Capitulo 7

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POV AUSTIN

Chego no escritório antes dela, preciso falar com ela e resolver a situação causada por Rebecca no cafe da manhã.  A vadia nao aprende. Fodemos algumas  vezes, mas sempre deixei claro para ela que nao queria nada mais do que aquilo. Sempre fui um cara honesto, aberto e claro com quem me relacionei.
Kaia deve ter achado que eu irei continuar a sair com as vadias, ignorando a promessa que fiz a ela. Ela saiu de casa as pressas, nao me deixou explicar, irada e desorientada. Mas o pior foi a decepção em seus olhos quando as portas do elevador se fecharam. Droga! Passo as maos pelo rosto tentando afastar pensamentos que eu nem sabia que eram possíveis. Porque ela mexe tanto comigo?
Nunca liguei pra casual, sempre fui de uma noite só.  O que esta acontecendo comigo, pra me importar tanto com os sentimentos de alguem que eu nem sequer fiquei?

Ela me deixa maluco só de chegar perto. Sinto sua presença antes mesmo de ela chegar ao ambiente. A mulher é de outro mundo. Ela tem feito de tudo para me afastar, mas vejo em seus olhos que o desejo é recíproco. Acho que tem medo de se envolver, provavelmente devido ao meu histórico.
Bufo, resignado.
Ela chega, como um furacão e para ao me ver em sua sala. Passa por mim como se eu nao existisse, senta-se e começa a trabalhar.

- Kaia - chamo. Ela nem se da o trabalho de olhar pra mim.

- Kaia, olhe pra mim. - peço novamente. E nada.

- É isso, irá me ignorar agora? - pergunto?

Ela sorri, debochando de mim.

- Que perspicaz, você.

Bufo.

- Kaia, olhe pra mim, vamos conversar. Eu posso explicar o que aconteceu. - Tento amenizar a situação, que parece ter o efeito totalmente contrário. - A Rebecca não deveria ter aparecido assim, mas...- tento explicar e sou interrompido por uma Kaia furiosa.

Ela levanta o olhar e encontra meus olhos .

- Eu não estou interessada em saber, Austin. Por mim você e a vadia que vão para a puta que pariu. Não estou afim de ficar a par da sua vida amorosa. Só não quero ter que conviver com as suas vagabundas no café da manhã. Tenha o mínimo de decência e vá fodê-las em outro lugar. - A encaro em choque, mas ela continua - Estamos vivendo juntos, mas é apenas um contrato, devo lembrá-lo. Agora se me permite, gostaria de fazer jus ao meu salário e trabalhar. Feche a porta quando sair. - diz e volta a encarar os papéis em sua mesa. Ela simplesmente me dispensou e não quis saber. Viro as costas, puto da vida e saio, dizendo apenas:

- Como quiser, Sra Worligen. 

Bato a porta com força atrás de mim e vou até meu escritório marchando de ódio. Que merda está acontecendo? Fui me explicar por algo do qual eu nem sequer deveria estar me explicando, porque eu não fiz PORRA NENHUMA. E ainda, em troca, sou escorraçado. Como um otário! Chego ao escritório e vou até minha mesa. Fernando me olha pelo canto do olho e já sabe que nem deve perguntar, pois não estou para conversa.

Pego meu laptop e decido fazer o mesmo que ela: trabalhar.

-

Na hora do almoço, decido tentar novamente contato com ela. Vou até sua sala, mas fui informado de que ela saiu para se reunir com um cliente. Tento ligar, mas cai na caixa de mensagem. Mando uma mensagem "Kaia, vamos conversar, por favor.".
Não contente, mando mais uma "Onde você está? Por favor, fale comigo.".

Parecem intermináveis os segundos até que a resposta vem. E não é o que eu gostaria de ler: "Trabalhando, agora não."

Droga. Mal consigo me concentrar em Fernando, que está falando sozinho há um bom tempo e parece não ter percebido até agora.

Casamento por ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora