Acordo com o despertador e a preguiça está me consumindo. Que noite boa de sono. Ha muito tempo nao dormia tao bem. Ouço ruidos baixos e me viro, apreciando a vista de um espécime maravilhoso, ainda mais bonito dormindo. Austin dorme ao meu lado, seu rosto é sereno e tranquilo. Puta merda! Vai ser um desafio dormir com ele todas as noites e nao pular nele. Sua mão quente repousa em minha cintura, estávamos dormindo de conchinha. Decido aproveitar mais um pouco a cama, me virando e me deitando novamente, sem tirar a mão dele dali. Uma sensação de segurança me inunda e rapidamente eu caio no sono.
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Acordo novamente, dessa vez ouvindo um barulho de chuveiro. Olho para o lado dele da cama e está vazio, obviamente. Aproveito para ficar um pouco mais na cama, que é insuportavelmente confortável, tornando quase impossível a tarefa de se levantar para começar o dia. Olho o celular e são 7h30. Temos que chegar ao escritório as 8h. Ou seja, tenho apenas meia hora para fazer algum milagre e me arrumar correndo. Entro no Closet e fico paralisada com a maravilha que fizeram ali. Minhas coisas estao perfeitamente arrumadas e alinhadas por cores, facilitando o processo. Pego um terninho preto, camisa social branca, calça jeans e uma sandalia de tiras branca, que darão um ar despojado ao look.
Retiro o pijama, ficando de lingerie. Ia começar a me vestir quando sinto meus pelos se arrepiarem e imediatamente a sensação de esta sendo observada me invade. Olho para trás e vejo Austin em sua gloria, apenas de toalha. O maldito é absurdamente lindo. Seu abdome definido e os músculos me deixam com vontade de agarra-lo. Seus cabelos moldados e a essencia masculina está pelo ambiente. Nossos olhos se encontram e nao posso deixar de notar que me olha com malícia, desejo.
Pigarreio, tentando mudar o foco.- Com licença, Austin. Eu gostaria de me vestir. - digo calmamente.
Ele fecha a cara e avança, entrando no closet. Vai até uma gaveta e puxa algumas peças, saindo em seguida e me deixando com uma sensação de vazio. Suspiro, resignada. Nao podemos nos envolver. Nao ha como se envolver com alguem do naipe de Austin Worligen e sair ilesa disso. Nao quero ser mais uma na lista das fodas dele. Me visto silenciosamente, procurando uma forma de deixar toda essa atração pra lá, focar no que importa. Vou até o banheiro e inicio minha maquiagem, deixando traços de delicadeza, porém sensualidade em meu rosto. Pego minha bolsa e vou até a sala. Ele já me aguarda na cozinha. Está sentado a mesa, que está posta para dois. O café da manhã é simplesmente impressionante. Acho que nunca vi tanta comida junta, sinceramente. Me sento, um tanto maravilhada com a situação. Acho que posso me acostumar com isso. Olho para Austin, que come silenciosamente, sem me olhar. Está arrumado como de costume, terno perfeitamente alinhado e tudo combinando. Argh. Me sirvo e começo a comer também, sem ousar dizer uma palavra.
A campainha toca e Mary, a governanta vai até lá para abrir. Olho para Austin, que tem o semblante sério.
- Você está esperando alguém? - pergunto.- Não, Kaia. Não estou esperando ninguém. - responde sério.
Poucos instantes depois, uma mulher aparece de sopetão. A típica loira da playboy, para ser bem honesta. Ela veste roupas vulgares, os peitos quase pulando para fora do vestido. Então, como se não bastasse a intromissão, ela vai até Austin e o beija. NA BOCA. Na porra da minha frente. Então, olha para mim, com deboche.
- Austin, querido, não sabia que tínhamos companhia.
Olho para Austin, completamente embasbacada, que me devolve um olhar desesperado.
- Kaia, eu não chamei ela... - tenta se justificar.
Não espero por nem mais uma palavra e me levanto da mesa, arrastando a cadeira com força.
Mary tenta ajudar.- Senhor, desculpe, ela não me deu a oportunidade de anunciá-la. - diz sentindo-se culpada.
Eu enxergo vermelho e a única coisa que me vem a cabeça é sair da porra do apartamento imediatamente antes que eu ateie fogo nele e nela. Sigo a passos rápidos até o elevador, que, pela graça divina estava no meu andar. Aperto o térreo e o botão de fechar as portas, pois sei que ele vai vir atrás. E não dá outra. Ele aparece no momento em que as portas estão se fechando. A única coisa que ouço dele antes de isso acontecer é:
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Casamento por Contrato
RomanceKaia Porter é uma garota do subúrbio de Manhattan que trabalha em um grande escritório de advocacia no centro da cidade. Leva uma vida corrida e difícil. O pai é alcoólatra e a mãe empregada doméstica. Kaia se esforça ao máximo para manter o pai nos...