Eu encontrei conforto nesse ódio
Eu tenho dificuldade em falar sobre as coisas que me deixam confortáveis, mesmo que elas sejam o que me dão forças para continuar. Não estou dizendo que elas me fazem a prova de balas, mas sem duvida essas coisas são o que me mantem viva, não no sentido físico, mas sim, são elas quempermitem que eu viva ao invés de sobreviver, é bom entender a diferença.
Me dói saber que muitas vezes, o que nos conforta é também o que nos machuca, então como poderíamos achar paz nisso? Seriamos capazes de encontrar conforto nesse ódio?
A vida de sunoo estava um perfeito caos, era assim que ele via, ele tinha que equilibrar sua vida familiar de forma estável, também precisava manter suas amizades correndo bem, suas notas e trabalhos da escola, sem contar sobre sua vida no mundo do crime, que não podia ser ignorada, muito menos seu relacionamento com sunghoon. Eles preferiam não dar rótulos, eles estavam juntos e isso bastava.
Já havia se passado um mês desde que ele e sunghoon estavam nesse relacionamento confuso, mas mesmo com todas as dificuldades da vida corriqueira, sunoo nunca havia se sentido tão bem.
Estava em seu quarto olhando algumas fotos que havia tirado nos últimos dias com sua câmera polaroid, a maioria eram com seus amigos da escola, também haviam algumas que ele tirou durante o ultimo ensaio do LOONA, fotos com jay desmaiado de bêbado, fotos com heeseungzoando jay pela manha, muitas fotos com niki, pois eles viviam grudados. Apesar de tudo isso, havia apenas uma foto com sunghoon, o mais velho não gostava de ser fotografado, para sunoo isso era um ultrage, como uma pessoa bonita poderia ter toda essa aversão por fotos? Porém, ele preferiu não discutir. Apesar disso, era a foto que mais gostava, era um pouco tremida poissunoo não conseguia parar de rir enquanto sunghoon brigava consigo “vai logo, eu não tenho o dia todo não” acabaram por tirar uma foto toda borrada, mas seus sorrisos eram visíveis e reais, isso importava muito mais do que qualquer outra coisa.
Enquanto encarava algumas dessas fotos sorrindo ouviu a porta de seu quarto se abrir, era sua mãe que se sentou em sua cama, perto da cadeira onde estava.
- que fotos linda, meu filho! – ela o elogiou
- obrigada, mamãe, estou guardando boas lembranças
- imagino... – ela sorria diante de algumas das fotos – o niki é engraçado
- ele é um pestinha – ambos riram
- as meninas ficam cada dia mais bonitas...
- ai mamãe, estou com tanta inveja delas, ficam bonitas de qualquer jeito – fez um biquinho brincando com sua mãe
- e alguma delas é sua namorada?
- ah, mamãe, eu já namoro e essa pessoa sem duvida não faz parte do LOONA – colocou o pouco cabelo da franja atrás da orelha rindo nervoso
- e como ela se chama?
- ele, mamãe, eu namoro um garoto...
- o quê? – ela apertou os olhos fazendo sunoo estremecer – está brincando comigo, sunookim?
- não, mamãe, mas por que está brava? Disse que sempre me amaria da forma que eu fosse...
- sunoo, meu amor – ela se aproximou dele segurando ambas as mãos do garoto juntas – eu te amo, muito mesmo, mas eu não sei se me ama tudo isso
- do quê está falando?
- seu pai é um homem influente, eu tenho um emprego que tem certa visibilidade e você sempre foi um garoto modelo para todos a nossa volta, quer arruinar a imagem da nossa família com algo assim? – ela olhava fundo em seus olhos –eu sei que só quer o melhor para nossa família, assim como eu, então, por amor a mim e ao seu pai, vai deixar essa bobagem de lado e vai voltar a ser um garoto normal
Ela apertava ambas as suas mãos juntas o encarando, era como se seus olhos o queimassem e sunoo sentiu medo e principalmente vergonha, sabia onde havia errado esse tempo todo.
Seu corpo todo tremia diante a realidade assustadora que havia batido em sua porta sem aviso prévio, o monstro de seus pesadelos era completamente baseado em sua mãe, ele não sabia disso, não fazia ideia que era um garoto de plástico. Talvez ele não fosse o queridinho do universo como pensava.
- e se eu não fizer? – perguntou quase sem voz, a mulher usou a mão solteira para segura-lo pelo rosto apertando com força ambas as bochechas
- eu vou te trancar nesse quarto e você não vai sair daqui nunca mais – o soltou brutamente – mas você é um bom menino e vai me obedecer, porque me ama – ela soltou suas mãos se levantando, o encarava de cima sorrindo de forma assustadora
Sunoo queria sumir, o nó em sua garganta consumia toda a sua respiração, o rosto queimava de uma forma como ele nunca havia sentido antes, as mãos frias e tremulas procuravam onde descontar seu medo, era como se ele quisesse esfregar sua pele até aquele sentimento sumir. As lagrimas que manchavam sua visão lhe davam uma aparência fraca, como um garotinho chorão. Ele sabia exatamente de onde seu sonho havia surgido, ele vivia em uma família de plástico e nunca pode perceber, ele era diariamente manipulado a ser perfeito e não podia suprir essas expectativas.
Ele se sentia sujo e ridículo, mas ele não podia fraquejar mais, ele agora tinha toda a certeza do que faria e não seria deixado de lado nunca mais. Respirou fundo forçando um sorriso inocente.
- a senhora está certa, mamãe, obrigada por me amar e me mostrar o certo – inflou as bochechas
- eu sabia que entenderia, descanse um pouco, durma bem ursinho – ela acariciou seus cabelos antes de deixar seu quarto.
Sunoo foi rápido em fechar a porta e começar a preparar uma bolsa com apenas o essencial, duas identidades falsas que havia escondido em casa, a pistola do “papai”, poucas roupas, o celular sem o chip e uma lista com o numero de seus amigos, ele iria fazer isso para valer.
Pulou a janela logo sentindo dor em seu tornozelo, não havia caído da melhor forma, mas não tinha tempo para ver isso agora. Ainda mancando, ele correu e pegou o primeiro ônibus para um bairro no lado oeste da cidade, ficava perto da casa de sunghoon.
Depois de algumas horas, se viu ali mais uma vez, naquele beco, havia se tornado uma espécie de lar e se tudo desse certo seria um lugar definitivo para si. Havia guardado lagrimas durante todo o trajeto, mas assim que a porta fora aberta para si e ele pode ver o park parado diante de si, ele desabou se fragilizando e permitindo fraquejar.
De primeira, sunghoon não tinha ideia do que fazer, apenas abraçou o garoto choroso, se assustando pelo acontecimento repentino. Olhou para seus amigos tentando achar pistas em seus olhos, mas com um sinal dado por heeseung, ambos foram aos seus próprios quartos, abandonando sunghoon e o garoto que chorava fervorosamente.
Teve então de usar seu jeitinho, o que ele tinha muito, mas ali ele teve de desenvolver. Acariciava as costas de sunoo dizendo que tudo ia ficar bem, o menor o abraçava pelo tronco, o agarrava como se quisesse se fundir a si, talvez se esconder. Sunoo soluçava fortemente, havia se esquecido de como respirar direito, desta forma ele tentava trazer ar ao seus pulmões.
Quase quinze minutos depois, sunghoon pode sentir os músculos de sunoo se relaxarem aos poucos, ainda tremia, mas o choro havia se cessado e isso já era um bom sinal. Foi a abertura para que o park o conduzisse até o sofá. O garoto tinha os olhos inchados e perdidos no nada, como se ainda processasse algo internamente, parecia cansado e triste. O mais velho deu tempo até que sunoo se estabilizasse e contasse o ocorrido, o qual deixou sunghoon extremamente triste e preocupado.
Por preferencia de sunoo, não se aprofundaram no assunto, ele só não queria ficar sozinho, não queria ficar sozinho nunca mais. Mais uma noite naquele sofá pequeno, era incrível como o móvel velho em questão guardava tantas memórias.
No outro dia de manha, a casa tinha um clima pesado, sunghoon queria mesmo ajudar o garoto, mas não queria invadir sua privacidade, então apenas deu tempo ao tempo, deixando que aos poucos ele se entendesse por si. Heeseungpassou a manha em quase total silencio, sunghoon havia contado pouco, mas esse pouco já era impactante o suficiente para que se cessassem as palavras naquela manhã. Jay por outro lado não fazia ideia do ocorrido então queria passar o dia fazendo nada.
- bom dia, gente, ótimas noticias – ele se sentou à mesa – arrumei um serviço lindo maravilhoso que vai arrumar uma grana legal
- vocês torraram todo o dinheiro do banco? – sunoo se impressionou
- o jay é um sem noção e apostou oitenta dos cem mil dólares, então o que sobrou só dá pra pagar as contas e sobreviver – o mais velho deles fuzilava jay com os olhos
- aqui os detalhes – passou a ficha para sunghoon que fechou a cara na hora
- não vamos fazer isso – jogou a pasta na mesa
- já até imagino o que é,sunoo se prepara, a briga é longa – heeseung se recostou sobre a cadeira
- sabem muito bem o que eu penso sobre isso – disse sério
- sobre o quê? – sunoo não sabia o que havia na pasta
- mas é o melhor a se fazer agora – jay reforçou empurrando a pasta para sunghoon
- mas eu não vou fazer isso, da ultima vez foi horrível – empurrou a pasta de volta
- o problema é seu, não temos escolha – continuavam jogando a pasta de um lado para o outro e sunoo só queria saber o que tinha naquela pasta
- gente... – fora ignorado diante a briguinha dos mais velhos
- SEMPRE há escolha – sunghoon o fuzilava com os olhos
- gente, deixa eu ver.... – sunoo suplicava tentando por as mãos na pasta
- e voce pode muito bem escolher fazer o melhor para os seus amigos
- voce sabe muito bem que isso é errado de muitas formas
- eu queria dar a minha opinião – sunoo viu sunghoon jogar a pasta no chão – MAS QUE CARALHO!
Sunoo se levantara batendo as mãos na mesa, o movimento repentino chamou a atenção dos demais.
- tem como alguém me dizer o quê está acontecendo?
- claro, meu caro, seu namoradinho não quer fazer o nosso próximo serviço, este consiste no golpe mais velho e eficiente de todos os tempos: o falso sequestro de um familiar – pegou a ficha do chão, entregando para sunoo que a leu atentamente
- essa daí é a promotora chefe kimsujin, ela tem um filho de quinze anos e ele é o maior bem da vida dela, tudo o que teríamos que fazer seria: ter certeza de que o filho chegaria míseros vinte minutos atrasado em casa, isso nos daria abertura para fazer uma ligação para a mulher dizendo que sequestramos o moleque e queremos dinheiro em troca – heeseung explicou
- e onde o sunghoon entra nessa brincadeira? – questionou de braços cruzados
- eles querem que eu finja ser o filho durante a ligação, mas eu não vou fazer isso
- por que não?
- não é obvio? Meu papel é gritar como um garoto assustado que está a beira de um assassinato depois de ter sido sequestrado, tem noção do que isso vai causar na cabeça da moça? Isso é tortura psicológica, é cruel, isso é brincar com os sentimentos de alguém
- engraçado – sunoo riu fraco – todo esse discurso sendo que você sempre brinca com os sentimentos das suas vitimas
- o quê?
- eu te segui antes de aparecer na sua casa, te segui por dois dias seguidos e te vi enganar pessoas com seu charme, inclusive uma garota, ah como vocês pareciam próximos... não teve medo de brincar com os sentimentos dela
- é diferente
- por quê? Por que dessa vez você não precisa ficar com alguma garota gostosa? – arqueou a sobrancelha rindo cínico, heeseung colocou as mãos sobre a boca contendo o riso e jay se preparou para pegar uma câmera e filmar a cena
- não é sobre isso, sunoo
- então é sobre o quê, exatamente?
- ninguém merece ouvir os gritos de alguém assustado e pensar que é alguém importante
- então você não vai fazer? Beleza, eu faço – cruzou os braços
- sunoo, é mais complicado do que parece, exige muito da atuação e de incorporar um personagem, o sunghoonjá faz isso faz tempo e... – heeseung tentava explicar
- então vocês não confiam no meu potencial? O que mais eu preciso provar? Eu preciso matar alguém para isso? Me machucar? – o seu tom de voz era elevado e desesperado, lagrimas grossasse formavam em seus olhos alarmando os mais velhos, gesticulava como quem quer justificar uma ação – eu sempre tentei fazer o melhor para o grupo e nunca é o suficiente, mas deve ser minha culpa, eu não sou bom o bastante, eu preciso melhorar, nem que para isso eu precise fazer o impossível... talvez matar alguém seja o necessário!
- não, sunoo, espera aí, você pode fazer isso! – foi rápido em se levantar para acalmar o garoto
- ai que ótimo! – juntou as mãos sorrindo grande, limpou as falsas lagrimas com as mangas do moletom
- o filho da puta é um gênio – jay deu uma golada em sua garrafa de cerveja
- obrigada – pegou a garrafa de jay para si bebendo uma boa quantidade de uma vez
Sunoo a cada dia mais se assemelhava ao monstro do seu sonho, mas ele havia chego a conclusão de que sunghoon estava certo, não haviam pessoas completamente boas no mundo, o kim precisava se tornar não a pior, mas a mais forte versão de si. Ele se levantou indo a geladeira a fim de pegar mais uma garrafa da bebida, teve seu braço segurado pelo mais velho.
- não acho que deva fazer isso, sunoo, você não está acostumado
- e desde quando você tem o direito de controlar o que eu bebo?
- eu só quero te proteger
- mas isso não te dá permissão pra tomar decisões por mim –puxou seu próprio braço se desvencilhando do contato
Sunghoon lançou um olhar para heeseung que lhe disse um “eu te avisei” silencioso.
- não serio, vocês dois me irritam, quando vão se pegar e ficar de boa? – jay reclamou
- e quando você vai achar alguém pra pegar e parar de encher meu saco? –o kim disparou antes de levar a garrafa aos lábios
- o que rolou contigo, hein? Para onde foram os arco-íris e donuts coloridos?
- pro mesmo lugar que a minha paciência e a sua dignidade, para o inferno– arrancou risadas ao debochar do mais velho
- meu maior erro foi não ter te socado quando te vi pela primeira vez
- cala a boca, vocês todos me amam – jogou beijinhos no ar
O clima havia ficado melhor entre os garotos, como se houvesse um fiozinho de sol por entre a tempestade, foi exatamente assim que sunoo se sentiu.
- onde vamos fazer isso? Não pode ser aqui, vai chamar a atenção dos vizinhos
- tem um armazém que fica à 30km da cidade, ele tá abandonado há uns anos e ninguém passa nem perto de lá porque dizem que é assombrado, então eu acho que podemos entrar lá – sunoo pontuou
- esse lugar deve ser perfeito, mas não vai dar – heeseungcomentou
- por que não?
- o sunghoon e o jay tem medo de fantasmas
- ESCUTA AQUI! – o park mais velho se levantou,sunoo não podia segurar a risada diante da cena
Sunoo gostava daquilo, o fazia se sentir bem, se sentir em casa, principalmente agora que ele tinha perdido a crença em tudo o que ele havia considerava mais importante. Provavelmente seus amigos estavam preocupados, mas se ele mandasse uma mensagem para eles poderia estragar tudo, o mais sábio a se fazer seria deixar tudo isso para tras, esse era o seu plano.
A noite já havia caído quando ele disfarçou e saiu da sala, se dirigindo ao lado de fora. Mesmo assim, sunghoon notou sua movimentação e o seguiu até o lado de fora, onde o encontrou sentando em cima de uma grande caçamba de lixo fechada, a noite era congelante e se preocupou com o garoto exposto ao vento frio. Foi em sua direção se sentando ao seu lado em silencio, pode notar um cigarro por entre os dedos do mais novo.
- desde quando você fuma?
- desde semana passada, heeseunghyung me deixou experimentar e eu gostei
- isso não se parece com você
- e o que, exatamente, parece comigo?
- coisas doces como você
- são cigarros de cereja, gosto?– rolou os olhos
- isso sim se parece com você – sorriu fraco, notou que a presença de sunoo era gradativamente mais distante e ele não queria isso, não queria deixar de lado o que sentia por ele
A verdade é que sunoo tinha uma presença tão significante em sua vida e isso havia acontecido do dia pra noite, em um dia estava conversando com um garoto fofo na biblioteca e no outro não podia se ver sem ele. Era uma sensação louca, um calor que tomava seu corpo sempre que conversavam, como uma onda de energias boas, ele se sentia imbatível e gradativamente mais feliz.
Sunoo liberava o ar de seus pulmões misturado a fumaça com um leve aroma de cereja, de vez em quando a cena de sua mãe lhe ameaçando passava em sua mente lhe arrancando suspiros sôfregos, mas prometera a si mesmo que não fraquejaria nunca mais.
Sunghoon percebeu como mesmo em silencio o mais novo estava imensamente inquieto, acontecia muito em sua mente e ele não merecia isso. Deslizou seu toque a mão alheia entrelaçando seus dedos a estes, sunoo se assustou no primeiro momento, mas logo tratou de se aproximar do mais velho.
- você está bravo? – ele perguntou olhando o fiozinho de movimento que era possível ver na entrada do beco
- pelo quê?
- por eu ter dito aquelas coisas, pelo que eu vou fazer...
- não estou bravo, confesso que fiquei desapontado, mas você estava certo, seus princípios, assim como suas escolhas, são exclusivamente seus, não importa minhas intenções, eu não posso me meter nisso
Sunoo escutava as palavras recostado sobre o ombro de sunghoon, era bom sentir o calor de alguém em uma noite fria.
- então não está bravo comigo, mesmo? Tem certeza? Eu posso ser bem irritante
- eu sei – eles riram baixinho – alias, você é bem manipulador quando quer
- é um dom, acho que vem de família... – sunghoon percebeu ter tocado em uma ferida aberta
- mas você não é como ela, sabe disso, certo? Você é uma pessoa boa sunoo, é por isso que as pessoas te querem por perto, você faz bem para quem te tem em volta, é como uma fonte de serotonina – arrancou-lhe um pequeno sorriso
- sunghoon hyung – elevou seus olhos de encontro aos do mesmo – eu te amo pela eternidade
- eu sei, eu também te amo pela eternidade, talvez mais – entre sorrisos trocaram selares que aqueciam os pobres corações machucados em uma noite fria
Separaram os lábios, mas os olhares jamais, podiam ficar horas perdidos na imensidão do olhar um do outro. Sunghoon sorriu de canto deslumbrando o garoto.
- que foi?
- cigarros de cereja tem um gosto bom – recebeu um pequeno empurrão de sunoo que não pode conter o rubor em suas bochechas
- seu bobo
Seu sorriso era verdadeiro, na verdade, sunghoon era o único que lhe despertava tais sensações, o sentimento de estar vivo e de ser verdadeiro só acontecia com ele. Sua vida e sua família eram uma mentira, ele mentia pra todo mundo e isso aumentava gradativamente a cada vez que respirava, isso era cansativo.
O verbo amar vem do latim “amo” que é uma contração de “a me o” que significa “sair de si” e isso nunca foi tão verdadeiro, sentimentos tão intensos quanto o amor nos fazem sair de nós mesmos e perdermos a noção, as vezes isso é bom, as vezes nem tanto.
Ódio é um sentimento igualmente intenso, é curioso quando algumas pessoas veem conforto em tal sentimento que é considerado impuro para tantos. Esse sentimento nos deixa muitas vezes inquietos, ele se esquiva e se espreita pelos cantos de nossa alma. Porém, foi nesse ódio que sunoo encontrou conforto, foi por odiar sua vida que ele se motivou a mudar e ser ele mesmo.E aí, o que acharam? Podem >sempre< me dar feedbacks, ok?
Podem me chamar no twitter ou instagram, vamos ser moots!
Obrigada pela leitura, até o próximo cap ;)
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Your 100 Faces
Ficción GeneralDe todos os sonhos, Park Sunghoon tinha o mais ambicioso dele, ele queria ser rico, muito rico. As forças do universo não colaboravam consigo, por isso, o mundo do crime se tornou o caminho mais acessível para esse sonho e, diante dos muitos golpes...