo não ia prestar. Austin e eu, nus embaixo do chuveiro era como juntar fogo e gasolina. 


Ele me prensou na parede do chuveiro, enquanto beijava minha boca com fome. Suas mãos passeavam pelas minhas curvas, apertando minha bunda. Ele desceu beijando meu queixo e meu pescoço até chegar em meus seios, onde se demorou brincando, mordiscando e sugando, me deixando fora de órbita. Eu puxava seus cabelos, extasiada enquanto ele descia e descia até o ponto em que eu tanto ansiava que ele tocasse. Sua boca me saboreou de todas as formas possíveis. Eu sentia minhas pernas fraquejarem e o piso gelado onde eu me apoiava não era páreo para o calor que eu sentia naquele momento. Ele continuou sua tortura deliciosa até o momento em que eu gozei, completamente entregue.

Austin então subiu beijando meu corpo por onde passava e segurou meu rosto com as mãos, me beijando. Passei minhas mãos por seu abdômen definido e desci lentamente, ajoelhando sem tirar os olhos dele. Sua expressão era de malícia, fogo puro. 

- Ah Kaia... - murmurou.

O peguei em minhas mãos e massageei suavemente, vendo ele deixar a cabeça cair para trás. Aproximei minha boca e lambi devagar a ponta, como se fosse um picolé, dos que eu mais gostava. Abri um pouco mais e o tomei em minha boca, chupando até onde conseguia. Em movimentos de vai e vem eu tentei manter o ritmo perfeito para ver Austin perder o controle. 

- Oh Kaia, puta que pariu! 

Comecei a masturbá-lo com ele ainda dentro da minha boca, fazendo movimentos com a língua na ponta. Ele pareceu gostar, pois pegou meus cabelos e puxou, me trazendo de encontro com seu pau. Deixei que ele fodesse minha boca com vontade, queria retribuir o prazer que ele sempre me proporcionava. Ver Austin perdido em prazer era uma sensação indescritível.
Quando atingiu o ápice dentro da minha boca, rapidamente engoli tudo, sem pestanejar.

- Você ainda vai me matar, diabinha. - ele riu, me ajudando a levantar e me beijando suavemente. - Eu te amo, Kaia.

Aquelas palavras. Eram como ouro líquido.

- Eu te amo, Austin. - disse sorrindo e abraçando-o forte.

Depois de uma transa maravilhosa no chuveiro, finalizamos nosso banho e aquela noite, ao menos aquela noite, dormimos tranquilos aproveitando a companhia um do outro. O dia seguinte poderia ser foda e cheio do que fosse, mas aquela noite nada conseguiria penetrar nossa bolha de amor.

Casamento por ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora