Capítulo 4

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Você sempre se esconde

   Todos nos escondemos de alguma forma e nos mostramos de outras, eu por exemplo me escondo na vida e me mostro aqui, nesta página, nessa introdução, são por essas linhas que coloco meu coração e meus sentimentos. Sinceramente, eu gostaria de fazer mais.
   Gostaria de te fazer refletir a cada introdução, te fazer repensar sua função no universo a cada linha, mas talvez essa não seja minha vocação, por isso apenas solto o que vem em mente quando bate uma brisa de sabedoria em mim, assim, eu me escondo, agradeço aos céus por essas máscara virtual que me proporciona, ela portanto não tem falhas, você não enxerga meus olhos e assim eu me escondo. Por outro lado, eu também não posso te ver, não vejo seus olhos, não sei quando sorri ou quando chora, então nessa máscara virtual, você também se esconde, eu não te conheço, mas sei que você sempre se esconde.
   Sunghoon se escondia sempre e isso era muito mais que óbvio, surpresa mesmo era saber que sunoo se escondia, mesmo tendo amigos e família compreensível, ele se escondia, o que poderia levar o queridinho do universo a ter medo?
   A verdade é que sunoo sempre se escondeu, se escondeu atrás da felicidade que fora lhe entregue, era sua forma de lidar com as coisas, se algo doía ele sorria, se era bom ele comemorava, se era ruim chorava, mas fazia piadas com sua própria desgraça. Era a luz do grupo, mesmo quando se sentia nas sombras.
   Pela primeira vez na vida, segurando aquela arma contra o corpo tremulo e os olhos de incerteza de sunghoon ele sentiu que havia extravasado anos de mentiras. Talvez essa fosse a solução, para ele ser o arco-íris durante o dia, ele precisava chover e trovejar a noite toda.
   Falando em trovejar, aquela era uma manhã chuvosa, sunoo havia saído duas horas mais cedo de casa para se encontrar com seus novos parceiros de crime, mentiu para sua mãe dizendo que passaria na biblioteca antes da aula e saiu.
   Em casa jay e heeseung preparavam algumas coisas para aquele dia, tinham muito a explicar para o garoto, mas estavam até aliviados, ele parecia aprender as coisas rápido e além do mais, o trabalho divido por quatro seria ainda melhor.
     - para com essa carranca, se dependesse de você, já tinha beijado o garoto na biblioteca mesmo – jay movia algumas coisas para a mesinha de centro
     - desculpa se te incomodei majestade, só estou tentando processar o fato de que vamos ter mais alguém aqui e esse alguém é um psicopata no formato de um filhote de gato com roupinha de flor – disse em desdém
     - park sunghoon teve sua primeira decepção amorosa, que tristeza – heeseung colocou uma caixa pesada no chão – logo passa
     - cuidado com essa caixa, a gente vai fazer uma grana com ela hoje – jay alertou
Foram ouvidas três batidas na porta, era sunoo, sem duvida. Abriram para o garoto que trazia consigo uma caixa de donuts e um sorriso linear.
     - bom dia, gente, eu realmente queria ter cara de mal igual a vocês, mas eu não tenho e também não vou fingir que tenho, então eu trouxe uns donuts, alguém quer? – ergueu a caixa rosa
     - moro com esses dois há anos e eles nunca me pagaram nem um salgado, o sunoo foi promovido a melhor amigo – jay recebeu um tapa do lee mais velho pegando um doce da caixa
     - quer um, covarde? – arqueou a sobrancelha estendendo a caixa a sunghoon que tinha os olhos fechados no sofá
     - vai continuar me chamando assim? – se sentou
     - ainda não me disse seu nome
     - park sunghoon
     - e eu sou a barbiebutterfly– ironizou
     - isso explicaria bastante coisa – ditava jay de boca cheia – ele realmente se chama sunghoon, a escola é o único lugar que ele não usa identidade falsa
     - não faz sentido, mas eu não estou com vontade entender isso agora – deu de ombros se sentando ao lado do garoto
     - bom, você ainda não é de fato do grupo, pra entrar você vai precisar provar que presta pra alguma coisa, por isso, temos um trabalho pra você hoje, era pra ser o sunghoon, mas graças a você, hoje ele vai dar as ordens e eu vou descansar
     - como se você fizesse muita coisa, jay
     - poxa,heeseunghyung, aí magoa... mas tá bom, voltando, sunoo, você vai vender uma arte falsa hoje depois da sua aula – sunoo arregalou os olhos com as palavras de jay – você vai vender para um magnata que se interessa por essas coisas, não posso te dizer como fazer isso, pois isso é com você, você precisa achar seu personagem, descobrir seu jeito de roubar, precisa se descobrir no crime
   Era bastante coisa, mas sunoo acreditava que conseguiria, afinal, não podia ser tão difícil, não é?
   Na escola, sunoo decidira que para ter uma vida dupla ele precisaria que a primeira vida estivesse em ordem, por isso tratou de se comportar melhor, sendo o sunoo de sempre com seus amigos. Niki porém, mal olhava para si e, se fazia, rapidamente lhe recebia com desdém.
   Niki era sem duvida o melhor amigo de sunoo e ver o mais novo agindo assim consigo magoava sunoo, principalmente porque este sabia ter total culpa do ocorrido. Com isso em mente, sunoo convenceu niki a passear consigo no intervalo para que pudessem conversar direito.
     - não quero ouvir suas desculpas esfarrapadas – disse sério, ainda sim parecia manhoso
     - niki, me escuta, tá bom? Eu errei, sei disso e me arrependo, não te ouvi e ainda acabei passando vergonha...
     - o que quer dizer com isso?
     - eu estava errado, o sunghoon é só um garoto normal, o problema estava na ficha, o endereço estava errado, confundiram com o prédio de outro aluno e acertaram apenas no número
     - isso explica muita coisa – parecia pensar sobre o assunto – mas ainda não explica por que o cara afirmou ser pai dele
     - ele é um ator de aluguel, deve ter tantos clientes que nem sabe o nome de todos, vai ver ele só queria garantir que não perderia um cliente
     -ah, isso faz sentido...
     - olha niki, você é meu melhor amigo e eu fui um babaca, tudo isso por que eu sou curioso, eu me arrependo de ter testado os limites da nossa amizade e espero que me perdoe – disse realmente envergonhado
     - é claro que eu te perdoo seu idiota – abraçou-o como se fosse a ultima vez
      - eu te amo,niki! –sunoo não podia conter o sorriso
      - eu também te amo,hyung
Agradecia mentalmente por ter conquistado novamente a confiança de seu melhor amigo. Assim que niki se despediu, pode ver sunghoon se esgueirando e se aproximando de si.
      - mentiu para o seu melhor amigo, ai! – fingiu sentir dor
      - não enche,sunghoon – revirou os olhos
      - você é um bom ator, isso explica bastante coisa
      - tipo...?
      - tipo como você engana todo mundo com esse sorrisinho
      - não sou mentiroso, sou dual, tem diferença – deu de ombros convencido
      - interprete como quiser, contanto que entenda que isso é um beco sem saída
      - prefiro chamar de fundo do poço
      - por quê?
      - porque quando se está no fundo do poço, só se pode ir para cima – sorriu fazendo gestos com as mãos
      - um psicopata otimista, era tudo o que eu precisava – reclamou para o céu
    A exclamação de sunghoon arrancou risadas de sunoo, ele precisava confessar que ainda tinha uma certa birra pelo garoto e não ia passar rápido, mas pode ser que os meninos estivessem certos, kimsunoo realmente tinha alguns talentos necessários.
   Depois da aula,sunoo foi direto para o lugar combinado, por precaução, sunghoon ficaria atras de um arbusto lhe dando as instruções e cobertura, dali ele tinha uma ampla visão da situação.
   Sunoo estava nervoso, venderia um quadro pirateado para alguém claramente importante e precisava parecer o mais profissional possível. Usava um terninho cinza que havia ganho da sua mãe, ele o caia bem e lhe dava um ar sério, que se desmanchava com as pequenas argolinhas dispunhas em suas orelhas.
     - como eu estou? – perguntou se virando na direção de sunghoon
     - você tá bem, agora se concentra – sua voz foi ouvida na escuta
     - bem não é o suficiente – seus lábios formaram um pequeno bico
     - você está bonito, sunoo, muito bonito, pode, por favor, se concentrar?
     - claro, claro – sorriu para sunghoon, mas logo tratou de disfarçar pois seu clientese aproximava e tudo ficava pior, era o governador.
      - boa tarde senhor Jung Juyong – o homem estendeu a mão a sunoo que o cumprimentou – quanto quer pelo quadro?
      - cinquenta mil dólares – evitou os rodeios
      - faço por vinte
      - ele só pode estar maluco – sunghoon exclamou pela escuta
      - olha, senhor, eu disse o meu preço e não posso fazer por menos que isso – disse sério
       - se eu fosse você eu aceitava essa pechincha, afinal, está querendo enganar quem com essa pintura pirateada? Ou você aceita ou eu te denuncio
    O velho sorria vitorioso enquanto sunoo estava congelado, sentiu na pele o que os meninos haviam sentido quando os ameaçou. Quando se sentiu perdido, lembrou das palavras de jay, ele tinha que criar seu próprio personagem. Aquele velho era inteligente e estava o fazendo se sentir rebaixado, mas sabe qual a diferença entre os meninos e sunoo? O kim conhecia a lei e era assim que brincava. Colocou as mãos nos bolsos olhando para os próprios sapatos, assim relaxou.
     - olha, eu não acho que o senhor está em posição de dizer algo – soltou-lhe um sorriso de canto
     - como é?
     - é tão ladrão quanto eu, todo politico é
     - ora seu moleque...
     - aliás, eu acho mesmo é uma ironia estar ameaçando me denunciar quando o senhor é o que tem mais a perder aqui – sunoo agora se colocara em posição de dominância, carregado de confiança nos olhos finos ele mantinha o nariz empinado e o queixo erguido
     - prossiga...
     - acompanha o raciocínio, se me denunciar, eu vou pegar alguns anos na cadeia, a não ser que eu seja um bom menino, daí eu posso diminuir minha pena e em alguns meses eu entro na sua casa e te mato na frente da sua família... e olha que eu sou um ótimo menino– soltou-lhe uma piscadela, espiando o governador engolir ceco – mas também, você vai estar na posição de comprador de pirataria, pode pegar até um ano na cadeia, as manchetes seriam incríveis “governador é pego com as mãos em produtos pirateados usando o dinheiro do estado” eu amaria assistir você definhar
   Sunghoon ouvia tudo pela escuta, assim como jay e heeseung, todos se encontravam de boca aberta pela forma como o garoto tinha maestria em suas palavras.
     - aliás, eu acho que eu não podia me arriscar nesse país corrupto, eles não vão te prender, não é mesmo?Eu ainda vou ter minha pena aumentada... – se desfez de seu terno o segurando, retirou a arma que tinha guardada na parte de trás da calça – eu devia mesmo te matar aqui e agora, é o mais seguro, certo?
     - não, meu jovem, por favor, não, e-eu posso te pagar, quanto quer mesmo? Sessenta mil? Eu p-pago – o homem se ajoelhou diante do garoto que ria fervorosamente
     - você é patético –ergueu o rosto do homem com a própria arma – mas é rico, a gente pode aumentar essa quantia, certo?
     - pago sessenta mil
     - não, eu não gosto desses números ímpares... – o homem ameaçou se enfurecer – você tem três filhos... não gostei, acho que posso diminuir para um número como dois ou...
     - eu faço pela quantia que quiser! – ele se desesperou
     - Que tal oitenta?
     - não poderia imaginar quantia melhor – o homem tremia forçando o sorriso
     - muito bom, muito bom mesmo – abriu um sorriu ladino
   Após receber toda a quantia, sunoo liberou o governador que saiu apressado. Foi a passos lentos em direção ao arbusto sorrindo vitorioso.
     - gostou do meu showzinho? – sunghoon o encarava ainda incrédulo pela forma como ele havia tratado as coisas – algum problema?
     - eu te odeio, esse é o problema – sunghoon deu as costas se distanciando do kim
     - nah, você me ama, esse é o problema de verdade – em um movimento inesperado, sunoo correu na direção do park subindo em suas costas – não finja que me odeia quando me quer perto, não faz seu feitio.
   As palavras haviam atingido o park e ele não podia negar de maneira alguma. Sunghoon levou sunoo pelo resto do caminho, ouvindo todas as conversas sem sentido que o mais novo puxava, não se parecia nem um pouco com o sunoo de minutos atrás. Jay e heeseung vinham ao seu encontro no beco, ambos com faces animadas.
     - kim sunoo, seu maluco, você arrancou oitenta mil dólares daquele velho – heeseung o recebeu de braços abertos
     - e você com essa de que não sabe fazer cara de mal, tu colocou o velho pra correr – exclamou jay imitando algumas falas de sunoo – você ajudou muito o nosso time
     - eu sou parte do time?
     - claro que você é, seu bobo, você se mostrou mais que capaz
Sunoo se encheu de alegria com as palavras do mais velho, ele havia mesmo conseguido, isso era um máximo!
     - vem para dentro, nós vamos beber
     - ah... eu não bebo, gente
     - não ainda – heeseung deu ênfase na ultima palavra
     - o sunghoon te ensina, ele é ótimo no porre, parece que nasceu bebendo
   Adentraram o local que sunoo vinha considerando chamar de lar. Jay pegou algumas garrafas e pacientemente explicou para o mais novo as formas de se beber. Cansados de rodeios, foram para a parte divertida da coisa.
   A primeira vez foi péssima para sunoo, era bem doce, mas arranhava garganta e queimava no peito. Com o virar das dozes o mundo ganhou cor e tudo era mais interessante, tudo parecia engraçado e ele se sentia estupidamente corajoso.
   Dançaram músicas que sunoo tentava ensinar, brincaram com cédulas de dinheiro e imitaram cenas de drama. Heeseung levava jay para cama, o park falava coisas desconexas e estupidas.
     - ele não tá nada bem, na verdade, ele é um bolachão – sunoo riu das próprias palavras emboladas
     - eu usei o celular dele para avisar a mãe que ele dormiria na casa de uns amigos–heeseung explicou – arruma as coisas, por favor? Tôcansadão
     - beleza, hyung, vai dormir, já faz dias que não dorme direito –sunghoon juntava os copos e garrafas espalhadas
   Reparou em sunoo que estava em meia-fase no sofá, não dormia, mas também não estava consciente.
     - sunghoon – ele exclamou de olhos fechados – deixa eu te chamar de hyung?
     - ah sunoo...
     - deixa vai – se sentou juntando as mãos como suplica
     - tá bom – exclamou mesmo relutante
     - isso!Sunghoonhyung...soa bem – sorria fechando os olhos, escorou-se sobre o sofá – hyung
     - fala
     - você foi sincero lá na escola? eu gostava de você sunghoon, você é tão bonito... tipo um príncipe do gelocom esse seu coração frio que finge que me odeia – fazia expressões entre as afirmações embargadas
     - sunoo, você precisa de um banho
     - eu preciso de explicações, hyung– se sentou coçando os olhos – olha, você é legal, mas eu nunca sei se é você ou um personagem, não importa o quão transparente pareça, park sunghoon se tornou um de seus personagens e você nem percebeu, seu bobão, é por isso que você finge que me odeia, que se esconde, ai você sempre se esconde...
   Foi como se um momento de lucidez breve houvesse tomado sunoo, mas antes que o garoto pudesse dizer mais algo, sua cabeça tombou para trás, graças a sunghoon, que foi rápido a segurar o garoto, sunoo não bateu a cabeça na parede.
   Com o garoto em seus braços, o arrumou no sofá, o encaixando no espaço mínimo, o que não era lá muito difícil pela estrutura de sunoo. Ali ele percebeu, sim, percebeu o quanto sunoo era lindo e nunca teria coragem de dizer em voz alta, já havia comentado e pensado sobre isso, mas nada com tamanha seriedade e certeza como agora.
     - além de bonito é cheiroso – sunoo se embolou nas palavras virando de lado – droga de sofá pequeno! Queria que dormisse aqui comigo... – abraçou o corpo sobre o seu
Aquilo deixou sunghoon um pouco estático e sem reação, mas logo tratou de relaxar.
     - você fica mais bonito quando tá de boca fechada – exclamou rolando os olhos,um sorriso mínimo enfeitava sua face, desvencilhou os braços do menor de si, se afastando
   Sinceramente não queria se afastar, mas sunoo estava certo, ele sempre se escondia, sempre se afastava, quanto mais próximo chegasse de alguém, mais difícil seria para se afastar, por isso evitava a aproximação, por mais que as vezes seu peito clamasse para que ele matasse alguns centímetros.
   Arrumou toda a cozinha e a sala, hora ou outra checando se sunoo dormia bem no sofá. Assim que terminou, pegou uma manta para cobrir o garoto encolhido no sofá, estava em um sono profundo, provavelmente pela mistura de cansaço e álcool.
   No outro dia, sunoo acordou com uma dor de cabeça estupidamente insuportável, o gosto de cabo de guarda-chuva tomava seu paladar e ele sentia como se a vida estivesse abandonando seu corpo. Abriu os olhos lentamente se sentando, o pescoço doía pela forma como havia dormido. Colocou a mão sobre a área dolorida se sentando, foi quando percebeu que estava na sala da casa dos meninos, havia bebido e ainda dormido fora, ele nunca fazia nada assim, provavelmente tinha milhares de ligações de sua mãe, estaria ferrado.
   Muito pelo contrario, quando abriu o celular percebeu que alguém havia usado seu celular para avisar sua mãe, por isso, ela estava ciente de que ele voltaria para casa logo depois da escola. Um alivio tomou seu peito.
     - bom dia, bela adormecida – heesung exclamou da cozinha – como se sente?
     - morto – se sentou a mesa dacozinha, colocando sua cabeça sobre amesma
     - relaxa, logo passa, você está até bem, na primeira vez do jay ele vomitou até as tripas
     - é mentira dele! – jay se defendeu
     - mas você parece bem, heeseunghyung
     - eu não bebi muito
     - mas e o sunghoon?
     - esse aí não fica bêbado nunca, é até impressionante – gesticulava – aliás, ele foi pra escola
     - e por que ele não me acordou?
     - porque você nunca bebeu antes e estava na cara que ficaria de ressaca, ele mandou avisar que iria copiar a matéria pra você, não se preocupa – explicou calmamente – pode ser precipitado e eu nem tenho nada a ver com isso, mas...como eu digo isso?
     - o sunghoon tá super na sua – jay disse por heeseung
     - é, era bem isso – o mais velho concordou
     - vocês acham mesmo? Não que eu ligue claro – mentiu pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha, sem poder esconder o interesse
     - escuta, sunoo, o sunghoon não é a pessoa mais aberta e transparente do mundo, ele tem mecanismos de defesa que o impedem de se machucar, ele não pensa muito e é um saco às vezes, mas isso tudo não significa que ele seja insensível, na verdade ele sente demais e isso às vezes é um problema, você não deve nem ter ideia, mas ele foi obrigado a deixar muitas pessoas de lado nesses anos, ele tem medo de perder mais pessoas sunoo, então se ele te “odeia” ele na verdade te ama
   As palavras atingiram o garoto de uma maneira inesperada, ele não fazia ideia de que sunghoon se sentia assim e pior, ele não havia percebido que se sentia da mesma forma.
   Sunghoon era uma pessoa aparentemente fria e insensível que tinha como mecanismo de defesa ações que afastassem as pessoas, tudo para proteger um coração machucado de 100 faces.
   Sunoo era um garoto que se desconhecia e se desafiava, aquele que se escondia atrás de sorrisos brilhantes e expressões fofas, ele era uma tempestade disfarçada de arco-íris e isso era cansativo.
   O universo é aberto a todos e mesmo assim se esconde, com os mortais não poderia ser diferente. Lhe é entregue uma mascara e assim você se esconde, deposita seus medos em uma caixa de pandora e a tranca na esperança de ninguém abri-la de forma alguma, com seu escudo de mentiras você é guardião da sua própria caixa. Ah, esse escudo, ah, essa mascara, ah,
  essa caixa, assim, você se esconde, já não é mais surpresa, pois você sempre se esconde.










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Obrigada pela leitura, até o próximo cap ;)

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